São Paulo – Proposto há quinze dias pela General Motors sob a justificativa de queda nas vendas o layoff na fábrica de São José dos Campos, SP, foi aprovado na terça-feira, 27, pelos trabalhadores. A contrapartida negociada foi a garantia de que todos terão estabilidade no emprego enquanto a suspensão dos contratos vigorar.
Inicialmente falava-se em afastar 1,2 mil funcionários por cinco meses, mas o prazo foi ampliado para até dez meses. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos a medida atingirá empregados de todos os setores da unidade, que operará com apenas um turno de produção por este período.
Na fábrica, que produz S10 e Trailblazer, trabalham 3 mil 958 funcionários.
Valmir Mariano, vice-presidente do sindicato, contou que a entidade tentou alternativas ao layoff, como redução da jornada de trabalho sem a diminuição do salário, mas a proposta não foi aceita pela empresa. Diante disso a saída foi combinar a manutenção do emprego.
Durante o layoff os operários afastados receberão 100% de seus salários, sendo que uma parte será paga com recursos do FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador. Como o FGTS não é recolhido nesta condição o sindicato acertou com a GM o pagamento adicional de 8% aos vencimentos, como forma de compensação. No período o imposto sobre a renda não será descontado.
Os cursos de qualificação previstos pelo layoff serão realizados de forma online e, portanto, a GM arcará com ajuda de custo para gastos mensais com a internet.