São Paulo – A produção do Volkswagen Gol em Taubaté, SP, pode estar com seus dias contados. O presidente Pablo Di Si não decretou sua extinção, mas deixou no ar a possibilidade de o hatch, por 26 anos o modelo mais vendido no mercado brasileiro, ter o mesmo destino de outros modelos clássicos da marca, como o Fusca e a Brasília.
O executivo garantiu sua produção em 2022, mas a chegada do Polo Track, um ano depois, deverá alterar os planos com relação à faixa de entrada no mercado. Com as novas legislações a produção da geração do Gol atual ficaria inviável, pois seria preciso adicionar tecnologias e itens de segurança que a plataforma atual não comporta.
“O Gol é um ícone. Estamos passando por um processo de assimilar que nossa estratégia, no futuro, é a MQB”, disse o executivo na entrevista coletiva de anúncio do investimento de R$ 7 bilhões na região até 2026. “Os carros da categoria do Gol estão subindo um degrau. Nosso desafio agora será comunicar isso aos nossos clientes históricos.”
As mudanças nas legislações de segurança e emissões já fizeram duas vítimas VW este ano: o up! deixou de ser produzido em Taubaté, SP, e o Fox se despediu do mercado após dezoito anos de produção em São José dos Pinhais, PR.
Embora esteja longe de seu desempenho no passado o VW Gol ainda demonstra fôlego no mercado. Em outubro foi o décimo mais vendido do País, com 5 mil 39 emplacamentos, mesma posição registrada no acumulado do ano, quando registrou 51 mil 35 unidades comercializadas. É, ainda, o Volkswagen mais vendido no mercado brasileiro.
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