A Nissan anunciou oficialmente o início da produção em série do Kicks na sua fábrica mexicana de Aguascalientes. A operação é a primeira no mundo para o modelo. De lá, incialmente, o carro também abastecerá outros mercados da América Latina até sua produção chegar à unidade brasileira de Resende, RJ, prevista para o fim de março do ano que vem.
De acordo com a fabricante, para a produção do Kicks a companhia investiu US$ 150 milhões, além de um adicional de US$ 100 milhões com a integração de catorze novas empresas fornecedoras no local. O modelo possui 90% de conteúdo nacional, fazendo dele um dos veículos Nissan com o mais alto índice de localização.
Armando Ávila, vice-presidente de manufatura da Nissan no México, lembra que a produção do Kicks marca o pioneirismo de uma fábrica da região receber a responsabilidade de pela primeira vez produzir um veículo inédito da marca, destacando que nenhum outro lugar do mundo ainda não o está produzindo. “Aguascalientes será responsável por gerar as informações necessárias para compartilhar com o resto dos países que produzirão o modelo no futuro.”
Como já determinado pela fabricante em seu plano estratégico para o Kicks, o modelo primeiro será oferecido aos mercados da América Latina e, posteriormente, entregues mais de oitenta países ao redor do mundo.
Com o Kicks, a fábrica mexicana passa a produzir de maneira simultânea cinco modelos. Já produzia Sentra, o monovolume NOTE, March e Versa. Segundo a montadora, Aguascalientes é a mais rápida da Nissan em todo mundo, capaz de produzir 65 unidades por hora, equivalente a um veículo a cada 55 segundos.
Apesar do anúncio oficial da produção do Kicks, a marca destaca, no entanto, Aguascalinente produziu um primeiro lote do modelo em abril exclusivamente para ser integrar as campanhas dos Jogos Olímpicos Rio 2016, dos quais a montadora é patrocinadora oficial, e que a produção em massa começou em maio.
No Brasil, o Kicks é o modelo com o qual a empresa pretende reescrever uma nova história no mercado e, definitivamente, sair dos atuais 3% de participação que tem no mercado. Embora não crave a pretensão de liderar a categoria de utilitários esportivos, não aceita qualquer outra condição que não seja estar entre os três mais vendidos.
Para receber o Kicks, a unidade de Resende investiu R$ 750 milhões nas adaptações da linha de produção e em treinamento.