São Paulo — Em meio à onda de falta de insumos na cadeia automotiva pelo menos o aço deverá permanecer fora da lista, que já tem, dentre outro itens, semicondutores e pneus. Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, garantiu que as usinas instaladas no País entregam hoje o volume contratado pelas montadoras, com perspectiva de crescimento em 2021.
"A demanda por aço das montadoras não aumentou nem caiu nos últimos meses. Estamos fornecendo o volume contratados pelas empresas em compromisso de longo prazo. Se houver aumento da produção, como indicam os dados da Anfavea, temos capacidade para acompanhar."
Lopes conversou com jornalistas na segunda-feira, 22, durante transmissão online do balanço de 2020 do setor siderúrgico. O presidente disse, ainda, que a Anfavea e suas associadas seguem de perto o cotidiano das usinas no sentido de antever oscilações do preço do material e, assim, buscar alternativas de fornecimento em outros mercados. Essa possibilidade, no entanto, é considerada pequena, ainda que o recente aumento do aço tenha reverberado de forma negativa em alguns segmentos dentro do setor automotivo.
No ano passado as siderúrgicas produziram 31 milhões de toneladas de aço, volume que representou queda de 4,9% no comparativo com o volume de aço beneficiado em 2019. Segundo o Instituto Aço Brasil o consumo aparente chegou a 21,2 milhões de toneladas, alta de 1,2%. As vendas internas também aumentaram e alcançaram o volume de 19,2 milhões de toneladas, alta de 2,4% no período.
No ano passado as exportações de aço chegaram a 10,7 milhões de toneladas, queda de 16%. As importações foram de 2 milhões de toneladas e US$ 2,1 bilhões, recuos de 14,3% e 13%, respectivamente.
Para 2021 o instituto projeta produção de aço bruto 6,7% maior no comparativo com 2020, somando 33 milhões de toneladas. O consumo aparente deverá crescer 5,8%, chegando a 22,4 milhões de toneladas. Já as vendas internas, de acordo com o instituto, podem aumentar 5,3%, com um volume de 20,2 milhões de toneladas.
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