AutoData - ARaymond estima dobrar de tamanho no País em cinco anos
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22/04/2015

ARaymond estima dobrar de tamanho no País em cinco anos

A operação brasileira da ARayomond, localizada em Vinhedo, no Interior de São Paulo, ainda não chegou ao limite de sua capacidade, mas de acordo com Alexander Picher, presidente, a estimativa é de que em cinco anos a companhia precisará de uma nova unidade fabril para seus negócios. “Devemos dobrar de tamanho até lá. Novos projetos e as exportações nos dão condições de acreditar em um futuro promissor.”

De acordo com o executivo não há área suficiente no local onde a empresa está instalada para expansão, o que obrigará procura por novo terreno.

Fabricante de conectores rápidos para circuitos de fluídos e peças para fixação de plástico e metal para a indústria automotiva, a empresa está presente em todas as montadoras instaladas no Brasil, além de ser base fornecedora para toda a América do Sul.

Dos novos projetos a companhia fornece ao Jeep Renegade e, acredita o executivo, será apenas “questão de tempo para parcerias com a BMW e com a Mercedes-Benz”, referindo-se aos recentes empreendimentos no País destas companhias alemãs. Ainda segundo Picher, a ARaymond é líder no fornecimento de conectores para indústria automotiva, com 70% do mercado, sendo que “o restante é importado”.

A unidade da ARaymond do Brasil possui portfólio com cerca de 2 mil itens. A fábrica tem capacidade para produzir 50 milhões de peças/mês, em três turnos de trabalho. No mundo a empresa dispõe de 25 mil produtos destinados à fixação e outros 10 mil no segmento de conectores. “Por ser um item bem específico muitas das ferramentas são desenvolvidas pela própria empresa. O produto, no entanto, depende do volume: há peças em que a produção local compensa, e para outras não.”

Picher prefere não revelar valores, mas garante que a companhia faz investimento contínuo na operação, de 11% do faturamento todos os anos. Boa parte dos recursos é destinada à pesquisa e desenvolvimento: a empresa, por exemplo, encontrou nos recursos de uma impressora 3D forte aliada para desenvolver produtos. Segundo o executivo a máquina proporciona sensível redução de custos e de economia de tempo em um eventual projeto. “Em dois ou três meses já é possível se pagar um investimento de US$ 300 mil. O interessante também é que para determinadas peças já é possível até mesmo fazer testes mais avançados, como os de aplicação.”

LEED – A ARaymond chegou ao País em 1996 e opera desde 2005 no Distrito Industrial de Vinhedo. Neste 2015 a companhia – de gestão familiar em sua quinta geração – completa 150 anos de fundação.

Em virtude da data o CEO Antoine Raymond, em peregrinação por todas as 22 unidades fabris espalhadas pelo mundo, visitou a unidade brasileira na quarta-feira, 19, para participar das comemorações. Na ocasião recebeu das mãos de Picher a certificação LEED Silver para instalações industriais, uma das primeiras do setor de autopeças do País a receber o atestado. O documento é reconhecido mundialmente e emitido pela organização estadunidense U.S. Green Building Concil.

O chefe da operação mundial aproveitou para manifestar otimismo com relação ao País, apesar das dificuldades atuais. “Crises são passageiras. No passado recente as turbulências também estiveram em outros mercados, como Rússia e Índia. No momento o Brasil passa por um problema de falta de confiança, de crédito, e com a economia menor, atrai menos investimentos. Mas não há dúvida do seu potencial de mercado e de sua capacidade de voltar a crescer rápido.”


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