São Paulo – Com demanda forte nos mercados da América do Sul a picape Ford Ranger pode ter a sua produção novamente ampliada na fábrica de Pacheco, Argentina. O presidente da companhia para a região, Martín Galdeano, afirmou que estuda um novo aumento de capacidade para os próximos meses, de 5% a 10%.
Em novembro o ritmo das linhas argentinas foi expandido em 15% com a justificativa de que a demanda estava crescente. E assim segue: “Estamos estudando elevar a produção da Ranger porque o estoque da rede está baixo em mercados como Brasil, Argentina e Colômbia, o que pode afetar nossas vendas. Temos também oportunidades para crescer em diversos mercados da região, como no Brasil, onde apostamos na transformação da picape para alguns segmentos”.
A meta inicial da Ford era produzir de 70 mil a 75 mil Ranger em Pacheco. O volume atual diário é de 321 unidades.
O desempenho é positivo na região. Segundo Galdeano a Ford projeta comercializar 115 mil veículos na América do Sul em 2025, volume 30% superior ao do ano passado. De janeiro a abril foram vendidas 42 mil unidades, atingindo o crescimento de 30% projetado para o ano, sendo que 21% do volume foi de modelos comerciais.
O presidente da Ford para a América do Sul disse que a estratégia de encerrar a produção no Brasil e adotar somente importações, com foco em SUVs, picapes e veículos comerciais, foi acertada:
“Nós vendíamos de 350 mil a 450 mil veículos por ano na América do Sul, com prejuízo que variava de US$ 700 milhões a US$ 1 bilhão. Com o novo formato de operação o cenário mudou completamente e voltamos a ter lucro na região. Em 2022, último ano em que divulgamos nossos resultados, chegamos a US$ 400 milhões de resultado positivo.”