Carro elétrico de entrada da marca chega às concessionárias com mudanças no design, em tecnologia e segurança
São Paulo – Para fazer frente ao BYD Dolphin Mini a Renault reformulou o Kwid E-Tech e manteve o preço da versão anterior: R$ 99 mil 990. A novidade foi apresentada na quarta-feira, 8, e trouxe significativas mudanças no design, em tecnologia e em segurança. A parte mecânica foi mantida, com motor de 65 cv e os 180 quilômetros de autonomia da bateria.
Ariel Montenegro, presidente da Renault do Brasil, assegurou que este preço é definitivo, não será aplicado a lotes, e que o objetivo é oferecer proposta de valor com diferenciais que não costumam ser vistos em veículos desta categoria:
“O Kwid E-Tech exerceu papel fundamental na democratização do veículo elétrico no País. A proposta foi ser o carro mais acessível da marca e ele se tornou o mais acessível do mercado”, disse o executivo. “Agora trazemos pacote de segurança inédito no segmento, o que reforça o pioneirismo da Renault, que conta com quinze anos de experiência com veículos 100% elétricos, sendo que hoje são mais de 700 mil unidades da marca circulando pelo mundo”.
As vendas estão abertas e, nos próximos dias, o modelo produzido na China chegará às 250 concessionárias da marca no País. Montenegro evitou fazer projeções de vendas para a nova versão do compacto elétrico: comentou que, desde o seu lançamento, em 2022, foram comercializadas mais de 3 mil unidades, sendo 2025 o melhor ano, até por uma maior identificação do consumidor com carros a bateria.
Dados da Fenabrave apontam que o concorrente BYD Dolphin Mini emplacou todo este volume em setembro, 3,4 mil unidades, e no acumulado do ano registrou 22,9 mil emplacamentos.
Mudanças para ganhar terreno
O novo design do Kwid E-tech descola-se da versão a combustão do modelo, e assemelha-se ao Dacia Spring, seu irmão gêmeo vendido na Europa sob o emblema da fabricante romena, o que vale também para a maior conectividade e aplicação de funcionalidades do sistema Adas.
Justamente por entender que o elétrico de entrada busca imprimir valores diferentes da versão a combustão Montenegro apontou que não necessariamente ele receberá as mesmas mudanças que o 100% elétrico, o que vale, inclusive, para o design.
Novo Renault Kwid E-Tech. Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Renault
Por fora, além do redesenho completo da carroceria e de ampliar as paleta de cores com duas opções, azul e vermelho, o Kwid e-Tech ficou mais alto, com 172 mm de altura do solo, com rodas 14’’, novas assinatura LED e lanternas traseiras, além do novo logo da Renault.
Por dentro a conectividade é traduzida pela multimídia de 10’’, que, segundo o diretor de marketing da Renault do Brasil, Aldo Costa, “oferece uma área visível maior em 60% na comparação à versão anterior”, e com espelhamento sem fio.
A tela 100% digital de 7’’ traz as opções de mostrar em tempo real os sistemas de segurança acionados, se está consumindo ou regenerando a bateria e o status de recarga.
“O interior foi totalmente redesenhado, está mais moderno e tecnológico.”
O novo volante hexagonal vem com comandos e o câmbio é o e-shifter, o mesmo usado no SUV Kardian. O veículo vem com onze sistemas ativos do Adas, a exemplo do assistente e alerta de permanência em faixa, frenagem automática de emergência, limitador de velocidade e sensor de fadiga.
Quem compra o carro leva para casa cabo de carregamento que pode ser usado em tomadas 220 V e, em nove horas, restabelece de 20% a 80% da bateria. Em um carregador de alta voltagem, no entanto, este tempo é reduzido a 45 minutos.
A garantia do veículo é de três anos e, da bateria, de oito anos ou 120 mil quilômetros, o que for atingido primeiro.