Omni Banco lançará refinanciamento digital de veículos

São Paulo – A chegada da pandemia da covid-19 e a demanda maior por financiamentos por parte dos consumidores acelerou os planos do Omni Banco, de digitalizar um de seus produtos tradicionais, o refinanciamento de veículos. Batizado como Refi+ o plano mira as classes C e D e oferece juros mais atrativos com o carro, usado, como garantia.

Márcio Luppi, diretor comercial da instituição financeira, acredita que a plataforma digital comece a operar nas próximas semanas: "Sempre buscamos canais alternativos e a transformação digital já estava nos planos. Mas, sem dúvida, tivemos que acelerar diante do contexto atual. O sistema está em fase de testes e será lançado em breve".

O banco já oferece o refinanciamento de veículos em suas unidades físicas há 26 anos, período em que acumulou experiência nesse tipo de operação. Com a plataforma digital a intenção é ganhar agilidade no processo de contratação do serviço. Segundo Luppi o serviço digital será mais rápido porque os próprios clientes farão as fotos de avaliação do veículo, ponto considerado um dos mais demorados no processo atual. E não precisarão sair de casa: a aprovação das fichas também será diferente do processo atual do mercado:

"Vamos mesclar dois modelos: o automático, com algoritmos de modelagem de crédito, mas também avaliaremos de maneira pessoal cada ficha, porque entendemos que uma completa a outra. Esse tipo de trabalho gera ganhos relevantes para nossa operação".

Com esse sistema o banco pretender ser mais justo na avaliação do perfil de cada cliente, pois quem busca por esse tipo de serviço, geralmente, está passando por momento complicado e, com a situação atual do País, poderá ter restrições em seu nome: "O que contará para a aprovação é a capacidade dele honrar seu compromisso de pagar as parcelas e não se ele tem algum tipo de restrição em seu nome. Por isso a avaliação das fichas não será apenas automática".

Inicialmente o sistema estará disponível para refinanciar motocicletas, automóveis e comerciais leves, fabricados de 1970 a 2020. Em uma segunda fase do projeto também atenderá clientes donos de caminhões. Luppi disse que para os pesados o sistema precisa passar por algumas mudanças e, por isso, chegará um pouco mais tarde – a intenção da empresa é que o serviço esteja disponível ainda este ano.

Em suas 110 lojas físicas espalhadas pelo Brasil cerca de 40% dos clientes que buscam pelo refinanciamento são do segmento de pesados, atrás apenas dos automóveis e comerciais leves, que representam metade dos negócios. As motos somam os 10% restantes: "No segmento de duas rodas esse tipo de serviço não é tão conhecido. Com o lançamento da plataforma digital também focaremos na divulgação para esse mercado".

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