Objetivo do presidente Sergio Habib é comercializar até 150 unidades no primeiro ano de operação
São Paulo – O Grupo SHC, do empresário Sérgio Habib, responsável pela operação da Jac Motors no Brasil, tem uma nova aposta: os ônibus urbanos elétricos Ankai, produzidos na China e que começam a ser importados. Habib está de olho em demanda crescente em diversas cidades em todo o País, especialmente São Paulo, que já anunciou plano de adotar até 2,4 mil ônibus elétricos em sua frota até o fim do ano.
A Ankai espera fornecer de cem a 150 unidades em seu primeiro ano de operação. Vágner Rigon, diretor de operações de ônibus do Grupo SHC, disse que existem diversas negociações em andamento: “Vamos trazer os veículos conforme o fechamento dos contratos. Não teremos estoque aqui no Brasil: após a assinatura do contrato entregaremos os veículos em um prazo de até cinco meses”.
Para liderar as operações a Ankai selecionou alguns executivos de vendas por região, que serão os responsáveis pelo fechamento de novos contratos. Os ônibus serão importados inteiramente montados e cada unidade custa, em média, R$ 2,4 milhões, preço considerado competitivo quando comparado com outros modelos elétricos disponíveis, segundo Rigon. Para o pós-vendas a marca usará a estrutura do grupo SHC, que já opera com caminhões elétricos no País.
A operação inicia com quatro modelos de ônibus: micro de 6 metros, mini de 8 metros, midi de 10 metros e urbano de 12 metros, todos monoblocos – diferentemente das demais fornecedoras de ônibus do Brasil, que utilizam chassi sob carroceria. Os modelos de 8 e de 10 metros deverão representar 50% das vendas, segundo Rigon. O de 12 metros já está homologado pela SPTrans e todos são equipados com packs de baterias no teto, com a autonomia variando de 250 a 350 quilômetros, dependendo da quantidade de packs instalados.
A empresa ainda possui em seu portfólio opções como Padron de 13 metros, básico de 15 metros, articulado de 18 metros e Double Decker, mas estes ainda não estão à venda no Brasil. Se houver demanda, porém, a Ankai poderá ampliar seu portfólio local, pois sua fábrica na China tem capacidade para produzir até 20 mil ônibus elétricos por ano.
Sérgio Habib projeta que o transporte público urbano do futuro será 100% elétrico, pelo fato de a operação ser mais silenciosa e não emitir poluentes. Mas acredita em algum tipo de subsídio governamental por causa do seu custo muito maior: “As prefeituras podem comprar o veículo e emprestar para os operadores ou os empresários podem adquirir diretamente, caso recebam algum tipo de subsídio para a sua operação, porque sem essa ajuda o negócio é inviável”.