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47 AutoData | Outubro 2020 Investimentos o consumo privado, princi- pal componente do PIB, deve subir de 2% a 3,6% no ano que vem, ao passo que os investimentos devemmostrar crescimento ainda maior, de 5% a 12%. Nemomais confiante dos economistas acredita, porém, numa recuperação com- pleta. As opiniões mais otimistas dão conta de uma volta das condições econômicas de antes da pandemia – ou, se preferir, o velho normal – apenas em 2022, talvez no segundo semestre. “A recuperação do dinamismo, espe- cialmente no mercado de trabalho, pro- fundamente desorganizado com a crise, tende a ser lenta”, afirma Lucas Maynard, economista do Santander. “A retirada dos estímulos emergenciais terá um efeito sobre o consumo, e a questão é saber o quão forte será o impacto.” Tendo o crédito como propulsor a ativi- dade industrial, depois do mergulho deste Divulgação/Agência Brasil crescimento que pode ser mais consis- tente se houver avanços na agenda de reformas. Se for o caso haverá mais con- fiança dos agentes econômicos e, logo, mais investimentos: “Mesmo no cenário com desenvolvi - mento de vacina e tratamento uma frus- tração das premissas de recuperação do emprego, uma eventual falta de compro- metimento com a agenda de reformas ou uma frustração com o crescimento global podem levar a umquadro demenor crescimento”. TRUMP VERSUS BIDEN No cenário internacional a recuperação da economia global será favorável aos preços das commodities, permitindo ao Brasil aumentar as suas exportações em 6%, conforme as previsões coletadas pelo Banco Central no boletim Focus. Para José Pena, economista chefe da ano, deve crescer mais de 4% em 2021. Em bancos projeta-se hoje um aumento superior a 7% do estoque de crédito do sistema financeiro em 2021. Segundo Myriã Bast, economista do Bradesco, a poupança gerada ao longo de 2020 deve ser um dos motores de um Porto Seguro Investimentos, uma valoriza- ção mais acentuada dos preços das com- modities está na lista de ações que podem levar o PIB a um crescimento maior do que os 2,5% previstos hoje pela instituição. Há certo consenso de que as relações Estados Unidos-China continuarão tensas

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