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12/12/2014

Motores 1.0 ensaiam reação

Por Marcos Rozen

- 12/12/2014

Ainda que muito distante de seus áureos tempos os veículos dotados de motor 1.0 ensaiam reação no mercado nacional, puxados por novos modelos dotados da motorização porém com tecnologia mais avançada, como a de três cilindros.

Em outubro a participação dos modelos 1.0 no total geral de automóveis vendidos no País atingiu de longe seu melhor patamar no ano, de 42%. Índice semelhante fora registrado apenas em janeiro de 2013. Ainda assim no acumulado do ano o porcentual é de apenas 39,6%, abaixo do fechamento de 2013, 39,9%, que já fora o menor em vinte anos.

Os números são da Anfavea.

O índice de outubro para os 1.0 supera com folga o melhor para 2014 até então, o de julho, com 40,7%. Em fevereiro a participação deste tipo de veículo nas vendas alcançara nível extremamente reduzido, de 36,7%.

A razão para esta aparente virada está centrada em especial nos recentes lançamentos, que deram novo fôlego aos um dia já denominados populares: além do VW Up!, oferecido exclusivamente com motor 1.0 três cilindros, estão na lista os novos Ford Ka, Fiat Uno, Renault Sandero, Nissan March e outros.

Ainda que possuam na gama outras versões com motores mais potentes, 1.4 no caso do Uno e 1.5 para o novo Ka, o Fiat e o Ford retomaram justamente em outubro suas presenças no top 10 dos modelos mais vendidos no País, na quinta e oitava colocações, respectivamente. Além disso o Chevrolet Onix, segundo mais vendido no mês passado, também conta com versão com motor 1.0.

Caso o cenário permaneça até dezembro os motores também chamados apenas como Mil poderão ao menos empatar seu volume de participação em 2014 com 2013, bem próximos de 40%. Em se confirmando este quadro estancaria tendência de queda observada nos últimos cinco anos: em 2009 os 1.0 responderam por 52,7% dos automóveis licenciados no País, índice que caiu para 50,8% em 2010, para 45,2% em 2011 e 41,7% em 2012, até chegar aos 39,9% de 2013.

Ainda assim os 1.0 abocanhariam neste 2014, diante da série histórica, porcentual próximo apenas ao de 1994 – ou seja, vinte anos antes –, quando este tipo de modelo começava de fato a se fazer presente nos números de venda no País.