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36 Abril 2024 | AutoData POLÍTICA INDUSTRIAL » DESENVOLVIMENTO para aprovação. Apenas duas semanas após a publicação da portaria, em 9 de abril, o MDIC divulgou as primeiras 23 que habilitaram projetos, onze fabricantes de veículos: General Motors, Honda, Iveco, Marcopolo, Mercedes-Benz, Nissan, Renault, Toyota, Volkswagen, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Stellantis com duas habilitações, uma como FCA e uma como PSA, a Ford entrou como centro de pesquisa e nove fornecedores, Bosch, Eaton, Faurecia, FMM, FPT [fabricantes de motores do Grupo Iveco], Horse [fabricante de motores do Grupo Renault], Schulz, Sodecia e WEG, esta com duas habilitações, uma da unidade Drive & Controls e outra da divisão Equipamentos Elétricos. Outras dezoito empresas seguem em análise, incluindo onze projetos de desenvolvimento, três de serviços de engenharia de empresas que não produzem veículos ou peças no País mas mantêm centros de P&D e laboratórios aqui, e mais quatro fabricantes em operação. BENEFÍCIO DEPENDE DO PROJETO A Portaria 43 regulamentou o capítulo do Mover relativo aos benefícios, ou créditos financeiros, à inovação, nomeando itens que não estavam definidos, conta Tripodi Neto: “Assim, determinou o que são as soluções de mobilidade, logística, quais são as peças, sistema de armazenamento de energia, suporte e postos de carregamento e se quem fabrica esses componentes hoje pode se habilitar ao Mover”. Por exemplo: quem desenvolve softwares para aplicação em componentes eletrônicos para um sistema multimídia e também quem desenvolve célula a combustível pode habilitar projetos. Por outro lado, com a abertura desse leque, Tripodi questiona se os recursos do Mover serão suficientes para todos. Até porque o programa agora inclui novas empresas que fornecem itens que não estavam contemplados no Rota 2030, a fase anterior do programa. Os créditos financeiros podem financiar de 50% a 320% do investimento, a depender da complexidade das tecnologias a serem desenvolvidas e produzidas no País, com pesos bem diferentes, lembra Pieracciani: “Por exemplo: célula de combustível de hidrogênio e reformador de etanol para a produção de hidrogênio, por serem altamente tecnológicos, têm índice mais alto, maior capacidade de geração de créditos. Já um veículo de propulsão híbrida, que já existe há bastante tempo, vai ter índice muito menor do que hidrogênio”. Para chegar aos 320% de créditos sobre o investimento a empresa precisa, primeiro, habilitar os 50% iniciais com o dispêndio no projeto de pesquisa e desenvolvimento, pode obter mais 20% com a nacionalização da etapa de produção fabril e diversificação para novos mercados de exportação, e os outros 250% são concedidos de acordo com o índice de cada tecnologia desenvolvida. Tripodi Neto avalia que será muito difícil uma empresa obter todos os 320% de créditos sobre seu investimento: “O índice reflete a contribuição ou a complexidade de cada uma dessas tecnologias. Só se desenvolver todas elas, por exemplo bateria, sistema de proteção e segurança e veículo a propulsão híbrida, etc, é possível obter 250% de crédito financeiro. Obviamente é difícil porque não é uma questão somente financeira, é estratégica”. Divulgação/Presidência da República Evento de assinatura de portaria de regulamentação do Mover reúne interesses comuns no Palácio do Planalto: Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, ouve discurso de Moisés Selerges Jr., presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

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