São Paulo – Nos onze dias úteis da primeira quinzena de fevereiro foram comercializados 64,8 mil automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro. Os dados preliminares do Renavam, que computam os emplacamentos até a segunda-feira, 14, indicam um início de fevereiro ainda mais fraco do que o de janeiro, quando os licenciamentos somaram 68,9 mil unidades. Trata-se de queda de 6%, com média diária de 5,9 mil veículos.
O tombo é maior quando comparado com os primeiros onze dias de fevereiro do ano passado: 32%. Neste período de 2021 começavam a surgir os primeiros sinais da falta de semicondutores, assim como restrições provocadas pela segunda onda da covid-19 no País, mas o resultado ainda não tinha sido influenciado por esses fatores, embora, no período, tenha ocorrido o carnaval.
As justificativas de fonte ligada ao varejo ouvida pela reportagem para o resultado baixo da primeira quinzena são as mesmas do mês passado: elevação dos preços e juros altos têm afastado o consumidor das lojas, que convivem, ainda, com estoques baixos por causa da crise de fornecimento de componentes.
Os varejistas trabalham com expectativa de vendas na casa das 120 mil a 125 mil unidades em fevereiro, mês mais curto e que ainda tem o efeito do carnaval – ainda que a folia, este ano, tenha sido cancelada por causa do avanço da variante ômicron do coronavírus. O efeito no resultado do primeiro bimestre, caso essa projeção seja alcançada, torna piscante o já sinal amarelo do setor automotivo: cerca de 250 mil unidades vendidas, ou 27% abaixo do resultado dos primeiros dois meses do ano passado, que já trouxeram números baixos comparados com um ano antes, ainda em período pré-pandemia.
O Chevrolet Onix e a Fiat Strada ficaram empatados na primeira quinzena, com 3,4 mil licenciamentos cada. Na terceira posição ficou o Fiat Mobi, com 2,7 mil unidades.
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