Chegou ao fim na segunda-feira, 1º. de junho, a greve mais longa da história da unidade da Volvo em Curitiba, PR, inaugurada em 1979: ao todo foram 23 dias corridos com a produção de caminhões e ônibus ali, ou desde 8 de maio.
Para o único item que ainda trancava as negociações, o valor do adiantamento da PLR, finalmente houve acordo, aprovado em assembleia na manhã da segunda-feira, 1º.: a Volvo aceitou elevar o valor para R$ 8 mil – antes oferecia R$ 5 mil perante reivindicação dos metalúrgicos de R$ 9,5 mil. O valor total da PLR permanece em R$ 30 mil, assim como em 2014, mas este só seria pago em caso de produção igual à do ano passado, o que parece extremamente improvável. A montadora trabalha com perspectiva de produzir metade do volume de 2014, o que representaria, portanto, PLR de R$ 15 mil.
Na semana passada o ambiente ficou tenso: o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, o SMC, veiculou mensagem em emissoras de rádio paranaenses acusando a montadora de não querer negociar. A montadora respondeu com nota oficial de esclarecimento, recordando que há dez anos está na lista das melhores empresas para se trabalhar no País, sendo a líder do ranking em duas oportunidades.
Outros dois pontos importantes foram mantidos, conforme negociação anterior durante a paralisação: abertura de lay-off por sete meses – sendo os dois últimos com os custos arcados integralmente pela Volvo – e de PDV, Programa de Demissão Voluntária, para seiscentos metalúrgicos, considerados ociosos após o encerramento do segundo turno de produção de caminhões na unidade.
Para o PDV a proposta é de pagamento integral de salários e direitos até dezembro mais de um a quatro salários, dependendo do tempo de casa, além da PLR 2015 integral.
De acordo com informações do sindicato os dias parados serão compensados via banco de horas até 2017.
Em nota o presidente do SMC, Sérgio Butka, considerou que o movimento representou “uma luta importante: além de conquistarmos a manutenção dos empregos conseguimos também manter os mesmos critérios na PLR, que pode chegar ao total de R$ 30 mil, conforme o volume de produção. Tudo isto graças à mobilização dos trabalhadores do chão de fábrica” – os funcionários administrativos, não filiados ao Sindicato, já tinham encerrado a paralisação há vários dias.
MERCEDES-BENZ – Na Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, SP, prossegue processo de encerramento de contrato de trabalho para quinhentos metalúrgicos que estavam em lay-off, iniciado na sexta-feira, 29.
De acordo com porta-voz da fabricante, ao grupo foi mantida oferta de adesão a PDV, Programa de Demissão Voluntária, com pagamento fixo de R$ 55 mil, na própria sexta-feira, 29. Este foi estendido ainda na segunda-feira, 1º., para os envolvidos que não conseguiram fazer o processo na sexta-feira, 29.
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