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09/02/2015

Para Fenabrave, mercado em 2015 será muito próximo ao de 2014

Por André Barros

- 09/02/2015

Um ano muito parecido com 2014. Essa é a expectativa para 2015 da Fenabrave, que divulgou na terça-feira, 6, projeção de leve queda de 0,5% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus com relação ao ano passado, ou exatas 3 milhões 479 mil 343 unidades.

O viés ligeiramente negativo do resultado contrasta com a expectativa da maioria dos executivos da indústria, que projeta vendas de estáveis para cima. Tereza Fernandez, colaboradora econômica da associação, justificou o índice: “O preço dos carros vai aumentar com o fim da redução do IPI e isso impactará o consumidor, que já convive com a inflação. Se a renda do trabalhador crescesse, sem o nível atual de endividamento das famílias, e o crédito estivesse com maior disponibilidade, talvez o mercado não caísse”.

Nos cálculos, porém, não estão considerados eventuais impactos da nova lei que facilita a retomada do veículo no caso de inadimplência. Fernandez argumenta que “a lei é nova e não sabemos como quantificá-la nas projeções, e por isso fizemos a análise sem considerá-la”.

A consultora considerou que a projeção não é pessimista nem otimista, “mas realista”. Admitiu, porém, que a associação possa revisar o número mais adiante, mas considerou que tem como base as estimativas com relação à economia e o PIB.

Segundo Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, o impacto médio nos preços dos carros será de 3% a 5% com a recomposição do IPI. As vendas de janeiro, porém, deverão ser aceleradas, vez que indústria e rede se prepararam com estoques altos ainda com o IPI antigo, de unidades faturadas em 2014.

“Temos de 25 a 45 dias de vendas sem incidência da nova alíquota, com estoques que giram em torno de quatrocentas mil unidades. Só em fevereiro ou março os preços deverão subir efetivamente.”

Para o presidente a grande questão do ano será mesmo o comportamento dos bancos e agentes financeiros: “Estão mais dispostos a liberar crédito, mas as aprovações ainda estão baixas. Em média três a cada dez pedidos são aprovados. A nova lei da retomada pode alterar esse cenário e aumentar em até 20% as vendas, mas não sabemos efetivamente qual será o impacto no mercado”.


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