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16/04/2015

GM pretende reduzir número fornecedores

Por Viviane Biondo

- 16/04/2015

A General Motors pretende reduzir o número de fornecedores de componentes para seus modelos, atualmente em aproximadamente 5,7 mil empresas considerando-se todos os elos – das quais dois terços são nacionais. Segundo Fred Roldan, diretor de supply chain para a América do Sul, o objetivo é concentrar as compras para ampliar parcerias.

“Queremos estabelecer um relacionamento mais estreito e saudável com os fornecedores, com comunicação mais próxima. Isso é essencial, inclusive para ajustes eficientes aos movimentos de mercado.”

Em participação no Seminário AutoData Compras Automotivas 2015, realizado pela AutoData Editora na segunda-feira, 16, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo, Roldan afirmou que em tempos de vendas de veículos em queda e dólar em alta é preciso ajustar o foco produtivo:

“É a oportunidade de ampliar o nível de nacionalização de componentes, fortalecer a indústria nacional e voltar a exportar”.

O executivo destacou que a GM mantém investimentos de R$ 6,5 bilhões nos próximos cinco anos, o que demonstra a confiança da fabricante no País. E destaca que a localização de componentes de plataformas, tanto atuais quanto novas, deve seguir critérios importantes para seu sucesso:

“Antes da nacionalização é preciso observar os elos da cadeia, com destaque do Tier 3 ao Tier 1. Tudo está interligado e a cadeia é tão fraca quanto seu elo mais fraco. Se faltar uma peça o carro não sai da linha de montagem.”

Para Roldan, contudo, não se pode embasar a decisão de localizar peças em requerimentos governamentais – a exemplo do Inovar-Auto – ou mesmo a taxa cambial. “Se um elo tiver problemas repassamos deficiências e ineficiências. Por isso é preciso ter foco em quais componentes de um novo projeto serão nacionais e iniciar esse trabalho previamente, além de considerar o ciclo de vida do produto. Um veículo que tem poucos anos em linha pela frente, por exemplo, não deve ser alvo de nacionalização para que ela seja sustentável e eficiente. Não é só o custo que conta: é necessário fazer sentido.”

Segundo Roldan a General Motors mantém ativo programa de nacionalização de componentes após atualizar quase que simultaneamente todos os veículos de sua linha, há cerca de dois anos. “O Onix tem mais de 75% de conteúdo local enquanto o Cruze tem cerca de 40%, índice que na ocasião do lançamento era de 20%.”

Dentre os componentes mais desafiadores à nacionalização o diretor destacou partes dos motores, transmissão automática e airbags.


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