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56 Outubro 2020 | AutoData PERSPECTIVAS 2021 » ARGENTINA para as exportações em 2020. Porém no curto prazo o dilema é verde. Por lá são as chamadas verdinhas, ou dólares, mais especificamente a falta de - les. Neste momento muitos departamen- tos do governo e as áreas de estratégia das montadoras estão debruçadas sobre esse problema, pois sem uma nota verdi- nha no caixa é impossível importar carros para abastecer o mercado interno. Algum entendimento deve sair nos próximos me- ses porque 2/3 das vendas internas são de veículos importados. E sem vendas não há caixa. E sem fluxo de caixa não há como realizar todos os planos que estão na mesa. Mesmo assim os vizinhos estão anima- dos. Trata-se de otimismo reservado, pois há gente no mercado que está apostando em pequena recuperação das vendas. Abertamente falam em uma grande in- terrogação em 2021. A Adefa só fará sua projeção ao fim do primeiro trimestre do próximo ano, mas há rumores em algumas terminales, na contramão do conserva- dorismo, de que pode haver um cresci- mento de mais de 60% das vendas já no próximo ano. Assim a Argentina poderia ter ummercado com, no mínimo, 400 mil unidades, chegando ao pico de 430 mil veículos em 2021. AAdefa sinaliza ao governo de Alberto Fernández que uma complementação industrial com o Brasil é o único cami- nho para tornar viável as empresas nos dois países. A partir desse entendimento o desafio é construir uma base produtiva competitiva e dominante não apenas na região. Em recente entrevista à agência Télam, assim como AutoData no Brasil, um dos mais tradicionais veículos de jor- nalismo dedicado a economia e negócios na Argentina, com 75 anos de atuação, Herrero afirmou a importância de “nos convertermos em um sócio estratégico com o Brasil, não duplicando localizações ou plataformas. Assim passaremos a ser “Temos que ser, com o Brasil, sócios exportadores de veículos e autopeças para o mundo.” Daniel Herrero, presidente da Adefa

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