São Paulo – Após deflagrarem greve na sexta-feira, 24, os 550 trabalhadores da Eaton em São José dos Campos, SP, concordaram em suspender o movimento após contato da empresa com o sindicato dos metalúrgicos local. Foi aberto processo de negociação acerca do valor da segunda parcela da PLR, participação nos lucros e resultados, e da oferta do vale-alimentação, e reuniões foram marcadas para esta segunda-feira, 27, e para a terça, 28.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Weller Gonçalves, os operários não descartam a retomada da paralisação caso as negociações não avancem: “Se a Eaton não cumprir o acordo para pagamento da PLR na íntegra os metalúrgicos voltarão a cruzar os braços”.
Tudo começou com discordância em torno do valor da segunda parcela do benefício, variável conforme o cumprimento de metas propostas. Enquanto a entidade alega que o vencimento deveria corresponder a R$ 1,2 mil a Eaton depositou R$ 160. Gonçalves apontou que a meta em questão refere-se à sucata, conhecida também como peça morta, com defeito.
Sem pormenorizar os números ele reclamou de falta de transparência por parte da empresa, e disse que os profissionais não têm como aferir as metas. A Eaton, por sua vez, lembrou que todas as metas são amplamente divulgadas e acompanhadas pelos empregados mensalmente.
Com relação ao vale-alimentação o pleito é por valor mensal de R$ 450. Os funcionários, hoje, não possuem o benefício e as refeições diárias ocorrem no refeitório da companhia. O sindicalista afirmou que também é objeto de negociação o abono do dia de greve e a estabilidade no emprego por noventa dias.