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36 Julho 2022 | AutoData MERCADO » BALANÇO E PERSPECTIVAS no segundo semestre que, tradicional - mente, costuma ser de 10% a 15% mais forte do que o primeiro. De toda forma An - dreta Jr. também considera o empate um ótimo resultado diante do contexto de falta de produtos que o setor vem passando. OPINIÕES DIVIDIDAS Executivos das fabricantes que partici - paramdo SeminárioAutoData Revisão das Perspectivas 2022 também têm expecta - tivas divididas. Rodrigo Fiocco, diretor de marketing de produto da General Motors América do Sul, disse que a empresa no início do ano trabalhava comcenário de 2,2 milhões a 2,6 milhões de veículos comer - cializado: “Estamos corrigindo as estima - tivas para a parte inferior da faixa previst”. Mauro Correia, presidente da Caoa – e com visão de quem opera tanto como concessionário quanto como fabricante de veículos –, tem perspectivas piores, comvendas de 1,8 milhão a 1,9 milhão de automóveis e comerciais leves, contra um mercado de 1 milhão 975mil veículos leves no ano passado: “Omercado não crescerá”. Segundo analisaramos executivos para além da falta de componentes nas linhas de montagem pesa contra qualquer cres - cimento a disparada na taxa de juros e da inflação, que já assusta e reduz a renda os consumidores. Embora a inflação elevada seja um fenômeno global seu impacto é maior no Brasil, aponta Correia, “que ainda é uma economia emergente”. A Hyundai tem visão semelhante à da Caoa. Durante o lançamento do novo HB20 Rodolfo Stopa, diretor adjunto de planejamento de produto e inteligência de mercado, divulgou que a sua expectativa não vai alémde 1 milhão 850mil unidades. SEGUNDO SEMESTRE Pelas projeções da Anfavea o segundo semestre teria de registrar 1 milhão 220 mil licenciamentos, 33% acima das 918 mil unidades comercializadas na primeira metade do ano. São pelo menos 203,6 mil veículos por mês, emmédia, volume não alcançado em nenhum mês do ano. As vendas diárias precisariam crescer pelo menos 1 mil unidades até o fim do ano, para 9,6 mil por dia útil. Como disseAndreta Jr., da Fenabrave, o crescimento histórico do segundo semes - tre sobre o primeiro é de 10% a 15%. No ano passado as vendas de julho a dezembro ficaram 2,7% abaixo de janeiro a junho, chegando a 1 milhão 45 mil unidades. As estimativas da Anfavea para os próximos meses indicam crescimento de 16,7% so - bre o segundo semestre de 2021. Segundo Fernando Gonçalves, supe - rintendente de pesquisa econômica do Banco Itaú, o iminente desaquecimento da economia global pode ajudar o Bra - sil com maior disponibilidade de peças para a cadeia produtiva nacional. Ele disse, durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2022, que os preços das matérias-primas poderão até cair, o que também ajuda a indústria. “Deverá haver, primeiro, uma recompo - sição dessas peças para que, posterior - mente, haja a recomposição do estoque de veículos. Assim poderá haver defasa - gem e o efeito dessa melhora nas cadeias de suprimento talvez não seja tão imediata. Mesmo assim sinaliza melhora.”

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