AutoData - Feliz ano novo!
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05/01/2015

Feliz ano novo!

Por Marcio Stéfani

- 05/01/2015

Estamos quase todos retornando ao trabalho após um curto e merecido descanso de 15 dias. E voltamos já com algumas boas notícias. A primeira delas é que finalmente o difícil 2014 ficou para trás oficialmente na semana passada e estamos iniciando uma nova temporada de boas aventuras.

A segunda boa notícia – e aqui tomo a liberdade de copiar na cara de pau o que foi dito por meu sócio S Stéfani na abertura do Prêmio AutoData, em novembro – é que o carnaval acontecerá em fevereiro e não em março, como aconteceu no ano passado, não teremos copa do mundo em junho e também não seremos obrigados a escolher presidente novo em dois turnos em outubro. Ou seja: teremos o ano inteiro para trabalhar e nem os tais dos onze feriados prolongados previstos para este 2015 irão atrapalhar tanto quanto estes três eventos atrapalharam todo 2014.

Tenho a virtude – ou defeito, dependendo do ponto de vista – de ser um eterno otimista. Acredito no Brasil e acho realmente que ainda teremos um lugar de destaque no mundo no futuro, independente de quais forem os rumos políticos que seguirmos.

E nesta minha visão de futuro positiva incluo este nosso setor automotivo brasileiro. Tenho a certeza que ninguém tirará do Brasil este posto já alcançado de ser um dos maiores mercados e bases produtivas de veículos de todo o mundo. Em 2014 até que tentaram, mas mesmo assim, fechamos o ano como o quinto maior mercado mundial – algumas dezenas de milhares de unidades atrás da Alemanha, o quarto – e sétimo ou oitavo maior produtor. Pormenor importante: se estivéssemos na Europa, teríamos sido o segundo maior mercado daquele continente.

Para este 2015 ainda não vejo razão para mudar a projeção da maioria dos executivos da nossa indústria feita no Congresso AutoData Perspectivas, em outubro. Ou seja: teremos um ano muito parecido com o que vimos em 2014 tanto em termos de produção como de vendas. E isto em termos de negócios não será nada ruim, vez que a grande maioria das empresas já se reestruturou ao longo dos últimos seis meses para trabalhar com este cenário, digamos, um pouco mais modesto.

E um pouco mais à frente, lá em 2016 ou 2017, a volta do ciclo de crescimento regular em patamar muito mais sustentado. Neste ponto nunca é demais lembrar que, segundo estudos recentemente divulgados pela Anfavea, o mercado brasileiro ainda deverá dobrar de tamanho nos próximos 20 anos, chegando próximo da faixa dos sete milhões de veículos vendidos anualmente. Vai demorar um pouco, mas vamos chegar lá…

No curto prazo, nestes três primeiros meses, alguns pormenores importantes deverão ser acompanhados com atenção. O nível do estoque de caminhões nas concessionárias e nos pátios das montadoras, por exemplo, irá determinar o ritmo da produção deste tipo de veículo ao longo de todo o ano. O preço do dólar também deve ser acompanhado de perto, pois se continuar alto fatalmente provocará uma corrida de nacionalização de componentes.

E, é lógico – e não menos emocionante –, temos que ficar atentos aos primeiro passos do novo trio da economia nacional. Se eles não atrapalharem muito tenho certeza que teremos um ano positivo…