AutoData - Toyota brasileira inicia exportações de veículos flex
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05/01/2015

Toyota brasileira inicia exportações de veículos flex

Por Michele Loureiro

- 05/01/2015

A Toyota iniciou as exportações do Etios com motor flex para o Paraguai neste mês. É o primeiro modelo bicombustível da montadora enviado ao Exterior e as vendas no país vizinho e parceiro de Mercosul começam em dezembro.

Segundo comunicado da companhia o objetivo é expandir a presença dos produtos fabricados no Brasil para outros mercados da América Latina. Por isso a Toyota escolheu Paraguai e Uruguai como novos destinos, além da Argentina, que já recebe o modelo. A diferença é que nestes dois últimos a versão exportada é movida exclusivamente a gasolina.

Já o Paraguai receberá o modelo bicombustível, assim como a versão comercializada no Brasil.

Há seis anos o governo paraguaio estimula a tecnologia flex com alíquota zero para a importação destes modelos, a fim de intensificar a produção do etanol. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar, a Unica, atualmente o país vizinho produz cerca de 170 milhões litros do combustível renovável por ano – 25% desse total é misturado à gasolina e o restante comercializado como combustível para veículos flex.

Em comunicado a Toyota afirma que a configuração de equipamentos do Etios foi adaptada para atender preferências dos consumidores locais e que a tecnologia flex já é bem difundida no mercado paraguaio. Com relação ao volume a ser exportado, a Toyota diz apenas que atenderá Paraguai e Uruguai “de acordo com a demanda dos respectivos mercados”.

Segundo Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologias da Unica, há cerca de 36 milhões de veículos bicombustíveis no mundo. Para ele, “cerca de 60% desta frota está no Brasil e a América Latina é um mercado que pode se tornar promissor”.

O consultor considerou relevante a iniciativa da Toyota e acredita que novos países da região devam se interessar pela tecnologia bicombustível nos próximos anos. “O Uruguai já nos consultou e mostrou-se interessado no etanol. Eles ainda não têm capacidade local de produção, mas parecem estar empenhados quanto ao tema.”

Szwarc também citou a Colômbia, onde a mistura do etanol na gasolina é de 10%, como potencial novo mercado para carros flex nacionais. “O Brasil despontou nessa tecnologia e sua estratégia bem sucedida deve motivar novos interessados no etanol, abrindo espaço para as exportações brasileiras.”