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05/01/2015

Effa passa por readaptação no mercado brasileiro

Por André Barros

- 05/01/2015

Pioneiro na comercialização de modelos chineses no mercado brasileiro, o Grupo Effa passa por fase de readaptação. Após perder a Lifan, que agora controla sua própria marca por aqui, o Grupo mantém operação ainda pequena, com representação das marcas JBC e JMC, que atuam no segmento de comerciais leves.

Neste ano, segundo a Fenabrave, foram vendidos em torno de 200 modelos das marcas do Grupo. Volume baixo mas adequado ao tamanho da rede atual, de acordo com o COO e CFO da empresa, Bruno Ferreira: “Mudamos o conceito de concessionárias. Temos menos pontos de vendas, mas todos sustentáveis, com resultados positivos”, afirmou em entrevista por e-mail à Agência AutoData.

De acordo com o executivo o quadro atual é de apenas oito revendas e “outras serão agregadas conforme a necessidade”.

Embora possua cota para importar até 4,8 mil veículos por ano isentos de IPI majorado em trinta pontos porcentuais, graças à habilitação ao Inovar-Auto, a Effa abastece sua rede majoritariamente com produtos vindos de sua fábrica na Zona Franca de Manaus, cuja produção começou para valer em 2013. Com capacidade para até 30 mil unidades em dois turnos, a fábrica opera com pouco mais de 1% de sua força total.

“Estamos iniciando produção de novos modelos, em fase de lançamento. Neste ano devemos produzir quinhentas unidades em Manaus.”

Durante a maior parte do ano foram produzidas na unidade as picapes Effa Start Simples e Effa Start Dupla, com as respectivas cabines e sempre equipadas com motor 1 litro. Elas serão atualizadas e receberão a companhia de duas outras picapes com motor 1,3 litro, também em versões de cabine simples e dupla.

A fábrica passa por obras de modernização e atualização. Ocupa terreno de 350 mil metros quadrados na Zona Franca, com 30 mil m2 construídos. Opera em uma espécie de sistema CKD, porém com produção de parte das peças dentro das próprias instalações, segundo o executivo.

“Seguimos o PPB [Processo Produtivo Básico, legislação da Zona Franca de Manaus] e agregamos mais etapas locais, pois nossa intenção é obter o maior porcentual possível de produção aqui no Brasil.”

O portfólio Effa é composto ainda pelos importados M100, uma minivan compacta, a Van Effa e o caminhão pequeno JMC.

Com a adoção de política realista, a Effa não traça metas para ocupar toda a capacidade de produção de sua fábrica brasileira. Ferreira afirmou que a empresa busca, em primeiro lugar, rentabilidade. “O negócio tem que ser rentável para ser interessante e se perpetuar. Quantidade não significa volume.”