Continental começa a produzir ESC em Várzea Paulista

Várzea Paulista, SP – A Continental começou a produzir o ESC, controle eletrônico de estabilidade, em Várzea Paulista, Interior de São Paulo, que recebeu R$ 23 milhões em investimentos. A expectativa do presidente Frédéric Sebbagh é a de aumento na demanda pelo componente nos próximos anos, pois o ESC passará a ser obrigatório para novos projetos a partir do ano que vem – e, em 2022, em todos os veículos produzidos no Brasil.

Em abril o sistema começou a sair das linhas nacionais da companhia. “Estamos no ramp up da produção. Acredito que em até noventa dias a linha já operará normalmente e seja capaz de atender aos volumes que esperamos no País”.

A volatilidade do dólar foi outro fator que influenciou na nacionalização do ESC, embora todos os componentes ainda sejam importados – o que, segundo Sebbagh, é uma exigência dos clientes para manter a qualidade do sistema. “A princípio vamos importar todos os componentes da Alemanha, China e México. No futuro buscaremos parceiros no País, desde que a qualidade seja mantida”.

Também foi importada, da China, toda a linha de produção que a Continental instalou em Várzea Paulista. O presidente contou que algumas adaptações precisaram ser feitas para atender às normas de segurança brasileira, mais exigentes do que as chinesas.

“Optamos por importar essa linha pelo seu nível de automação, que é quase 100%, e demanda poucos funcionários na operação por turno. Contratamos cerca de quarenta colaboradores para os três turnos”.

A linha tem capacidade para entregar 600 mil unidades, volume que deverá ser elevado nos próximos anos – com investimentos, a capacidade sobe para 1,2 milhão de peças. Este ano a Continental projeta vender em torno de 500 mil ESC no Brasil, ainda importando uma parte. “Para 2020 a projeção é produzir até 900 mil ESC em três turnos, dependendo de como o mercado se comportar”. 

Fiat, Ford, General Motors, Honda, Hyundai, MAN, PSA e Volkswagen são os atuais clientes do ESC da Continental, que busca novos clientes e a participação em novos projetos que chegarão aos mercados nos próximos anos.

Foto: Divulgação.