Argentina perde relevância nas exportações

São Paulo – Dos 264,1 mil veículos exportados pelas fábricas brasileiras de janeiro a julho, 149 mil tiveram como destino o mercado argentino – ou 55% do total. Como os embarques para aquele país recuaram 51%, ritmo mais acelerado do que a queda de 38,4% nas exportações totais, a participação do principal cliente dos carros brasileiros caiu 20 pontos porcentuais, reduzindo sua relevância na pauta brasileira de exportação de veículos.

 

Licenciamentos: melhor julho desde 2014.

São Paulo – Os 243,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus licenciados no mês passado representam o melhor volume para um mês de julho desde 2014, segundo cálculos da Anfavea, que divulgou os resultados da indústria automotiva na terça-feira, 6, em São Paulo. O desempenho superou em 12% as vendas de julho do ano passado e em 9,1% as de junho, que teve três dias úteis a menos.

 

Setor de máquinas mira o mercado externo

São Paulo – A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias em julho somou 6 mil 194 unidades, alta de 40,2% na comparação com junho, resultado do crescimento do volume exportado para países como Estados Unidos, México e Peru, de acordo com o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto. Segundo ele, as empresas estão fazendo um esforço maior para ampliar as vendas a outros mercados, para compensar o mercado interno em retração.

 

Na comparação com o mesmo mês do ano passado houve recuo de 8,1%, mesmo índice de queda no acumulado do ano, que registrou 30 mil 918 máquinas produzidas em sete meses. Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a queda no acumulado está dentro da previsão: “O resultado no acumulado ainda é influenciada por um primeiro semestre fraco, mas acredito que recuperaremos os volumes até dezembro e, talvez, tenhamos resultado melhor do que o projetado”.

 

México deve servir como inspiração para o Brasil

São Paulo – No âmbito das exportações o Brasil precisa se equiparar ao seu parceiro comercial, o México, em termos produtivos e ir além em questões tributárias. O ponto de vista, defendido por Roberto Tavares, consultor da área fiscal automotiva da PwC, é considerado chave para que o País siga na mira de investimentos das matrizes das montadoras que mantêm produção aqui.

 

Argentina segue sem perspectiva de recuperação

São Paulo – O cenário futuro no curto prazo para a situação econômica da Argentina segue pessimista, segundo Frederico Servideo, presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira. Ele não vê perspectiva de melhoras ao menos até outubro, quando será realizado o primeiro turno da eleição para presidente.

 

“Teremos mais 75 dias de agonia. Se as eleições não forem decididas no primeiro turno, esse impasse continuará até o fim de novembro, quando o povo votará em seu candidato no segundo turno”.

 

Reforma tributária entra na fase de simulações

São Paulo – A Receita Federal começará a fazer simulações do modelo com o qual trabalha para criar o espírito da reforma tributária. Segundo Marcelo de Sousa Silva, secretário especial do órgão, o documento é pautado, a princípio, por dois pontos: a criação de um IVA, ou Imposto sobre Valor Agregado, e a desoneração da folha de pagamentos.

 

Acordo Mercosul-UE: oportunidades e riscos.

São Paulo – Ao mesmo tempo em que o livre-comércio automotivo do Mercosul com os países da União Europeia abre oportunidades de ampliar a exportação de veículos, peças e componentes, traz riscos de aumento na importação destes mesmos produtos e até perda de investimentos. Os três representantes do painel Acordo Comercial Mercosul-União Europeia do Workshop AutoData Exportação, realizado na segunda-feira, 5, em no Milenium Centro de Convenções, em São PAulo, SP, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, Marco Saltini, diretor de relações governamentais e institucionais da Volkswagen Caminhões e Ônibus, e Gustavo Bonini, vice-presidente de assuntos governamentais e institucionais da Scania América Latina, concordaram com a dualidade do acordo, mas enxergam o copo meio cheio.