A produção brasileira de motores tem data marcada para ingressar na rota mundial do downsizing a partir de componentes locais. Em maio a BorgWarner iniciará fornecimento do turbo B01 produzido em Itatiba, SP, para equipar o primeiro veículo 1.0 turbo flex nacional.
Vitor Maiellaro, diretor geral da divisão de turbos, não revela qual é a montadora que receberá o componente, assim como o modelo. Fontes, entretanto, asseguram tratar-se de versão esportiva do VW Up!.
“Posso afirmar apenas que é um veículo dotado de motor 1.0 três cilindros que contará com uma versão turbo e potência ampliada em 40%”, afirma o executivo, adiantando ainda que este modelo pioneiro não reinará absoluto por muito tempo.
“Já temos negociações avançadas com outras quatro montadoras. Como o desenvolvimento leva algum tempo, a estimativa é iniciar o fornecimento a novos modelos em 2016.”
O diretor, que acaba de assumir o posto de Arnaldo Iezzi Jr., transferido para a direção geral da mesma divisão na Alemanha, fez projeções otimistas: “Estimo que em três anos 30% da produção nacional de automóveis de passeio deverá contar com motores turbinados. O downsizing é tendência: na Europa essa fatia já é de 85%”.
A unidade de Itatiba recebeu investimentos de R$ 70 milhões nos últimos anos e conta com capacidade atual de produção de 250 mil turbos para automóveis de passeio ao ano. O aporte incluiu a construção de um centro de engenharia e P&D no Brasil, o Tech Center, na mesma área da fábrica de Itatiba, inaugurado na quarta-feira, 4, com presença do presidente e CEO global James Verrier.
Lauro Takabatake, diretor de engenharia, afirma que o novo turbo B01 carrega índice de nacionalização de mais de 60% e pode ser utilizado em motores de 0,8 até 1,4 litro, com foco no atendimento às exigências do Inovar-Auto.
“Motores 1.0 turboalimentados saltam de potência média de 80 cavalos para 120, enquanto os 1.5 podem chegar a 160 cavalos, substituindo os 1.8 e 2.0 tradicionais. A demanda por testes deverá crescer, daí a necessidade dos novos laboratórios de ensaio.”
Os novos negócios no segmento de automóveis devem compensar a fatia de caminhões e ônibus, que demorará a recuperar fôlego na análise de Maiellaro: “Com a baixa venda de veículos comerciais, nosso principal segmento de atuação, a produção de turbos caiu 20% em 2014 na comparação com 2013, para a faixa de 270 mil unidades. Nossa projeção para o ano é de estabilidade nesses dois fornecimentos. A produção crescerá 10% graças às entregas aos carros de passeio”.
A nacionalização dos sistemas de pós-tratamento EGR para veículos Euro 5, que dispensam o Arla 32 pela recirculação de gases, também está em curso. Atualmente a BorgWarner fornece os componentes, importados, apenas para a MAN Latin America.
“Estamos fechando negociação com mais uma fabricante, o que ampliará nosso volume e justificará a localização da produção na nova unidade de Piracicaba. A partir de 2016 contaremos com capacidade anual de 35 mil a 40 mil sistemas/ano.”
Produzir veículos em Goiana, na região Norte de Pernambuco, demandará uma complexa operação logística da Fiat Chrysler. Instalada mais de dois mil quilômetros de distância dos principais mercados brasileiros – os Estados das regiões Sudeste e Sul –, a fábrica receberá peças de fornecedores paulistas, mineiros, baianos, paranaenses, gaúchos e sergipanos, além de empresas da Europa, América do Norte e Ásia.
As vendas de veículos das 28 marcas associadas à Abeifa registraram queda de 22,2% em janeiro. Segundo dados da associação divulgados na quarta-feira, 4, foram comercializados 7 mil 478 mil veículos no mês, ante 9 mil 609 mil há um ano.
Com inauguração programada para abril a fábrica da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, em Goiana, PE, já iniciou a produção pré-série do Jeep Renegade. Cerca de 1 mil funcionários estão trabalhando na linha e até sua abertura oficial serão dois mil, conforme revelou o presidente da FCA para a América Latina, Cledorvino Belini, durante o lançamento da linha 2016 do Fiat Bravo, no Interior de São Paulo.
“O modelo cresce em conectividade, está muito mais completo que qualquer um dos concorrentes e tem posicionamento de preço campeão”. Segundo o executivo o Bravo destaca-se principalmente pela sua nova central multimídia, que passa a ter comando por voz nas funções de mídia e telefone em toda a linha, um diferencial importante na sua faixa de mercado.

A DAF anunciou na terça-feira, 3, novo presidente para sua operação brasileira, que conta com fábrica em Ponta Grossa, PR: Michael Kuester assume o posto a partir de 1º. de março.
Kuester ingressou na Paccar em 1989 e passou por vários países: foi gerente da DAF Espanha e gerente de marketing e comercial na Paccar Parts América do Norte antes de chegar ao Brasil. É graduado em Administração pela Universidade Gonzaga, em Washington, e possui MBA pela Universidade de Seattle.
O Brasil será o nono país a participar do Desafio de Mobilidade Ford. O projeto, global, quer incentivar desenvolvedores a criar aplicativos que auxiliem a melhorar as condições no trânsito de megacidades.