Grupo Iveco baterá recorde de compras na América Latina

São Paulo — O Grupo Iveco projeta atingir o seu maior volume de compras de peças e componentes na América Latina em 2022, gastando de R$ 9,5 bilhões a R$ 10 bilhões. O volume representa forte crescimento na comparação com o 2021, ano com demanda aquecida na indústria de pesados, quando a companhia gastou R$ 5,5 bilhões, segundo George Ferreira, diretor de compras para a América Latina, que participou de entrevista coletiva online realizada na quinta-feira, 21.

Dos R$ 10 bilhões, cerca de R$ 6,5 bilhões serão gastos com fornecedores instalados da América Latina e o restante será dedicado a compra de peças em outras regiões, como Europa e Ásia. Ferreira disse que no Brasil o valor gasto também crescerá sobre 2021, por causa da demanda e do aumento de nacionalização:

“O recorde histórico de compras é um resultado que nosso board global avaliou de forma muito positiva. Os integrantes visitaram recentemente nossas operações para ver de perto o avanço da rede, da fábrica, do desenvolvimento de novos produtos e fornecedores”.

Os veículos produzidos pela Iveco na fábrica de Sete Lagoas, MG, possuem índice de nacionalização de 70% a 80%, dependendo do modelo, mas o diretor acredita que há espaço para avançar. Para isso a empresa usará R$ 150 milhões do investimento de R$ 1 bilhão anunciado para América Latina para o desenvolvimento de novos fornecedores e mais conteúdo local.

Ferreira disse que a Iveco também estuda a possibilidade de abrir oportunidades de exportação para seus fornecedores locais, com foco no segmento de transmissões: “Hoje nós compramos as transmissões de grandes fornecedores como Alisson, Eaton e ZF, e essas empresas poderão ajudar a atender às demandas das fábricas da Iveco em outras regiões, como a Europa”.

Para 2022 a expectativa da Iveco é a de produzir cerca de 30 mil unidades, considerando as fábricas instaladas em Brasil e Argentina, volume 50% superior ao de 2021. Mesmo com esse avanço Ferreira reconhece que a Iveco ainda persegue o equilíbrio de seus negócios no País, que virá com maior escala produtiva.