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17 AutoData | Fevereiro 2024 Os importadores, especialmente os filiados à Abeifa, concentraram praticamente todo o portfólio em híbridos e elétricos, para aproveitar a isenção de imposto de importação. Com a retomada gradual da tarifa esse quadro muda? Não acredito. As marcas da Abeifa historicamente sempre foram dedicadas à introdução de novas tecnologias no Brasil, trazendo o que há de mais moderno nos principais polos produtores no Exterior. Esta continuará sendo uma missão destas marcas. Muitas das associadas têm planos claros globais de eletrificação, então não é uma dificuldade maior ou menor no Brasil que vai alterar o panorama global. Eu acredito que estas empresas continuarão trabalhando muito forte na eletrificação aqui, independente da variação dos impostos, que podem dificultar um pouco o caminho, mas em última instância o consumidor é sempre soberano e acabará escolhendo o que gosta mais, a tecnologia que quer consumir. A retomada do imposto de importação para elétricos e híbridos incentiva a produção local desses veículos? Eu acho que ajuda a tornar viável os casos de marcas que potencialmente estejam pensando nisso. Quando falamos de BYD ou Great Wall são fabricantes de volume que querem atender à demanda no Brasil, e ambas já tinham anunciado a intenção de instalar estrutura industrial no País. Então vejo que dependerá muito do tipo de mercado que se quer explorar e quais oportunidades o Brasil oferece. Mas sem dúvida o aumento do imposto de importação ajuda a trazer a produção deste tipo de produto para cá.

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