São Paulo – Segue em ritmo forte de crescimento a produção de veículos na Argentina. No acumulado de janeiro a maio a alta voltou a ser de dois dígitos, com 207,6 mil unidades, avanço de 10,4% sobre os primeiros cindo meses do ano passado, segundo divulgou a Adefa.
O desempenho tem a ver não apenas com o mercado interno, que vem registrando sucessivos crescimentos expressivos por causa do baixo volume negociado mês a mês no ano passado. As exportações, mesmo a um ritmo menos frenético, têm se destacado, sobretudo em maio, 26,3 mil unidades, crescimento de 16,4% sobre abril e de 14,7% com relação ao desempenho de igual mês do ano anterior.
No acumulado a indústria argentina exportou 106 mil 894 unidades, registrando pela primeira vez no ano um resultado porcentual positivo: alta de 0,9% sobre janeiro a maio de 2024. O Brasil continua como o principal destino dos veículos argentinos com 65,9%, mas há de se destacar o crescimento de negócios com países da América Central, com 13,7%, e com o Chile, que representa 5,3% de todas as exportações do país vizinho.
O mercado interno segue superando, e muito, o desempenho mês a mês do ano passado. De janeiro a maio foram negociados 239,2 mil veículos, crescimento de 84,5% sobre igual período de 2024. Em maio foram quase 59 mil unidades, 12% melhor do que em abril e um aumento de 111% na comparação com mesmo mês do ano passado.
Para Martín Zuppi, presidente da Adefa, a Associação das Fábrica de Automotores da Argentina, mesmo com todas as dificuldades há um forte impulso no mercado interno, e um ritmo de crescimento das exportações ainda tímido, na sua avaliação:
“Por isto nossa agenda para o segundo semestre tem foco em potencializar a produção e as exportações”, disse o presidente, considerando que a indústria automotiva é o principal complexo exportador da Argentina, responsável por 47% de todos os bens manufaturados, tendo uma participação de 9,5% no PIB do país.