São Paulo – Em dez dias úteis a indústria comercializou, em fevereiro, 68,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. O resultado, apesar de baixo quando comparado com os últimos meses de 2022, ficou superior ao registrado na primeira metade de janeiro, em onze dias úteis, quando os licenciamentos alcançaram 66,5 mil unidades.
Com relação a fevereiro do ano passado, que teve 64,8 mil unidades emplacada em onze dias úteis, também houve crescimento.
Ou seja, fevereiro de 2023 começou mais acelerado do que janeiro e do que igual mês de 2022, mesmo com as comparações tendo um dia útil a mais. A média diária chegou a 6,9 mil, ante 6 mil em janeiro e 5,9 mil em fevereiro de 2022.
De toda forma o varejo não está satisfeito. Segundo fonte ligada às concessionárias os estoques na rede estão crescendo dia a dia e o fluxo em loja está baixo: “Divida esta média diária pelo número de concessionárias no País, que está em torno de 7 mil. É pouca venda”.
Os varejistas reclamam dos juros elevados e das restrições cada vez mais elevadas dos bancos na hora de conceder crédito: “Os bancos puxaram o freio de mão, com medo da inadimplência que está crescendo. Para um mercado dependente do crédito é um mau sinal”.
Como fevereiro tem o carnaval, e em diversos estados os Detran exercem ponto facultativo, restam na prática oito dias úteis de vendas. Mantida a média atual o mercado encerraria fevereiro com 123 mil emplacamentos. A fonte aposta em pouco mais, por causa das compras das locadoras que costumam se concentrar no fim do mês: “Devemos fechar com 130 mil unidades”.
Lidera a venda parcial o Chevrolet Onix Plus, que somou 3,8 mil emplacamentos. Seguido pelo Chevrolet Onix, 3,7 mil licenciamentos, e pela Fiat Strada, 3,4 mil.