Ribeirão Preto, SP – Em meio a incertezas quanto às questões climáticas, como a seca intensa em importantes regiões produtoras, e aos preços das commodities, em queda, teve início a vigésima-nona edição da Agrishow, principal palco de lançamentos do setor de agronegócio na América Latina. De 29 de abril a 3 de maio a expectativa da organização é a de igualar a marca do ano passado, de R$ 13,3 bilhões em negócios, o que representou avanço de 18% ante 2022, cifra recorde.
No que depender da participação do público, que logo cedo se espalhava pelas dezenas de ruas no recinto do evento, mesmo debaixo do sol forte — os termômetros marcavam 30°C logo pela manhã –, esta projeção caminha para ser cumprida.
Durante abertura realizada a autoridades, expositores e imprensa no domingo, 28, o vice-presidente e ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou a importância do maior acesso a crédito para se adquirir tecnologia de ponta para o campo e, para tanto, falou que a LCD, Letra de Crédito de Desenvolvimento, “tornará o financiamento mais barato e promoverá a depreciação acelerada para renovar máquinas e equipamentos e ganhar produtividade”.
Projeto de lei que cria o mecanismo que visa a ampliar a captação de recursos financeiros do BNDES tramita no Congresso.
Alckmin lembrou que os juros estão diminuindo e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está trabalhando para abrir novos mercados para produtos brasileiros: “O desenvolvimento é o novo nome da paz. Precisamos de desenvolvimento, gerar emprego, renda e atrair investimento. É para isso que se faz a Agrishow. Para desenvolver novas tecnologias e fortalecer o setor produtivo, gerador de emprego e renda”.
Esta edição do evento conta com oitocentas marcas expositoras nacionais e internacionais, o que inclui cem participantes estreantes. Nos cinco dias de evento são esperados 195 mil visitantes de mais de cinquenta países.