35 AutoData | Abril 2025 vezes mais caro do que um equivalente a diesel – e dificuldades técnicas de recarga prejudicaram o avanço dos ônibus elétricos. Segundo dados da Fenabrave em 2024 foram licenciados em todo o Brasil 314 unidades elétricos. O primeiro trimestre de 2025 teve 163 ônibus elétricos licenciados no País, um total ainda distante do que se imaginava. A cidade de São Paulo tem atualmente 527 ônibus elétricos a bateria, segundo a SPTrans. Em seu primeiro mandato, terminado em 2024, o prefeito Ricardo Nunes estabeleceu como meta substituir a frota a diesel da cidade por ônibus elétricos. Até 2028 o objetivo era ter 50% dos veículos com zero ou baixa emissão. A frota total da cidade tem mais de 12 mil ônibus, também segundo a SPTrans, e envelhece como consequência da lenta substituição imposta pela proibição, adotada em 2022, de compra de modelos a diesel. A secretaria informa que aditivos contratuais permitem que mais de 1,6 mil ônibus com idade de 10 a 13 anos operem na cidade, como forma de permitir que as operadoras planejem a compra dos veículos elétricos. A Prefeitura também informa que a renovação da frota e substituição de modelos antigos a diesel por novos elétricos “depende da capacidade de produção dos fabricantes”, argumento rebatido em nota da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico: “A indústria brasileira de ônibus elétricos e componentes tem hoje total condição tecnológica e operacional de produzir os ônibus elétricos requeridos pelas metas anuais de descarbonização da frota da cidade de São Paulo”. A real dificuldade para adoção de ônibus a bateria na Capital paulista é a infraestrutura de carregamento nas garagens, cujo investimento na instalação foi prometido, e não cumprido, pela Prefeitura e pela distribuidora Enel. Os bairros onde estão as garagens não têm abastecimento adequado de alta tensão para suportar os carregamentos de centenas de veículos à noite, o que poderia causar apagões nestes locais. Em razão de queixas de empresas de transporte de não atendimento de requisições feitas à Enel a administração municipal informou que “acompanha regularmente as negociações da Enel com as concessionárias para garantir o fornecimento de energia”. A Enel afirma que, como distribuidora de energia, é responsável pela infraestrutura externa às garagens e realiza as análises de viabilidade técnica para garantir que a rede elétrica suporte a nova demanda. Informa ainda que realiza reuniões periódicas com representantes das garagens em que essas adaptações são discutidas, sempre com o acompanhamento da SPTrans. A distribuidora de energia informa também que, desde 2023, tem trabalhado com os operadores para avaliar soluções, Portolan, da Marcopolo: mercado tem potencial para seguir crescendo este ano. Fetzner, da Iveco Bus: impulso da licitação do Caminho da Escola. Divulgação/Marcopolo Divulgação/Iveco
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