AutoData - Vendas de caminhões em maio devem empatar com abril
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22/06/2015

Vendas de caminhões em maio devem empatar com abril

Por Viviane Biondo

- 22/06/2015

Sem recuperação, mas tampouco queda: assim segue o mercado de caminhões em maio. Até quarta-feira, 20, os emplacamentos acima de 3,5 toneladas somaram 3 mil 828 unidades segundo dados preliminares do Renavam obtidos com exclusividade pela Agência AutoData.

Com a média de 294 licenciamentos/dia, o mês deve fechar na casa dos 5,8 mil caminhões, empate técnico, portanto, com os 5 mil 782 vendidos em abril.

Um indicador, porém, pode remeter a dias melhores nos próximos meses: em abril a média de vendas foi de 289 caminhões/dia. Assim, há leve alta do índice diário em maio frente ao do mês passado.

Para Antônio Baltar, gerente de marketing e vendas da Ford Caminhões, o resultado pode ser considerado como uma conquista. “Depois das baixas do primeiro trimestre o mercado se mantém por dois meses seguidos. É difícil, ainda, dizer se batemos no fundo do poço e já estamos subindo, mas pessoalmente acredito que sim, que o pior já passou.”

O executivo afirma ainda que, mesmo com os baixos volumes registrados em abril e maio, é possível trabalhar de forma mais assertiva no planejamento da indústria e das redes: “Precisamos de previsibilidade, o que absolutamente não vinha ocorrendo. Agora podemos nos adaptar, ainda que seja a um mercado menor, por enquanto”.

Para Baltar o mercado anual de caminhões ficará na faixa de 87 mil a 95 mil unidades. “Isso considerando resultados dos últimos meses e contando com uma tradicional recuperação no segundo semestre.”

Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da MAN Latin America, prefere trabalhar com a estimativa da Anfavea, de 80 mil a 83 mil emplacamentos para o ano.

Na mesma linha de raciocínio do colega da Ford, o executivo afirma que “dentro do que se vem apresentando no acumulado do ano, não deve haver mais movimentos abruptos nem para cima e nem para baixo. Queda além da já registrada nem a indústria nem a rede de concessionários suportaria”.

Alouche também entende que o pior já passou: “Acredito que o cenário não deva piorar, já passamos pelo fundo do poço. Maio deve melhorar brandamente e o mercado começará a recuperar fôlego de junho em diante”.