Fábrica da PSA Peugeot Citroën completa quinze anos

Há quinze anos Porto Real, na região sul-fluminense, inaugurou oficialmente seu primeiro polo industrial – e com uma fábrica de automóveis: em 1º de fevereiro de 2001 os primeiros modelos Citroën Xsara Picasso e Peugeot 206 saíram das linhas da PSA Peugeot Citroën.

Ali foi estabelecido o Polo Industrial Brasil, assim denominado pela montadora, que neste período produziu mais de 1,3 milhão de veículos, dentre Citroën e Peugeot, e 1,8 milhão de motores, dos quais uma parte foi exportada. Atualmente produz os Peugeot 208 e 2008 e os Citroën C3 e Aircross.

“Nossa história no Brasil nos enche de orgulho e reforça o acerto sobre a escolha que fizemos”, afirmou, em nota, Carlos Gomes, presidente da PSA Peugeot Citroën Brasil e América Latina. “Ao longo desses anos produzimos aqui modelos inovadores com muita tecnologia e qualidade, demonstrando respeito e foco constante em nossos clientes brasileiros e de outros mercados latino-americanos, para onde exportamos nossos produtos”.

A unidade ajudou a desenvolver a região sul-fluminense, que se consolidou como o segundo maior polo automotivo do Brasil, atrás apenas do ABCD Paulista. Além da PSA Peugeot Citroën, a MAN Latin America e a Nissan produzem veículos na região, que dentro de alguns meses ganhará também a fábrica da Jaguar Land Rover.

Recentemente a PSA Peugeot Citroën concluiu investimento de R$ 550 milhões para produzir o 2008 e o novo Aircross, além de inaugurar um novo laboratório de emissões veiculares no complexo, que consumiu R$ 30 milhões em investimento.

“Mas nossos investimentos vão além de produtos e processos: continuaremos estimulando o desenvolvimento sustentável da região como um todo, de nossos colaboradores e das comunidades com apoio a projetos sociais e ambientais”.

Metalúrgicos da GM em lay off não retornarão ao trabalho em SJC

Os contratos dos 798 trabalhadores em lay off na fábrica General Motors de São José dos Campos, SP, serão realmente encerrados no domingo, 31, quando finda o prazo do afastamento. À reportagem a companhia confirmou a ação, acordada em agosto do ano passado, em reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos no TRT.

Há cinco meses a montadora pretendia demitir os trabalhadores, que entraram em greve e organizaram protestos na região. A discussão foi parar na justiça e, após audiência, ficou definido que as demissões seriam adiadas por cinco meses, com um bônus de quatro salários a cada trabalhador em lay off – quem quis antecipar sua saída, pôde aderir a um PDV.

Apesar de tudo acordado à época – o próprio presidente da GM do Brasil, Santiago Chamorro, revelou os termos do acordo para a Agência AutoData e disse que não havia como segurar os trabalhadores –, o sindicato local afirma não ter sido oficialmente comunicado e promete, mais uma vez, pressionar a companhia a fim de evitar as demissões.

Em comunicado divulgado à imprensa na sexta-feira, 29, o sindicato afirmou que organizará uma assembleia com os trabalhadores em lay off na quinta-feira, 4. A ideia é mobilizar todos os funcionários em mais uma greve, que seria a segunda na unidade somente este ano – há duas semanas os trabalhadores cruzaram os braços para exigir um valor maior de PLR.

“Desde agosto de 2014 o sindicato tem se empenhado para evitar essas demissões. A cada tentativa de demissão em massa promovida pela GM realizamos fortes mobilizações, que resultaram em três lay offs.”

O sindicato alega que o acordo assinado em 2015, após negociação com o TRT, prevê que uma parte do grupo afastado retornará à fábrica. “Cada adesão ao PDV aberto pela empresa resultará no abatimento do número de excedentes considerado pela companhia. Também deverão entrar no cálculo os trabalhadores que se desligaram da fábrica de agosto de 2015 até hoje, mesmo não fazendo parte do grupo do lay off”.

De acordo com o órgão que representa os trabalhadores o número inicial era 798 trabalhadores, mas foi reduzido a 600 porque parte saiu da empresa. “Seja qual for o número a demissão em massa não se justifica e não tem a concordância do sindicato. A GM, assim como todo o setor automotivo, foi beneficiada com dinheiro público durante todo o governo Dilma e deve isso à população”.

O sindicato promete se mobilizar para evitar qualquer demissão e defende a estabilidade no emprego e redução de jornada de trabalho sem mexer nos salários – ou seja, é contra, também, o PPE. E vai além:

“Também defendemos que a presidente proíba a remessa de lucros para o Exterior, afinal todo lucro é resultado do nosso trabalho”.

VWB troca de vice-presidente de operações

A Volkswagen do Brasil anunciou na sexta-feira, 28, mudança no posto de vice-presidente da área de operações, responsável pelo processo produtivo dos veículos incluindo estamparia, armação, pintura, montagem final e logística.

 O português Antonio Pires, de 58 anos, sucede ao alemão Otto Joos, nomeado diretor da fábrica de componentes Volkswagen em Braunschweig, na Alemanha – ele, no Grupo VW desde 1979, foi nomeado para o cargo no Brasil no início de 2011.

 Esta será a segunda passagem de Pires pela unidade brasileira: em 2006 fora gerente executivo de manufatura da planta Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, e no ano seguinte foi indicado a diretor da fábrica de São José dos Pinhais, PR, posto que ocupou por três anos.

O executivo, formado em engenharia mecânica pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, desde então era o diretor da fábrica da Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, Portugal. Está há mais de 20 anos no Grupo e atuou também na Volkswagen Navarra, na Espanha.

Anfavea e Abimaq aplaudem medidas para destravar crédito

O governo federal anunciou na sexta-feira, 29, uma série de medidas para tentar destravar as operações de crédito no País. O anúncio ocorreu após reunião plenária do CDES, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, também chamado informalmente de Conselhão, no Palácio do Planalto, em Brasília, DF.

Presentes ao encontro, representantes de Anfavea e Abimaq elogiaram a iniciativa que, pelos cálculos oficiais, poderá representar injeção de até R$ 83 bilhões na economia.

Ao Blog do Planalto Luiz Moan, presidente da Anfavea, considerou: “Esse é o momento da reabertura do diálogo. A mensagem de todos foi muito clara: todos pensando no Brasil, ninguém com a sua própria ideologia, ninguém com a sua própria ideia política. Não precisamos perder tempo, o diagnóstico já está feito. Todos nós sabemos que quem vai salvar esse País é a geração de emprego e renda”.

À Agência Brasil o dirigente da associação das montadoras acrescentou: “Não tenho dúvida que poderemos estabilizar sim a indústria especificamente, não só a automotiva, mas a indústria como um todo. Nossos investimentos estão aí, a capacidade produtiva está aí, o que nós precisamos é voltar a gerar confiança no consumidor brasileiro. Porque hoje o que paralisa o mercado interno é o medo de perder o emprego. Esse medo de perder o emprego está provocado pelas questões políticas que correram a economia brasileira”.

A Abimaq soltou nota à imprensa após a reunião, da qual participou pela primeira vez. Carlos Pastoriza, presidente do conselho de administração, avaliou que as medidas de incentivo ao crédito devem ajudar as empresas. “Acredito que teremos um pouco de fôlego e a economia poderá ser destravada. O aumento do crédito é fundamental para que consigamos ajudar a retomada do Brasil”.

Uma das principais medidas para o setor automotivo, mesmo que indiretamente, foi o anúncio de refinanciamento de dívidas tomadas com o BNDES em anos anteriores pelas linhas Finame e Finame PSI.

Para Pastoriza a medida “além de dar fôlego neste momento tão agudo da crise contribuirá para que as empresas estejam preparadas e equipadas para o momento em que houver a retomada da economia brasileira”. Para o governo a iniciativa ajudará a melhorar o caixa das empresas – serão liberados R$ 15 bilhões apenas para esta nova linha de crédito.

Já para Moan, mais uma vez à Agência Brasil, a iniciativa é positiva e “visa não prejudicar o investidor que acreditou no Brasil e ao tomar o financiamento para investimento encontrou uma recessão bastante severa”.

Outras medidas indiretamente relacionadas à atividade automotiva são linha do BNDES de R$ 5 bilhões para financiar capital de giro de micro, pequenas, médias e grandes empresas, além de outros R$ 4 bilhões de capital de giro específico para empresas exportadoras financiarem embarques. Além disso o Banco do Brasil ofertará R$ 10 bilhões para o pré-custeio da safra agrícola, o que pode auxiliar as vendas de máquinas agrícolas. Projetos de infraestrutura terão R$ 22 bilhões em recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FI-FGTS.

Na área de consumo o governo deverá autorizar uso de até 10% do saldo da conta do FGTS, além da multa do FGTS nas rescisões sem justa causa, como garantia nos empréstimos no crédito consignado. Pelos cálculos do Ministro da Fazenda, caso apenas 10% dos recursos existentes nas contas do FGTS forem usados pelos trabalhadores nesse tipo de empréstimo, R$ 17 bilhões entrarão na economia. Porém esta medida dependerá de aprovação do Congresso Nacional para entrar em vigor.

O Conselho conta com 47 empresários e 45 representantes da sociedade civil e centrais sindicais. Depois de um ano e meio sem reuniões foi reativado e sua agenda aponta ao todo quatro reuniões neste ano, sendo a próxima em abril.

Onix começa 2016 onde terminou 2015: na liderança.

O Chevrolet Onix manteve em janeiro a coroa de modelo mais vendido no mercado brasileiro. A um dia do fechamento de vendas – restando apenas os licenciamentos da sexta-feira, 29, a serem computados – o hatch produzido em Gravataí, RS, somou 12 mil 79 licenciamentos e abriu confortável distância ao vice-líder Hyundai HB20.

O modelo produzido em Piracicaba, SP, roubou, ao menos em janeiro, a segunda posição do Fiat Palio: foram 8 mil 519 unidades licenciadas ante 7 mil 459 emplacamentos. Ou seja, o pódio manteve os mesmos personagens, apenas com a troca do segundo colocado.

A pluralidade do ranking dos dez primeiros mostra o quanto o mercado brasileiro está pulverizado. Oito marcas mantêm modelos na lista, com apenas Chevrolet, com o Onix e o quarto colocado Prisma, que registrou 5 mil 85 licenciamentos, e Fiat, com o Palio e a décima colocada Strada, com 3 mil 703 unidades comercializadas, classificando dois modelos diferentes.

O Jeep Renegade ganhou sua disputa particular pela liderança dos utilitários esportivos, cravando a quinta posição do mercado com 4 mil 556 unidades comercializadas, contra 3 mil 911 licenciamentos do seu principal rival, Honda HR-V, que ficou com a nona posição.

Ford, com o Ka na sexta posição, com 4 mil 4 licenciamentos, e Volkswagen, com o sétimo colocado Fox e suas 3 mil 992 unidades comercializadas, mantêm um modelo na lista dos dez primeiros, assim como a Toyota, fabricante do oitavo colocado, Corolla, que registrou 3 mil 943 unidades comercializadas.

Volkswagen e Senai aplicam curso de mecatrônica no Brasil

Vinte alunos entraram em sala de aula no Centro de Formação Volkswagen Senai para participar do primeiro curso de mecatrônica com o mesmo nível de qualificação profissional dos ministrados na Alemanha. A iniciativa é uma parceira da montadora com seis fornecedores – Grob, Kostal, Mahle, Thyssen Campo Limpo, Thyssen Elevadores e ZF – e o governo da Alemanha, por meio do Ministério para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico daquele país.

O projeto piloto prevê o acréscimo de um terceiro ano de ensino no curso do Senai localizado na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP. Vinte jovens, dentre eles aqueles que concluíram os dois primeiros anos com o melhor desempenho dentro do Senai Anchieta e mereceram a contratação pela VW Brasil, além de funcionários dos fornecedores parceiros, foram selecionados para participar dessa primeira turma.

Aulas teóricas e práticas fazem parte do currículo – um laboratório exclusivo de mecatrônica receberá os alunos para os exercícios práticos, que compõem 80% das horas/aula do terceiro ano. Ele foi montado para o curso e tem simuladores de postos de trabalho com equipamentos idênticos aos usados pela Alemanha para formação em mecatrônica.

Um dos diferenciais do curso é o diploma de Mecatrônico reconhecido pelo governo da Alemanha para aqueles que registrarem o desempenho exigido pelo país e forem certificados pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. Para isso, precisarão passar por provas aplicadas pelo Comitê Técnico coordenado pela Câmara.

Além do diploma, o aluno receberá a certificação de Especialista Técnico Desenvolvedor Integrador de Sistemas Automatizados de Manufatura pelo Senai.

Em comunicado o vice-presidente de recursos humanos da VW do Brasil, Holger Rust, destacou o pioneirismo da companhia. “É um projeto inédito e extremamente inovador. Mesmo diante do atual cenário econômico desafiador, a Volkswagen do Brasil continua investindo em jovens e olhando para o futuro”.

Comil fecha fábrica de Lorena, no Interior Paulista

A Comil encerrou as atividades de sua fábrica em Lorena, no Interior Paulista, região do Vale do Paraíba, inaugurada há apenas dois anos e na qual produzia modelos urbanos, transferidos de sua unidade em Erechim, Rio Grande do Sul.

Em nota, a empresa afirmou que “a paralisação das atividades de fabricação em Lorena [é] necessária devido à crise sem precedentes do mercado do ônibus. Ao longo dos últimos meses a companhia, funcionários e entidade sindical adotaram diversas ações na tentativa de superar ou minimizar o forte impacto da instabilidade econômica objetivando manter a atividade industrial. Infelizmente estas não foram suficientes para compensar a brutal queda no mercado de ônibus e a consequente redução no volume de produção, tornando insustentável a continuidade das atividades industriais da planta”.

O comunicado afirma ainda que a Comil “está envidando todos os esforços para minimizar os impactos decorrentes da decisão e garantir o cumprimento de todos os deveres trabalhistas e sociais. Serão mantidos alguns funcionários para realizar as atividades de transição e conservação do patrimônio”.

A empresa afirmou ainda que a unidade de Erechim segue operando normalmente.

Segundo informações à Agência AutoData fornecidas pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Lorena, José Luis Azevedo, os funcionários chegaram para trabalhar na manhã da quinta-feira, 28, mas em lugar de assumirem seus postos de trabalho foram convocados para reunião com representantes da empresa, que informaram o fim das atividades da unidade. Ainda não há informações sobre como ocorrerá o processo de dispensa dos 220 funcionários: o sindicato foi convocado para reunião na fábrica na manhã da sexta-feira, 29.

De acordo com Azevedo no ano passado algumas medidas como banco de horas e lay off foram tomadas na unidade, e em novembro houve aprovação de plano de adesão ao PPE a partir de 2 de janeiro. Mas, de acordo com o presidente do Sindicato, a empresa desistiu de participar do programa no fim de dezembro, alegando que não havia pedidos para manter a produção.

A unidade de Lorena da Comil, segundo ele, chegou a empregar quase quatrocentos funcionários, mas atualmente operava com pouco mais da metade.

A fábrica foi inaugurada em dezembro de 2013, com a presença do governador do Estado, fruto de investimento de R$ 110 milhões e cerca de um ano e meio de obras. Na ocasião a empresa estimava gerar quinhentos empregos diretos e 1 mil indiretos, com capacidade de produção de 12 ônibus urbanos por turno, dobrando sua capacidade para este tipo de veículo.

Em comunicado divulgado à época da inauguração a empresa afirmava que “a unidade de Lorena foi planejada para produzir veículos urbanos com alta qualidade, equipada com sistema de manufatura inovador, o que a chancela como a mais moderna planta da América Latina para a produção de ônibus”. O CEO Silvio Calegaro considerava então que “as características da planta a tornam totalmente apta a atender o crescimento da demanda por ônibus até 2016, motivada por eventos importantes como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas, que já estão exigindo melhorias no transporte de pessoas nas grandes cidades”.

Segundo informações da Fabus a Comil produziu em 2015 ao todo 2 mil 129 ônibus no ano passado, queda de 34,7% ante as 3 mil 107 de 2014. Do total de 2015 os urbanos representaram 1 mil 121, redução de 16% ante 2014. De 1 mil 445. Os números de exportação cresceram no ano passado: foram 592 unidades, alta de 71% no comparativo com o ano anterior, sendo 189 urbanos, elevação de pouco mais de 900% ante as 18 de 2014.

Janeiro deverá fechar com 100 mil unidades a menos

Caso as mais otimistas expectativas dos varejistas sejam alcançadas o mercado de veículos fechará janeiro com uma queda de 39% com relação ao primeiro mês de 2015. Segundo dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData foram licenciados cerca de 127 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus até a terça-feira, 26, uma média de 7,5 mil unidades por dia.

Uma fonte informou à reportagem que o setor de varejo projeta um janeiro 100 mil unidades menor do que o mesmo mês do ano passado, que fechou com 253,8 mil emplacamentos. Para alcançar os 153,8 mil licenciamentos, a média precisaria saltar de 7,5 mil unidades para 8,7 mil unidades nos três últimos dias úteis de janeiro– fato que usualmente costuma ocorrer nos dias que antecedem o fechamento do mês.

Essa previsão é ainda inferior à revelada à Agência AutoData no fechamento da primeira quinzena. Na ocasião os varejistas acreditavam que janeiro poderia chegar a algo em torno de 160 mil a 170 mil emplacamentos.

Embora a primeira impressão causada pela queda de 39% seja de alarde, o desempenho do mês não foge muito do comportamento do mercado nos últimos meses. Este volume de cerca de 154 mil unidades estimado pelos varejistas levaria o mercado de volta a 2007, quando no primeiro mês do ano foram licenciados 152,9 mil veículos.

Os últimos meses já registraram volumes semelhantes aos de seus equivalentes em 2007: em dezembro de 2015, 227,8 mil unidades, ante 242,2 mil de 2007. Em novembro e outubro os volumes recuaram ainda mais, aos patamares de 2006.

O ano passado fechou com 2 milhões 569 mil emplacamentos, ante 2 milhões 463 mil de 2007.

Outro fator antecipado pelo presidente da Anfavea, Luiz Moan, na coletiva à imprensa realizada no começo do ano foi a base de comparação inchada: o primeiro trimestre de 2015 foi bom, comparado com o desempenho do restante do ano.

Toyota Corolla: o modelo mais vendido do mundo bate recorde.

Os números alcançados pelo Toyota Corolla, veículo mais vendido no mercado global no ano passado, foram recorde. Segundo dados compilados pela consultoria Focus2Move, especializada no setor automotivo, mais de 1,3 milhão de unidades do sedã foram comercializadas no planeta, volume 4,7% superior ao registrado um ano antes.

O modelo ganhou também participação no mercado global, saltando de 1,4% de todas as vendas em 2014 para 1,5% em 2015.

O bom desempenho, porém, não foi suficiente para abrir vantagem sobre o segundo colocado, Volkswagen Golf. O modelo produzido pela montadora alemã registrou, pela primeira vez, mais de 1 milhão de unidades comercializadas – saltou 8,4%, para 1 milhão 42 mil unidades, e também ganhou 0,1 ponto porcentual de participação, com 1,2% das vendas globais.

Completa o pódio a Série F, da Ford. As picapes somaram 920,2 mil unidades vendidas,  alta de 1,6% sobre 2014, e fecharam o ano com 1,1% de participação.

Tanto Golf quanto Série F superaram o Ford Focus, que havia sido o segundo modelo mais vendido em 2014 e, em 2015, ficou apenas na quarta colocação, com 826,2 mil unidades – uma queda de 19,4% com relação ao volume de um ano antes.

Segundo a Focus2Move, o desempenho do modelo da Ford foi prejudicado pelo lançamento da nova versão do Escort no mercado chinês, que canibalizou as vendas do modelo naquele país. O Escort registrou 214,3 mil unidades na China – ficou na 84ª colocação global –, enquanto o Focus perdeu cerca de 150 mil unidades naquele mercado.

Completam o top-10 Toyota Camry, Hyundai Elantra, Volkswagen Polo, Honda CR-V, Chevrolet Silverado e Toyota RAV-4.

Randon concentra esforços para atacar linha leve

A Randon Implementos colocou em prática nova etapa de sua reorganização produtiva, na qual um dos objetivos é aproximar as linhas de produto dos principais mercados consumidores, e agora pretende atacar com força o segmento de leves.

Para isso a empresa decidiu concentrar toda a produção destes modelos na unidade de Guarulhos, na Grande São Paulo. As outras três linhas que eram ali fabricadas foram transferidas: a de semirreboques sider e canavieiro para Caxias do Sul, RS, e a de furgões carga geral para Chapecó, SC, onde também está concentrada a produção de frigoríficos.

De acordo com Claude Padilha, gerente de marketing da Randon Implementos, a empresa buscou “uma forma de aproveitar melhor seus ativos”. A razão principal para unificar na Grande São Paulo os implementos da linha leve é simples: é o maior mercado consumidor do País deste tipo de produto, com participação próxima a 35%.

Outro pilar da estratégia está na linha de produtos, que ganhou reforço de nova opção para a faixa de basculantes, com capacidades volumétricas de 4m³ a 14m³ ´para caminhões 4×2 6×2 e 6×4.

O objetivo, de acordo com Padilha, é elevar a participação de mercado da Randon nesta linha dos atuais 3,5% para 10% nos próximos 5 anos – na linha pesada a fatia de mercado da empresa chega a mais de 30%.

“É um mercado com características distintas, bem mais diversificado em termos de oferta de fabricantes e produtos, tanto assim que o líder tem cerca de 15% de participação. Esta faixa de consumo está menos ligada às commodities, como na gama pesada, e mais ao varejo.”

Segundo a Randon a nova família de basculantes, destinada para o segmento da construção civil, canteiros de obra, terraplenagem, areia, brita e terra, ganhou nova geometria com dobras estruturais e redução de colunas, o que proporcionou redução de 230 quilos no peso na comparação com o modelo anterior, além de oferta de sistema de enlonamento como opcional.

A unidade de Guarulhos da Randon foi inaugurada em 1965.