São Paulo – As fabricantes de veículos instaladas no Brasil produziram 199 mil 707 automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus em janeiro, segundo divulgou a Anfavea em seu balanço mensal na quinta-feira, 4. O volume superou em 4,2% a produção registrada em janeiro do ano passado, embora tenha ficado 4,6% abaixo do que saiu das linhas em dezembro – mês em que a Ford ainda teve produção plena em Camaçari, BA.
Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, foi um bom resultado diante das circunstâncias, uma vez que a cadeia ainda sofre com falta de matéria-prima. “Segue o descompasso da cadeia logística, que pode ainda se agravar com o desafio, global, da falta de semicondutores”.
Nos Estados Unidos algumas montadoras estão reduzindo o ritmo, suspendendo produção de alguns modelos e direcionando esforços para veículos de maior demanda para contornar o que estão chamando de “crise da escassez do chip”. O efeito é global, segundo Moraes.
“Seguiremos buscando manter o ritmo de produção para atender à demanda do mercado”.
Após quase um ano registrando quedas mensais no quadro de trabalhadores das fabricantes de veículos a indústria voltou a contratar em janeiro, que fechou com 2,2 mil funcionários a mais nas montadoras – ainda sem efeito das demissões na Ford. Moraes explicou que as contratações são feitas, em sua maioria, pelas fabricantes de caminhões. “E são quase todas com contratos temporários”.
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