Saída do Salão do Automóvel do Anhembi será oficializada dia 30

Finalmente a Reed Exhbitions Alcantara Machado tornará oficial a informação que os assinantes da Agência AutoData já sabem há nada menos do que seis meses: a mudança de endereço do Salão do Automóvel de São Paulo, que já em sua edição 2016, agendada para abrir as portas em 10 de novembro, uma quinta-feira, prosseguindo até o outro domingo, 20.

A empresa convocou coletiva de imprensa para a quarta-feira, 30, em São Paulo, onde revelará que o evento sai do Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, onde está desde 1970, e vai para o São Paulo Expo, antigo Centro de Exposições Imigrantes, na Zona Sul da cidade, próximo ao início da Rodovia dos Imigrantes.

Para reler a revelação da Agência AutoData a respeito, publicada com primazia global em setembro do ano passado, clique aqui: noticias/21459/adeus-anhembi-salao-do-automovel-2016-sera-no-sao-paulo-expo.

São esperados na coletiva as presenças do presidente da Anfavea, Luiz Moan, e do recém-empossado presidente da Abeifa, José Luiz Gandini. As duas associações são apoiadoras do evento.

Na ocasião a Reed afirmará que a mudança será benéfica ao público, pois o novo endereço, atualmente em reformas para expansão da área de exposição e do estacionamento, carrega promessas de ar-condicionado, wi-fi e condições melhores para os visitantes em geral.

O anúncio não será surpresa para as montadoras expositoras, pois a Reed já se reuniu com todas para tratar da mudança do Salão para o São Paulo Expo. E nem todas estão satisfeitas – algumas já reclamam da disposição geográfica do novo local, que tem em sua planta um formato mais retangular do que do Anhembi, que é mais quadrado. Algumas montadoras entendem que no São Paulo Expo há áreas que são menos privilegiadas no quesito circulação de público do que outras, fazendo com que os estandes ali instalados sejam menos notados – e portanto menos visitados – do que outros.

Moto Honda inaugura concessionária com museu

Os clientes que frequentarem a recém-inaugurada concessionária Honda Dream Moto Remaza, na Avenida Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo, encontrarão uma agradável novidade: ao lado das motocicletas zero quilômetro e usadas à venda foi instalado um museu, que terá exposição permanente de modelos que fazem parte da história da marca.

O prédio da concessionária, oficialmente inaugurada na quarta-feira, 16, possui 1,9 mil m² e dispõe de showroom de vendas, oficina para atendimento pós-venda, uma boutique de roupa e acessórios e um lounge decorado, que será usado como sala de espera e espaço para treinamentos, reuniões e apresentações de produtos.

Além, é claro, do Collection Hall, nome que a Moto Remaza deu ao seu museu. Todos os meses serão expostos de 20 a 25 modelos clássicos da Honda, de um acervo que pertence à concessionária e foi restaurado com critérios de máxima qualidade e originalidade. Em nota a empresa confirmou a exposição de clássicos como a CB 750 K0 de 1969, Monkey de 1969, CG 1976, CG 125 comemorativa de 35 anos, Turuna 125 de 1979, CB 50, CB 125, CB 350, ML 125, XL 250R de 1982 e modelos que competiram na Fórmula 400 e Fórmula Honda.

A ideia é tornar o espaço um local para ponto de vendas e encontro de apaixonados pelo mundo Honda, segundo informa a Moto Remaza em comunicado.

O showroom também foi dividido em três áreas: um para o Conceito Dream, composto pelas motocicletas de alta cilindrada, um para os modelos menores da linha e uma área dedicada aos produtos fora de estrada.

Resende será base exportadora da Nissan na região

A exportação de um pequeno lote do compacto March para o Paraguai neste mês é base de um projeto mais amplo da Nissan do Brasil de abastecer os principais mercados da América do Sul a partir da fábrica de Resende, RJ.

“É um projeto-piloto”, informou o chairman da Nissan para a América Latina, José Luis Valls, em entrevista à AutoData, que será publicada na íntegra na próxima edição da revista, em abril.

“Testamos todo o processo logístico da operação, assim como as homologações e regulamentações envolvidas na exportação.”

O objetivo, segundo o executivo, é chegar em 2018 com a metade da produção de Resende destinada ao mercado externo. Além do Paraguai o March seguirá ao longo deste ano para Uruguai, Peru e Chile. As vendas para a Argentina começam no fim deste ano ou início do próximo.

A Nissan não exportava a partir do Braisl desde 2008, época em que mandava a picape Frontier, produzida em São José dos Pinhais, PR, para o México, utilizando a estrutura da Renault . “O teste-piloto para o Paraguai, que envolve dezenove unidades, foi a primeira exportação de fato da Nissan brasileira.”

A substituição dos produtos mexicanos que atualmente abastecem a América do Sul pelos veículos brasileiros se dará de forma gradual. “Esse é caminho para fortalecer Resende”, comentou Valls, lembrando que a fábrica fluminense tem capacidade para 200 mil veículos/ano e produziu pouco mais de 47 mil no passado.

A Nissan tem participação de 18% nas vendas do mercado paraguaio, de 10% no Peru e 9% no Chile. No Brasil respondeu por modestos 2,3% dos automóveis e comerciais leves negociados no mercado interno no ano passado, com 60 mil unidades comercializadas, 15 mil delas importadas.

A Nissan inaugurou no ano passado escritórios próprios no Chile e na Argentina, onde produzirá nova picape de grande porte a partir de 2018.

De acordo com Valls, a meta é crescer 10% em vendas no País este ano e elevar o market share para 2,6%. O executivo projeta novo salto em 2017, quando quer atingir participação de 3% e disporá do Kicks, SUV compacto que será lançado até o fim deste ano.

A produção do novo modelo em Resende demanda investimento de R$ 750 milhões e a criação de seiscentos postos de trabalho. “Acreditamos que o Kicks responderá por 30% dos nossos emplacamentos, grande parte representado vendas adicionais , já que não temos nada nesse segmento, o que mais cresce no Brasil e no mundo.”

Volkswagen investiu R$ 200 milhões para produzir a nova Saveiro

Com visual diferente do Gol e Voyage pela primeira vez desde que começou a ser produzida no Brasil, em julho de 1982, a nova Saveiro consumiu R$ 200 milhões em investimentos da Volkswagen, boa parte na fábrica de São Bernardo de Campo, SP, onde está instalada a linha de produção da picape.

As áreas de Estamparia, Armação, Pintura e Montagem Final passaram por alterações e ganharam novos itens tecnológicos. A companhia não revelou quanto foi aplicado na unidade – o investimento de R$ 200 milhões agregou também o desenvolvimento do produto, que agora tem capô e lanternas dianteiras exclusivos, dentre outros itens.

A Estamparia ganhou novos equipamentos de medição e uma esteira para a inspeção de peças da superfície. Na área de Armação, um dispositivo inédito foi instalado para a junção das peças da tampa dianteira da Saveiro.

O modelo é oferecido em oito cores: as sólidas branco, preto e vermelho, as metálicas azul, cinza e prata e as especiais laranja e azul ravenna, exclusivas para a versão aventureira Cross. Para pintar a picape a área de Pintura da fábrica da Anchieta ganhou dispositivos para colocação dos apliques do veiculo e teve seus robôs reprogramados.

Mas foi a Montagem Final que recebeu mais novidades: além dos dispositivos para encaixar o painel, uma das grandes novidades do modelo – e que pode receber os sistemas de infotainment da marca –, a área ganhou um manipulador, que facilita o processo de montagem do conjunto frontal, e equipamentos para a montagem do novo porta-luvas e do logo na tampa da traseira da picape.

A Volkswagen não revelou metas de vendas para a nova Saveiro, que no ano passado teve 54 mil unidades comercializadas. Desde 1982 foram mais de 1,1 milhão de picapes produzidas, das quais cerca de 200 mil exportadas para mais de 60 países, em especial os da América do Sul.

Saveiro ganha identidade própria

As alterações aplicadas no design da Volkswagen Saveiro deixaram a dianteira do modelo diferente de seu irmão de plataforma. Criada com base no Gol, o modelo mais vendido na história da indústria automotiva brasileira, a picape seguia desde 1982 as mudanças visuais da família de compactos da marca, composta também pelo Voyage.

Com o recente facelift do hatch e do sedã, apresentado pela VW no mês passado, eram esperadas mudanças também na picape. Mas a companhia surpreendeu: deu, pela primeira vez na história, uma identidade visual distinta ao modelo.

As diferenças são facilmente reconhecidas: a grade dianteira da Saveiro é maior, mais parecida com a da Amarok e dos SUVs da marca, e acomoda o emblema da VW. No Gol a grade é menor – e, por isso, o símbolo da marca vaza. As lanternas da Saveiro também são maiores e menos arredondadas, assim como os faróis de milha.

Para-choque e capô também são diferentes – as peças usadas na Saveiro não são as mesmas do Gol e Voyage. “Buscamos desvincular a picape do Gol e aproximar o visual da Amarok”, explicou Guilherme Knop, supervisor de design da marca.

Por dentro, porém, a Saveiro recebeu as alterações do Gol e Voyage e a ampla oferta de itens de infotainment – com exceção, porém, de sua versão de entrada, agora chamada Robust, que manteve o painel antigo. Henrique Sampaio, gerente de marketing de produto da VW, explica a decisão: “Foi uma opção para manter o custo-benefício”.

A Robust, que representa 30% do mix de vendas – e, deste, 90% para frotistas –, de série não oferece rádio, ar-condicionado ou direção hidráulica, apenas como opcionais. Por dentro do capô o motor EA 111 gera até 104 cavalos na única opção de cabine simples, por R$ 43,5 mil.

A Trendline já oferece direção hidráulica e vidros elétricos e o painel modificado da família de compactos VW, além de ser a única versão disponível em cabine simples, estendida ou dupla. De R$ 47,9 mil a R$ 56,8 mil. Responde por 40% do mix.

Topo de linha, responsável por 10% do mix, a Highline tem apenas cabine dupla, mas já oferece como opcionais os sistemas de infotainment da VW. Por R$ 66,1 mil.

Há ainda a Saveiro Cross, que traz o visual aventureiro para a gama. Esta ganhou motor novo, o EA 211 16V que alcança até 120 cv. Por R$ 69,3 mil com a cabine dupla, ou R$ 66,1 mil com a estendida. Sampaio afirmou que a linha Cross representa 20% do mix de vendas da Saveiro, que no ano passado alcançou 54 mil unidades. Para este ano, porém, o executivo preferiu não fazer projeções.

Expectativa mantida – O vice-presidente de vendas e marketing Jorge Portugal, porém, afirmou que ainda mantém a estimativa de mercado de 2,1 milhões de unidades para 2016, embora admita que, ao fim do trimestre, poderá rever esse número.

O que não mudará é a meta de mercado da marca, que espera alavancar as vendas após o lançamento do Gol e Voyage, que começaram a chegar às concessionárias, e da Saveiro. Portugal afirmou que a VW quer terminar o ano com 15% das vendas do País – um pouco acima do desempenho registrado no bimestre, quando fechou com 13,4% de participação.

"Falta só uma faísca."

A frase do título, curta, singela, objetiva, permeia otimismo e não guerra civil. É elaborada por conhecido executivo da indústria de veículos. Como não pode, em função de contemporâneos policies da companhia para a qual trabalha, interferir ou dar palpite nos assuntos internos dos países onde está instalada, prefere recomendáveis raciocínios em off the record:

“É mais do que chegada a hora de políticos de boa vontade estabelecerem um princípio de governo de coalizão em nome dos melhores interesses do País e aplicarem, em conjunto, política de choque de realidade. O que nos falta, apenas, é a volta da confiança.”

É claro que ele entende a crise política que contamina as atividades econômicas do ponto de vista do setor automotivo, que é, mais do que antigo raio X, a soma dos efeitos de tomografia e ressonância magnética de última geração.

“A minha convicção é a de que, assim que essa equação política estiver bem encaminhada, a recuperação das margens do setor será algo que acontecerá muito rapidamente. E é disso que precisamos, com urgência. Pois a incerteza política amplifica as encrencas econômicas.”

A reação a isto é, obviamente, pela falta de confiança inerente, o não investimento por parte de agentes econômicos, a não compra por parte dos consumidores. E a apresentação de resultados pífios por parte da indústria, do comércio, do setor de serviços inclusive no que diz respeito à mão de obra empregada e à sua possibilidade de retorno a índices mais positivos.

E é, também, a causa de olhar enviesado do mercado diante do futuro, que no ritmo atual guarda a tendência de ser ainda mais negativo.

Gráficos que o executivo mostra são demonstração claríssima do tamanho da encrenca. Em 2011 os resultados de vendas, produção e faturamento do setor automobilístico foram 3,6 milhões de unidades, 3,4 milhões de unidades e R$ 156,7 bilhões – que quatro anos depois tornaram-se 2,6 milhões de unidades, 2,4 milhões de unidades e R$ 111,7 bilhões, uma estimativa.

Nesses mesmos anos, 2011 e 2015, as remessas para as matrizes foram R$ 5,6 bilhões e R$ 271 milhões. E os empréstimos intercompanies, na mesma relação, foram US$ 1,1 bilhão e US$ 5,5 bilhões.

Note-se que a evolução das remessas, nos três últimos anos, é sintoma de decadência: R$ 2,2 bilhões em 2013, R$ 814 milhões em 2014 e R$ 271 milhões no ano passado.
Ele ressalta os empréstimos intercompanies: US$ 1,7 bilhão em 2013, US$ 3 bilhões em 2014, US$ 5,5 bilhões no ano passado, dinheiro requisitado para reforço de caixa das empresas – e isto significa que o faturamento não tem pago as contas.

Junte-se a isso o valor de equities – investimentos a título de aumento de capital – remetidos para cá pelas matrizes durante o ano passado, US$ 4,5 bilhões. Síntese: em 2015 mais de US$ 10 bilhões foram injetados nas operações automobilísticas brasileiras pelas matrizes apenas para mantê-las.

No caso de caminhões a queda foi, em vendas, de 172,9 mil unidades para 71,6 mil, e na produção de 223,6 mil unidades para 74,1 mil unidades – e os repasses do BNDES caíram de R$ 23,4 bilhões para R$ 8,9 bilhões.

O executivo lembra que o Brasil não está sozinho na convivência com encrencas econômicas. Lembra a queda no preço de commodities, das quais muitos países são intrinsecamente dependentes, lembra que ajustes fiscais não necessariamente trazem popularidades para os governos, lembra que o sistema financeiro brasileiro, ressabiado, recuou os alfos do crédito, lembra que a União Européia está muito preocupada com as perdas de seu sistema financeiro – e lembra que um dos candidatos a presidente dos Estados Unidos propõe-se a jogar acordos internacionais no lixo.

E lembra o executivo que em instantes como esse sempre surgem vozes sugerindo a recessão global, o pior dos mundos, como se fosse profecia autorrealizável – que alimenta a desaceleração das atividades e os vieses de baixa.
“Ou seja: em condições normais o Brasil já está sob forte pressão interna e imagine-se quando se leva em conta o panorama mundial. É claro que o sistema financeiro senta no dinheiro e trava as suas políticas de crédito, pois todos querem estar líquidos.”

Destaca o executivo as atuais dificuldades que têm as empresas para planejar suas atividades futuras, aqueles planos de negócios que envolvem pelo menos cinco anos à frente: se os planejadores não têm ideia de como serão as vendas não imaginam, também, quanto custará a operação…

Mais: as curvas de desempenho mostram que também as vendas diretas a frotistas passaram a ser declinantes no ano passado, não gerando mais algum tipo de compensação diante da queda daquelas ao mercado interno. Conclusão: as forças do varejo também sucumbem ao ambiente econômico, e promoções, redução de preços, feirões não dão mais o mesmo resultado.
“Enfim: as margens não pagam mais os custos fixos.”

Para este ano o executivo estima que a capacidade ociosa total do setor seja de coisa de 49%, contra estimados 43% do ano passado.

Primeira quinzena mantém média diária em 7,5 mil unidades

O mercado brasileiro de autoveículos está apresentando um comportamento impressionantemente estável em 2016. Em janeiro, fevereiro e na primeira quinzena de março a média diária se manteve inalterada – o que a princípio poderia representar boa notícia, vez que indicaria a interrupção da tendência de queda dos índices de comercialização.

O problema é que esta estabilidade se apresenta em um patamar muito baixo, de 7,5 mil unidades/dia – na primeira quinzena de março, considerando-se até a terça-feira, 15, onze dias úteis, o volume de emplacamentos foi de 83 mil unidades, de acordo com fonte do varejo consultada pela Agência AutoData.

Em 2015 a média diária foi bem próxima de 10 mil unidades. Em 2014, beirou 14 mil.

Caso este volume se mantenha pela segunda quinzena, março deverá encerrar próximo de 165 mil unidades, o que representaria queda de aproximadamente 29% ante mesmo mês do ano passado, 234,6 mil, e alta próxima de 12% ante as 146,8 mil de fevereiro. Já o trimestre fecharia perto de 470 mil unidades, redução de 30% no comparativo anual.

Por modelos o Hyundai HB20 lidera as vendas na quinzena, conforme antecipara a Agência AutoData, com 5,5 mil unidades segundo dados da Fenabrave. O Chevrolet Onix é o vice com 5,2 mil, seguido por Ford Ka, 3,3 mil.

 

Roberto Barral assumirá diretoria-geral de operações comerciais da Scania

A Scania anunciou na quarta-feira, 16, que Roberto Barral assumirá o posto de diretor-geral de suas operações comerciais no Brasil a partir de 1.° de junho. Ele sucederá a Mathias Carlbaum, nomeado para a vice-presidência das operações comerciais do grupo no mundo, se reportando ao CEO, Henrik Henriksson, na mesma data. 

Barral atualmente é diretor-geral do Consórcio Scania, posto que assumiu há pouco mais de três meses. Ele iniciou carreira na montadora em 1995 e acumula experiência nas áreas comerciais e industriais. Em 2006 assumiu a gerência financeira da Codema, uma das principais concessionárias da marca no Brasil e quatro anos depois foi nomeado CFO da Scania Ibérica, no qual permaneceu por cinco anos.

Em comunicado, ele considerou que “estar à frente das operações comerciais da Scania no Brasil, um dos principais mercados da marca em todo mundo, é para mim um privilégio e um enorme desafio. Minha missão é reforçar aquilo que a Scania vem oferecendo de melhor, ou seja, estar próxima do cliente e entender as necessidades de seu negócio, resultando em rentabilidade, fator essencial nos dias de hoje, em que as operações logísticas exigem cada vez mais eficiência. Quero firmar a Scania como a principal parceira de nossos clientes.” 

Formado em ciências econômicas pela Universidade de São Paulo, Barral tem pós-graduação em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e especialização em controladoria pela mesma instituição. Ele tem 44 anos.

Suzana Soncin, atual diretora das áreas financeira e administrativa do Consórcio Scania, ficará à frente das operações da divisão no Brasil, como diretora-geral. Suzana trabalha para a marca há 25 anos, com experiência na área industrial e, nos últimos cinco anos, nas operações comerciais do consórcio.

Ela é formada em administração de empresas pela FEI, com especializações em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e cursos na University of California, Duke University e Stockholm School of Economics.

Nissan Kicks terá elevado índice de nacionalização desde o princípio

Quando começar a sair da linha de produção da fábrica da Nissan em Resende, no Rio de Janeiro, o SUV compacto Kicks carregará elevado índice de nacionalização, já na faixa de 75% a 80%. Isso porque o modelo compartilha plataforma com o March e o Versa, que já são ali produzidos – o que facilitará, em muito, a comunização de peças e consequentemente a utilização de partes fabricadas localmente.

Além disso o modelo será muito provavelmente responsável por inaugurar o segundo turno de produção da fábrica, que desde a abertura das portas, há dois anos, funciona em turno único – e para tal está prevista contratação de seiscentos funcionários. O investimento é de R$ 750 milhões.

Mais do que estes dois pontos, entretanto, o Kicks será um marco inesquecível para a Nissan brasileira por representar o primeiro produto global desenvolvido a partir do Brasil. Esse não era o plano original: em 2014, quando foi mostrado pela primeira vez ainda como um conceito no Salão do Automóvel de São Paulo, tratava-se, apenas, de um produto local. Mas diante da boa repercussão e do interesse de outros mercados por modelos deste tipo – vide Ford EcoSport e Jeep Renegade como ótimos exemplos – a Nissan decidiu torná-lo modelo global, com a primazia de produção para o Brasil.

Este desenvolvimento local Nissan, com direito a um dos quatro centros de design da montadora no mundo instalado no Rio de Janeiro, já se mostrou, mesmo que de forma extremamente tímida, na terça-feira, 15, quando a montadora mostrou em São Paulo a série especial Rio 2016, alusiva às Olimpíadas, para o March, limitada a 1 mil unidades – numeradas.

Todos os aspectos adicionais do design do modelo, como saias laterais, spoilers, grade dianteira, um interessante para-choque traseiro e esquema especial de cores, sempre com buscas ao apelo à esportividade, foram desenvolvidos localmente. E, como explica Arnaud Charpentier, diretor de marketing, esta série especial poderá ser repicada por qualquer outra unidade da montadora no mundo. “Só não poderá utilizar a referência aos jogos olímpicos, pois o patrocínio é exclusivo para o Brasil, mas o apelo esportivo que o modelo ganhou permanece e pode muito bem ser aproveitado em outros mercados.”

Baseado na versão topo de linha, a SL, o March Rio 2016 custa a partir de R$ 54 mil, aproximadamente R$ 2 mil além.

O Kicks deverá ser ao menos exibido em sua forma final no próximo trimestre, para aproveitar o impacto de visibilidade das Olimpíadas, em agosto, e possivelmente dará as caras em algum momento do tradicional processo de revezamento da tocha. Mas o próximo lançamento da lista Nissan não é o SUV compacto mas sim os March e Versa equipados com câmbio CVT.

Com os lançamentos Charpentier espera que a participação da Nissan no mercado nacional em 2016 cresça cerca de meio ponto porcentual, para algo em torno dos 3%.

MWM fecha acordo de exportação com a Doosan Infracore

A MWM Motores Diesel fechou uma parceria com a empresa sul-coreana Doosan Infracore, fabricante global de motores com linhas a diesel e a gás para ônibus, caminhões, geradores e embarcações. A companhia asiática passará a oferecer em sua rede de distribuição motores Acteon 4,8L, voltados ao setor de geração de energia, produzidos pela MWM no Brasil.

O acordo de cinco anos prevê o fornecimento de cerca de 2,5 mil motores por ano a partir do segundo semestre de 2016. A fabricação ficará a cargo da MWM, enquanto a distribuição e a revenda serão de responsabilidade da Doosan. Os motores serão aplicados em uma nova linha de grupo geradores, de diversas faixas de potência.

Segundo Thomas Püschel, diretor de vendas e marketing para motores e peças da MWM, o contrato é uma grande conquista e contribuirá para aumentar as exportações da empresa. “Esse acordo, resultado de intenso trabalho das equipes brasileiras e sul-coreanas, reforça a importância do alto nível de personalização e flexibilidade que a MWM apresenta aos clientes ao redor do mundo”.

Joon-ho Yoo, vice-presidente executivo da Doosan Infracore, afirmou que a oferta do Acteon 4,8L permite expandir a linha da companhia e ampliar a variedade de motores para geradores aos clientes. “A Doosan espera o crescimento dos negócios e sinergia com a MWM não só no mercado sul-americano, mas também no mercado global”.