AutoData - O que um câmbio automatizado pode fazer pelos Iveco Tector
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24/08/2017

O que um câmbio automatizado pode fazer pelos Iveco Tector

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Foto Jornalista  Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

O desempenho das exportações do caminhão semipesado Tector aos mercados da América Latina provocou a Iveco a traçar projeto mais agressivo para ampliar sua participação de vendas na região. O plano de expansão gira em torno da versão equipada com câmbio automatizado, lançada na terça-feira, 15, em Sete Lagoas, MG.

 

O veículo já está sendo produzido na planta local e chegará aos concessionários em duas semanas. Ele se junta à versão manual na gama de semipesados da empresa, a qual foi responsável pelo aumento das exportações no ano passado, como disse o vice-presidente Marco Borba: “Acreditamos que a versão automatizada poderá nos ajudar a crescer nesses mercados e, mais importante, abrir espaço em outros novos”.

 

A Iveco declarou que foram exportados, no primeiro semestre, 1,7 mil caminhões, alta de 144% na comparação com o volume exportado no mesmo período do ano passado. Borba reconheceu que o crescimento expressivo se deu por causa de base baixa de exportações, mas destacou que pode aumentar em função de demandas verificadas nos principais mercados da Iveco fora do Brasil: Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai.

 

Na Argentina, onde a empresa mantém fábrica em Córdoba, o segmento de 16 toneladas – no qual atua uma versão do Tector 4×2 – é um dos que mais crescem, de acordo com dados da empresa, que lá vendeu, no ano passado, 2 mil 341 unidades de semipesados. Só no primeiro semestre deste ano o volume foi maior, 4 mil 133 unidades, e isso animou as projeções de vendas da nova versão.

 

O Tector dotado de câmbio automatizado também será produzido na Argentina com as mesmas configurações do veículo brasileiro, assim como versão pesada do modelo exclusiva para o país. A decisão de manter a produção do modelo em ambos os países, disse Borba, aconteceu por causa de questões ligadas às políticas de cada país sobre conteúdo nacional e sua relação com programas de financiamento: “Isso ocorre por causa das exigências do Finame sobre conteúdo local. Na Argentina ocorre o mesmo, de forma que no caso do Tector manteremos a produção do modelo em ambos os países”.

 

Em Córdoba está a produção dos veículos pesados acima de 16 toneladas, e ao Brasil foi reservada a produção de todo portfólio, que inclui a linha leve na plataforma da van Daily, os veículos pesados, tanto a família do Tector quanto a do pesado Hi-Way, e os ônibus.

 

Tanto o Tector nacional quanto o produzido na Argentina são equipados com caixa de câmbio automatizada da Eaton, fabricada em Valinhos, SP, que exportará o componente para a Iveco Argentina. O motor é fornecido pela FPT, que integra o grupo por meio da CNH Industrial.

 

O Tector é produzido em Sete Lagoas, tem 300 cv de potência e atende à norma Euro 5 de emissões.

 

Crédito da foto: Divulgação