AutoData - Caminhões e ônibus: financiamento via PSI poderá ser ampliado para até 90%.
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09/02/2015

Caminhões e ônibus: financiamento via PSI poderá ser ampliado para até 90%.

Por Viviane Biondo

- 09/02/2015

Mais novidades na linha PSI na modalidade caminhões, ônibus e implementos surgiram na terça-feira, 6: a participação máxima do BNDES no financiamento destes veículos por meio desta linha do Finame poderá ser ampliada para até 90% do valor do bem.

Segundo circular do próprio BNDES as pequenas empresas podem financiar 70% do valor com taxa de 9,5% ao ano, enquanto as grandes emprestam 50% com taxa de 10% ao ano. Essas regras já haviam sido divulgadas no apagar das luzes do ano passado.

A novidade é que os outros 20% e 40% que compõem, respectivamente, o valor do bem, poderão também ser financiados por meio do PSI, permitindo ao comprador reduzir o valor de entrada para 10% – mas as condições são diferentes.

Empresas que optarem por maior fatia financiada terão de arcar com aumento no custo financeiro da operação – válido só para a diferença –, que poderá ser calculado por meio de três diferentes bases: variação da unidade monetária do BNDES acrescida de encargos da Cesta de Moedas, variação do dólar acrescida dos encargos da Cesta de Moedas ou ainda taxa média Selic acumulada, apurada pelo Banco Central em base diária.

No caso das pequenas empresas, somam-se, ainda, taxa de remuneração do BNDES de 1,2% ao ano e taxa de intermediação de 0,1% ao ano. Para empresas maiores a taxa de remuneração é também de 1,2% ao ano, mas a taxa de intermediação sobe para 0,5% ao ano.

Fonte ligada ao governo federal ouvida pela Agência AutoData entende que, na prática, a iniciativa representa uma nova taxa de juros para o PSI: “O cliente de uma grande empresa financiará 50% do bem com juros de 10% ao ano e os outros 40% com taxa maior, de mercado. Supondo que esta seja de 14%, no resultado final a operação terá taxa de cerca de 12,5% ao ano”.

As regras valem para ônibus, chassis e carrocerias para ônibus, caminhões, caminhões-tratores, carretas, cavalos-mecânicos, reboques, semirreboques, chassis e carrocerias para caminhões, incluídos semirreboques tipo dolly e semelhantes, carros-fortes e equipamentos especiais para chassis como plataformas, guindastes, betoneiras, compactadores de lixo e tanques.

O prazo máximo para financiamento é de 72 meses, com carência de três a seis meses. Cada grupo econômico poderá emprestar até R$ 200 milhões. De acordo com a circular os pedidos de financiamento poderão ser protocolados até 27 de novembro de 2015 por meio das modalidades simplificada ou convencional.

A circular informa ainda que “para fins de controle de comprometimento dos recursos o BNDES poderá solicitar, a qualquer tempo, o envio de informações relativas a operações em curso nos agentes financeiros, bem como definir limites de comprometimento por agente financeiro”.

Embora estas regras do PSI para 2015 já tenham sido publicadas, fontes ligadas ao governo não descartam a divulgação de novas circulares nos próximos dias: “O BNDES está ajustando seus sistemas às novas normas e levará ainda alguns dias para a operação deste ano começar. Ajustes, portanto, não estão descartados”.

Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, comentou na terça-feira, 6, que mesmo com as taxas de juros mais altas para o PSI este ano o cenário para os comerciais “não é de todo ruim”. E justificou:

“Foi difícil conseguir a postergação do PSI, conversamos com o BNDES diuturnamente. O desafio agora é garantir que os recursos liberados, de R$ 16 bilhões, sejam aplicados”.

Sobre o esperado programa nacional de renovação de frota de caminhões, o presidente da Fenabrave revelou que “o Tesouro argumenta não ter os recursos necessários, mas reduzimos o volume anual contemplado e esperamos avançar em breve. O projeto está 95% alinhavado”.


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