A Michelin trará uma nova marca de pneus radiais para ônibus e caminhões ao Brasil e aposta em preços 25% menores para atrair consumidores. A BFGoodrich, braço estadunidense da companhia de origem francesa, chega para tentar ganhar espaço fora do mercado premium, onde a Michelin continuará atuando.
A linha de pneus, que conta com três produtos, será importada da Polônia em um primeiro momento. Mas, de acordo com Feliciano Almeida, diretor de marketing e vendas de pneus de caminhão e ônibus da Michelin para América do Sul, a partir do segundo semestre dois modelos serão produzidos na fábrica de Campo Grande, RJ.
“Nos últimos anos preparamos a unidade da Michelin para fabricar a nova marca. Não precisaremos contratar mais funcionários, pois eles foram chamados gradativamente nos últimos meses para serem treinados. Desta forma ganharemos flexibilidade na unidade, o que é importante em momentos de retração do mercado como o que estamos passando.”
Ao menos no início a produção brasileira servirá para abastecer apenas o mercado local. “As exportações para a América Latina não estão nos planos por enquanto, uma vez que as configurações e tamanhos são diferentes.”
Almeida afirmou que o investimento para nacionalizar a marca BFGoodrich e produzir os pneus em solo nacional está dentro do pacote de € 1 bilhão anunciado pela Michelin para o Brasil no período de 2011 a 2016.
Segundo o executivo o principal chamariz para a nova marca está nos menores preços em relação aos Michelin. “Queremos atrair novos clientes, que podem usar a BFGoodrich como porta de entrada e acabar migrando para a Michelin em um segundo momento.”
Almeida afirmou que a maior parte dos novos clientes devem ser transportadores autônomos e frotistas pequenos e médios, que buscam produto com bom desempenho aliado a um baixo valor inicial. O executivo não revelou a durabilidade dos produtos e disse que a empresa ainda não realizou testes no Brasil.
“A BFGoodrich é conhecida por ser uma marca tradicional em competições. Nosso objetivo é trazer esse boa desempenho para os desafios das estradas brasileiras.”
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