AutoData - Rede Jeep terá duzentas lojas até dezembro
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22/04/2015

Rede Jeep terá duzentas lojas até dezembro

Por George Guimarães

- 22/04/2015

A julgar pelas projeções de Sérgio Ferreira, diretor geral da Chrysler Brasil e diretor da marca Jeep para América Latina, o Jeep Renegade, cujas vendas começam oficialmente em 10 de abril, terá um ano digno de céu de brigadeiro mesmo com eventual continuidade da tempestade que vem abatendo mês a mês os melhores prognósticos.

Ferreira, sem titubeio, diz que o SUV compacto, que começou a ser produzido há cerca de um mês em Goiana, PE, será, rapidamente, líder do segmento muito em hoje dominado, sobretudo, por Ford EcoSport e Renault Duster. A equação que leva o executivo a tamanha certeza é composta pela força da marca, pelo próprio produto e seu ineditismo – com oferta, dentre outras novidades, de versão com motor diesel – e as primeiras sondagens do público consumidor.

A rigor, a Jeep já teria catalogados cerca de 20 mil compradores para o Renegade, os mesmos que se inscreveram no site da marca e lá expuseram seus interesse de compra, inclusive fornecendo telefone, CPF e outras informações pessoais. “Isso em apenas três meses”, reforça Ferreira.

Outra prova de que a marca aposta firme em seu modelo nacional é a própria rede exclusiva de concessionárias. Na primeira semana de abril, em solenidade simultânea, a Jeep inaugurará oficialmente 120 pontos de venda em cerca de setenta municípios. Até dezembro serão duzentas revendas em noventa cidades, ou quase cinco vezes mais do que compartilhava com Chrysler, Dodge e Ram no ano passado.

A ideia é de que já no dia 10 todas as casas disponham de unidades das três versões do Renegade – e o faturamento comece no mesmo dia –, além de todo o restante da linha, importada. O custo médio de cada loja, calcula o executivo, é de R$ 2 milhões.

“Fizemos uma concorrência aberta para revendedores Fiat e Chrysler e obtivemos mais de trezentas propostas para compor a rede Jeep. A seleção levou em conta o potencial do mercado na área sugerida, solidez financeira e também o perfil próprio parceiro”, recorda o diretor da Jeep, que escolheu 75 delas, agora unidas com as 45 existentes no ano passado.

Seguindo o conceito já adotado por outras marcas, as lojas têm menor porte do que se concebia como razoável há alguns anos no Brasil: área de 2,5 mil m2 a 5 mil m2 e média de vinte funcionários. Ainda assim Ferreira assegura que todas as revendas, com exceção do showroom na avenida Europa, em São Paulo – região de alto luxo e metro quadrado de preço elevadíssimo –, contarão com todos os serviços de pós-venda, inclusive funilaria e pintura.

Mas não descarta, por exemplo, o compartilhamento de cabine de pintura de um mesmo grupo empresarial caso a proximidade física das revendas permita. No entanto, sempre por grupos Jeep. Uma revenda Fiat, ainda que do mesmo grupo empresarial, pode estar no prédio ao lado, mas jamais poderá fazer uso da mesma estrutura, garante o executivo.

MERCADO – A Jeep calcula que o segmento de utilitários esportivos compactos deve crescer de 40% a 50% no Brasil em 2015, considerando a chegada de novos concorrentes como Honda HR-V e Peugeot 2008, além dos tradicionais EcoSport, Duster e Chevrolet Tracker. No ano passado os SUV compactos somaram 135 mil veículos, 3,5% do mercado interno. “Até 2018 devem chegar a 328 mil.”

O diretor da Jeep se nega ainda a revelar qual volume de vendas projeta para o Renegade em 2015. Estima apenas que metade de seus compradores deverá migrar da concorrência direta e outra metade do segmento de sedãs, como Honda Civic ou Toyota Corolla, e que “do crescimento esperado para a marca no mundo neste ano, cerca de 30% se deverá ao Brasil”. Dos demais produtos Jeep, espera ao menos 5 mil unidades vendidas até dezembro.

No ano passado a Jeep vendeu 1 milhão de veículos em 160 países – sendo só 3,3 mil no Brasil –, recorde histórico e três vezes mais do que em 2009, quando a Chrysler foi adquirida pela Fiat, dando início à FCA. Com o esperado ritmo forte da planta pernambucana, a participação brasileira nas vendas globais deve crescer substancialmente, assim como do mercado sul-americano, para onde, de acordo com Ferreira, o Renegade começa a ser exportado ainda no segundo semestre.


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