Estratégia agressiva: PSA produzirá utilitários no Uruguai.

A partir do segundo semestre o Grupo PSA começará a montar no Uruguai os utilitários Citroën Jumpy e Peugeot Expert. Esta decisão faz parte dos planos de fazer crescer suas vendas na América Latina. O objetivo é passar das 30 mil unidades vendidas atualmente para 60 mil até 2021.

Ela também está inserida na estratégia global da companhia, a Push to Pass, que prevê o lançamento de 34 novos veículos em cinco anos, sendo oito deles utilitários: serão desenvolvidos em duas plataformas modulares e contemplam um novo modelo por região, marca e ano.

Para montar seus utilitários no Uruguai a empresa firmou parceria com a Nordex, de Montevidéu. Lá também já foram montados dois Renault: o utilitário Trafic e o Clio. Atualmente a Nordex monta o caminhão semileve Kia Bongo. No ano passado foram vendidas 4 mil unidades do Bongo no Brasil.

De acordo com informações da PSA a fábrica tem capacidade para montar 6 mil utilitários Citroën Jumpy e Peugeot Expert por ano, o que gerará duzentos novos postos de emprego. Da produção total 50% serão destinados para o Brasil, 40% para Argentina e os 10% restantes aos outros países da região, inclusive o próprio Uruguai.

No caso específico do Brasil estes modelos aumentarão o leque de veículos utilitários da PSA já oferecidos por aqui. De acordo com informações da empresa os modelos Boxer e Jumper – que deixaram de ser fabricados na fábrica da Iveco em Sete Lagoas, MG, no ano passado – ainda estão disponíveis em estoque para vendas. No futuro o objetivo é escolher um novo local para a montagem destes modelos. Além destes, a empresa também vende no Brasil o Partner, utilitário da Peugeot feito na Argentina.

A estratégia de crescimento de vendas de utilitários na América Latina não está somente apoiada no lançamento de produtos. O Grupo PSA está empenhado em treinar a rede para que seja capacitada a atender o público do segmento comercial e prepará-la para oferecer serviços específicos para este segmento. Para isto não será necessário a ampliação da rede. Atualmente, somente no Brasil, a PSA conta com 119 concessionárias Citroën e 110 da Peugeot.

Em 2016 foram vendidos 824,9 mil veículos utilitários na América Latina. No Brasil foram comercializados 300 mil 150 unidades. De acordo com informações do Grupo PSA a região tem potencial para chegar a 1 milhão de unidades em curto prazo. Nas vendas de utilitários da PSA a América Latina tem 4,9% de participação, e o Brasil fica com 0,7%.

Nissan lança Frontier, mas espera acordo Brasil-México

A Nissan espera a definição do acordo bilateral de importação entre Brasil e México para traçar sua estratégia em relação às vendas da picape Frontier. A 12ª geração do veículo, agora importado da fábrica de Aguascalientes, no México, foi apresentada nesta quinta-feira, 16, para a imprensa e já está à venda nas concessionarias da marca em versão única por R$ 166.700. A revisão do acordo entre os dois países deve sair até o fim de abril.

A Frontier foi produzida em São José dos Pinhais, PR, de 2002 até o fim do ano passado. Segundo Alan Ponce, gerente de produto da Nissan, a ideia, conforme as diretrizes do acordo, é vender 3 mil unidades por ano da picape mexicana no Brasil. “Mas podemos ir além desse número se pudermos importar mais do México”, disse. “Estamos à espera dessa definição.”

Um espaço nessa cota, que permite a comercialização sem imposto de importação, será aberta em abril ou maio, quando o Kicks deixará de vir do México para ser produzido aqui. A Nissan também traz do México o sedã Sentra. Outra aposta é que o endurecimento das relações comerciais do México com os Estados Unidos, por causa da política mais protecionista de Donald Trump, também faça que o país da América Central passe a olhar com mais atenção para o Brasil.

O acordo atual entre Brasil e México foi assinado em 2015 e previa uma cota de US$ 1,56 bilhão por ano até 2016, sem o pagamento do Imposto de Importação. O que exceder esse valor é taxado à alíquota de 35% do II. Em março do ano passado, a cota subiu 3,0% a cada ano. O acordo atual valeria até 2019. A Nissan é a montadora que mais usa essa cota com a importação do Sentra, Kicks e agora a Frontier.

Vendas – Entre as seis picapes do segmento, a Frontier ocupa a sexta posição em vendas. “No último ano, tiramos algumas versões de produção em São José dos Pinhais por conta da chegada do modelo mexicano”, explica Ponce. Essa posição não deve mudar ao longo deste ano, já que a Nissan trará apenas uma versão topo de linha da Frontier mexicana. “Para crescer, precisaria trazer versões mais em conta”, diz o gerente. “Isso vai acontecer quando o carro começar a ser produzido no Brasil no segundo semestre de 2018.”

Segundo a fabricante, a picape Frontier será produzida na fábrica da Renault em Córdoba, Argentina, a partir do primeiro semestre do ano que vem. A estratégia da Nissan é compartilhar as linhas de produção no país vizinho como foi feito até o ano passado na fábrica da co-irmã no Paraná.

Renault e Nissan terão unidade de veículos utilitários

A aliança formada pela Renault e pela Nissan vai contemplar, em breve, a criação de uma unidade comum de negócios para os veículos utilitários das empresas. De acordo com informações do site venezuelano Flash de Motor o objetivo é expandir o volume de negócios com esta nova estrutura. Na matéria não há informações sobre onde será instalada esta divisão. A nova unidade também dará suporte para a nova gama de Nissan SUVs, incluindo Armada e Patrol.

Ashwani Gupta, executivo indiano que trabalha dentro da aliança desde 2006, será responsável pela divisão conjunta que também irá integrar os negócios da LCV, marca Mitsubishi absorvida pela empresa japonesa. De acordo com Carlos Ghosn, presidente da Aliança, a junção das fabricantes proporcionará mais sinergia e acrescentou: “nos proporcionará mais eficiência graças à união das empresas e isto refletirá em qualidade para o consumidor.”

A Renault e a Nissan já possuem parceria há 10 anos com o compartilhamento de plataforma de veículos. A van Nissan NV 300, por exermplo, é feita na plataforma do Renault Trafic. Por outro lado o caminhão Renault Lasca foi desenvolvido a partir da plataforma Nissan Navara / Frontier.

Em 2016 a Renault vendeu 443 mil 931 veículos em todo mundo e a Nissan 815 mil 49 unidades. Já a Mitsubishi comercializou 248 mil veículos.

Hyundai voltará a vender na Venezuela

Depois de ter desistido de comercializar seus veículos na Venezuela alguns anos atrás, no auge da crise econômica e política daquele país, a Hyundai voltará a vender por lá. A informção é do site venezuelano Flash de Motor. O anúncio será realizado oficalmente na próxima semana pela MMC Automotriz – empresa que pertence ao Grupo Yammine que distribuía e montava veículos da Mitshubish e Hyundai no país. A companhia possui uma relação bastante próxima com o governo local.

De acordo com o site, a prioridade da empresa em um primeiro momento será criar uma rede com maior credibilidade de imagem e importar um primeiro lote para os revendedores. Os veículos que serão vendidos nestas concessionárias serão o Santafé, Tucson e a van H1.

Em uma segunda etapa a empresa fará estudo de viabilidade para retomar a produção de automóveis na Venezuela. Especula-se que para a fábrica voltar a funcionar, a MMC terá que fazer investimentos bastante expressivos principalmente porque o ferramental da fábrica está bastante obsoleto.

Ainda segundo informações do Flash de Motor executivos locais estão descrentes com relação à montagem da fábrica. Um engenheiro ouvido pelo site disse que a MMC havia anunciado no passado que a Hyundai não tinha intenção de terceirizar sua produção e sua prioridade era montar seus veículos em fábrica própria. Outra fonte ouvida disse não acreditar que o projeto seja consolidado no país que passa por uma situação social bastante crítica. Há a falta de medicamentos, alimentos e crescente crise social. “Como acreditar que o governo dará algum incentivo para esta fábrica? “, indagou.

Grupo Volkswagen e Tata Motors firmam acordo para produção de automóveis baratos

O Grupo Volkswagen e a indiana Tata Motors concretizaram o acordo de uma parceria estratégica de longo prazo para o desenvolvimento de veículos de baixo custo que serão destinados para países emergentes. As informações são do site venezuelano Flash de Motor. Esta aliança com a Tata prevê também parceria estratégica no mercado indiano, como já havia sido confirmado pelas duas empresas.

O principal motivo para este acordo foi o interesse da Volkswagen pela plataforma AMP da Tata, que tem baixo custo, mas oferece qualidade e flexibilidade para a produção de vários tipos de modelo, segundo informações da imprensa europeia.

A Skoda, marca da Volkswagen, vai liderar o projeto. E para expandir sua oferta de produtos para os mercados emergentes vem estudando algumas questões como a especificidades dos mercados e o desenvolvimento de competências locais.

Matthias Müller, CEO da Volkswagen, disse que o objetivo com esta parceria estratégica com a Tata é criar as bases no Grupo e nas empresas para oferecer soluções de mobilidade destinadas a clientes em mercados emergentes. “Com os produtos certos teremos crescimento sustentável e rentável em diversas partes do mundo.”

Já Günter Butschek, diretor-geral e CEO da Tata Motors, disse que as duas empresas podem se beneficiar dos seus pontos fortes e criar sinergias para desenvolver soluções inovadoras para a Índia e outros mercados emergentes.

Ofensiva em elétricos – De acordo com a Volkswagen esta iniciativa representa um passo importante dentro do plano estratégico global da empresa que prevê até 2025 o lançamento de 30 novos automóveis elétricos e novas metas financeiras focadas no crescimento sustentável. Outra mudança será ampliar esforços em tecnologias como condução autônoma e inteligência artificial. O objetivo é lançar o primeiro carro até 2020. Em termos de mobilidade, a companhia já afirmou que irá desenvolver soluções de acordo com a necessidade do mercado, com foco em carros de passeio, ou seja, serviços de mobilidade sob demanda. Isso se traduz em serviços como robotaxis, car-sharing e transporte sob demanda.

O plano foi anunciado no ano passado quando a companhia ainda enfrentava o maior escândalo da sua história relacionado a uma fraude de emissões em veículos com motores a diesel, conhecida como Diesel Gate.

MAN reduz custo de movimentação em Resende

A MAN Latin America implantou novos conceitos de logística interna na fábrica de Resende, RJ, e reduziu os custos com movimentação dentro da unidade em 10%. Segundo Adilson Dezoto, vice-presidente de produção e logística, esse desempenho foi alcançado utilizando mão de obra ociosa dentro da fábrica e com um investimento de R$ 3 milhões em simples, mas criativas soluções logísticas.

No último ano, a fabricante de caminhões desenvolveu três projetos com foco em ganho de produtividade que geraram redução de 40% no custo do transporte interno, diminuição de 75% do inventário de peças e a liberação de 60% do espaço da borda de linha em determinadas áreas. Dezoto afirmou que com a implantação desses projetos a companhia conseguiu “melhorar a produtividade da fábrica em 10% e estamos nos preparando para quando o mercado voltar”.

Um das melhorias que ajudou a aumentar a eficiência é o abastecimento mais eficaz das peças da linha de produção. A iniciativa consiste em prateleiras móveis que são levadas do estoque por um rebocador, uma vez ao dia, com as peças necessárias para o uso específico em cada posto de trabalho da linha de montagem. “Parece simples, mas esse processo, que hoje já foi implementado em mais da metade da fábrica, liberou 60% do espaço ocupado na borda de linha e diminuiu o inventário em processo em 75%.”

Esse abastecimento é feito por meio de veículos guiados de forma autônoma, conhecidos como AGV. Ao todo, seis AGVs cumprem instruções já programadas em seu sistema, percorrendo trajetos pré-definidos com linhas traçadas no piso. “Ainda não podemos quantificar quais os ganhos com a troca de um veículo tripulado para um autônomo dentro da linha, pois, a relação de custo é para um turno de produção. Mas, quando voltarmos a produzir com dois turnos de trabalho o ganho será imenso, pois, teremos a infraestrutura já instalada.”

Segundo a montadora, dois desses veículos foram desenvolvidos por uma equipe de engenheiros da fábrica e isso gerou uma economia de cerca de 30% com relação à aquisição dos equipamentos.

Dezoto acrescentou que além do projeto dentro da linha de produção, a MAN implantou um sistema de coleta de peças no parque de fornecedores. Segundo ele veículos de teste ou demonstração que iriam para o desmonte, foram adaptados para puxar as carretas com as peças dos fornecedores para a linha de montagem. Dezoto explicou que os caminhões contam com uma cabine com uma porta de acesso na parte traseira, e quinta roda automatizada que possibilita a troca rápida da carreta, contribuindo para aumentar a eficiência e diminuir o custo deste transporte em até 40%. “Antes fazíamos esse transporte com caminhões rígidos. Agora isso é feito por carretas e um só motorista consegue fazer mais de uma rota se necessário. Hoje, temos 14 rotas de abastecimento e necessitamos de 14 cavalos adaptados para fazer esse trabalho.”

Em outra frente, o sistema por comando de voz para seleção e manuseio das peças que chegam à linha de montagem da fábrica foi ampliado e atende agora a mais áreas, totalizando mais de 15 mil itens por dia neste conceito. Dezoto explicou que um dos ganhos com a implantação do sistema é a redução no tempo da operação em 25% e a maior assertividade do abastecimento da linha de produção. “O objetivo é atingir uma maior flexibilidade do processo logístico frente às variações de demanda.”

Receita Audi cresce em 2016. Mas lucro operacional diminui.

A receita da Audi chegou a € 59 bilhões 317 milhões em 2016, resultado que mostra aumento de 1,5% com relação aos € 58 bilhões 420 milhões registrados em 2015. Já o lucro operacional totalizou € 4 bilhões 846 milhões em 2016, redução de 8% sobre os € 5 bilhões 134 milhões do ano anterior.

A companhia reconheceu provisões de € 1 bilhão 632 milhões no ano passado para fazer frente a dois problemas: o de emissão de diesel nos carros equipados com o motor V6 3.0 TDI nos Estados Unidos e o de conexão com airbags Takata que apresentaram defeitos. A geração de caixa medida pelo EBTIDA foi de € 3 bilhões 47 milhões, menor do que o apurado em 2015, € 5 bilhões 284 milhões. A redução, segundo a companhia, não reflete apenas as despesas relacionadas ao Diesel Gate – mostram, também, menor resultado financeiro.

Em 2016 a empresa investiu € 3,4 bilhões ante € 3,5 bilhões no ano anterior. O caixa gerado foi de € 17,2 bilhões, que poderá dar suporte para ao plano Speed UP! que foi anunciado no ano passado com o objetivo de aumentar a lucratividade e gerar os recursos necessários para as inovações da empresa. Até 2020 a Audi planeja lançar três modelos elétricos e entrará em novas áreas de negócios digitais. Como parte do projeto de aumentar o seu portifólio de veículos elétricos a Audi já treinou mais de 6 mil funcionários para trabalhar com tecnologia de alta tensão nos últimos três anos.

Em parceria com a Autonomous Intelligent Driving GmbH, subsidiária de Munique inaugurada recentemente, a empresa iniciou também o desenvolvimento de um novo sistema para carros autônomos. Ao mesmo tempo a empresa está desenvolvendo sistemas assistidos. No novo Audi A8, que será lançado neste ano, os clientes poderão, pela primeira vez, utilizar funções de condução autônoma.

Vendas – No ano passado, a Audi aumentou suas entregas mundiais em 3,6% para o novo recorde de 1 milhão 867 mil 738. As vendas foram puxadas pelo Audi Q7 e A4. Já no primeiro bimestre deste ano o volume de vendas recuou 7,7% com 249,1 mil automóveis comercializados. Apesar da queda no acumulado a empresa teve crescimento de 1,1% em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 125,1 mil unidades. Brasil e China foram os países que mais contribuiram para o recuo mundial de vendas da Audi no bimestre. Nos dois primeiros meses do ano foram vendidos 1 mil 465 automóveis Audi no mercado brasileiro, o que representou recuo de 45,9% sobre o mesmo período do ano passado. A queda do mês de fevereiro foi de 52,5% com apenas 630 unidades vendidas.

Na china houve recuo de 24% no acumulado com 67 mil 336 automóveis comercializados e queda de 5,38% em fevereiro, quando foram vendidas 32 mil 155 unidades. Dietmar Voggenreiter, membro do conselho de vendas e marketing da Audi AG, diz que a empresa enxerga grandes oportunidades para o futuro daquele país. “É o principal mercado mundial de vendas e de e-mobilidade.”

Semicondutores da Qualcomm chegam ao País antes da fábrica

A joint-venture formada por Qualcomm, a taiwanesa ASE e o BNDES comercializará, em 2018, seus chips no País. A estratégia é realizar uma espécie de teste do produto no mercado local e aproximá-lo de potenciais clientes, principalmente sistemistas e montadoras, antes que a fábrica anunciada fique pronta.

Enquanto buscam terreno para iniciar a prtodução brasileira na região de Campinas, empreendimento que custará US$ 200 milhões, as empresas articulam o negócio para acelerar a importação e a operação comercial de semicondutores no País. Até ano que vem a ASE ficará responsável por trazer de Taiwan os semicondutores encapsulados, enquanto que a Qualcomm fará a arquitetura do chip, ou seja, a inserção das aplicações para as quais ele é destinado na indústria. Uma delas, por exemplo, é permitir a conectividade em veículos.

Para Marcos Lacerda, vice-presidente de vendas da Qualcomm para América Latina, a empresa visualiza oportunidades de negócios com as montadoras que atuam aqui, ainda que a conectividade não esteja em todos os modelos produzidos no Brasil.

“Nos Estados Unidos atendemos a General Motors por meio de sistemistas que fornecem módulos e sistemas que permitem a conexão dos carros. No Brasil esperamos ter essa mesma proximidade com a indústria para desenvolver o mercado.”

O processo de encapsulamento, quando são construídos os circuitos elétricos dentro de uma pequena placa de silício, é feito no País apenas por duas empresas, que há anos chamam a atenção do governo federal no sentido de nacionalizar este tipo de tecnologia. A esperança é a de que, uma vez produzidos aqui em larga escala, os produtos eletrônicos cheguem mais baratos ao consumidor e o País diminua a dependência da sua importação.

A joint-venture chega ao Brasil em um momento em que a indústria global discute o desenvolvimento e a massificação dos veículos conectados e autônomos. Assim como a Qualcomm outras empresas de tecnologia formam parcerias no setor automotivo em busca de novas oportunidades de negócios.

A Intel, gigante dos microprocessadores, anunciou na terça-feira, 4, o maior negócio já realizado no mercado de tecnologia para veículos autônomos: a compra da Mobileye, especialista em sistemas que tornam veículos autônomos, por US$ 15,3 bilhões. No Salão de Genebra deste ano, por exemplo, as fabricantes de veículos apresentaram ao mercado modelos cuja principal característica é a conectividade, como o novo Volvo XC60.

Hoje, no País, atuam na fabricação de semicondutores a Unitec, em Minas Gerais, a Smart Technologies, em São Paulo, e a HT Micron, no Rio Grande do Sul. Esta última, inaugurada em 2014, foi a primeira tentativa público-privada de investimento na produção nacional de semicondutores. Ela também é uma joint-venture que conta com a participação de capital asiático e incentivo governamental, cujo controle é feito pela sul-coreana Hana Micron e pela Parit Participações, do Finep, que é uma empresa pública de fomento à inovação. À época investiram US$ 200 milhões em uma fábrica em São Leopoldo, na região do Vale dos Sinos.

Parceira da Qualcomm no Brasil a ASE foi fundada em 1984 e atende principalmente ao mercado asiático de semicondutores. Em 2016 obteve receita líquida de US$ 8,8 bilhões, queda de 2,9% com relação à de 2015, e está listada na bolsa de valores de Nova York. São 65 mil funcionários espalhados por países como China, Coreia do Sul, Japão, Malásia, Cingapura e Estados Unidos. Não possui escritórios na América Latina.

Renault inaugura laboratório de inovação na França

A Renault inaugurou, em Paris, França, seu laboratório de inovação, o Laboratório Renault de Inovação Aberta, para identificar novas formas de trabalho e fomentar a criatividade em torno da mobilidade automotiva, segundo informou o Flash de Motor, da Venezuela.

Após a abertura de laboratórios de inovação no Vale do Silício, Califórnia, e em Tel Avive, Israel, a Renault decidiu instalar a terceira unidade deste tipo na França, pois o país conta com 228 incubadoras de startups e 49 aceleradoras. A região metropolitana de Paris tem mais de 3mil startups, sendo considerada pelos investidores como um local propício para o desenvolvimento de tecnologias de ponta e ocupando o quarto lugar dentre as capitais mundiais mais atrativas para investidores.

Este novo centro foi concebido como laboratório de experimentação, “um ecossistema aberto e perto das equipes da Renault e da Aliança Renault Nissan para facilitar a fertilização de ideias”. O diretor de inovação da aliança, Pierrick Cornet, já havia assinalado que a empresa deve estar na “vanguarda e inovar constantemente, trabalhado as novas tecnologias, automóveis e veículos conectados, para definir o futuro da mobilidade com o objetivo de oferecer aos clientes o melhor serviço possível”.

Outras iniciativas – Em Israel o Laboratório de Inovação Aberta de Tel Avive foi inaugurado em junho de 2016 para fomentar o veículo elétrico e favorecer a criatividade em torno da mobilidade do futuro. Instalado em plena Porter School of Environmental Studies, uma das universidades de tecnologia mais conceituadas da cidade, o centro tem como foco o veículo elétrico, serviços de pós-venda e segurança da informação. Este laboratório de inovação é fruto de parceria da Renault, por meio da Aliança Renault Nissan, com o Instituto para Inovação em Transportes de Telavive.

Nos Estados Unidos o Laboratório de Inovação Aberta do Vale do Silício foi inaugurado em 2011, sendo a primeira iniciativa de abertura com olhos na inovação no principal ecossistema mundial de startups e das universidades americanas de Stanford e Berkeley. Este laboratório contribui para a estratégia de pesquisa da aliança para a condução autônoma, principalmente para fomentar a inteligência artificial, desenvolvendo serviços conectados inovadores e novas estratégias de mobilidade por meio do trabalho colaborativo com startups locais.

Negócios na Expodireto superam expectativas

Segunda grande feira do agronegócio realizada este ano a Expodireto Cotrijal totalizou R$ 2,1 bilhões em negócios, alta de 34% sobre o resultado do ano ´passado, superando, inclusive, a estimativa inicial de crescimento de 15%. “Encerramos a Expodireto realizados. A feira de 2017 trouxe esperança e otimismo à economia. Este ano o produtor veio decidido a fechar negócio”, resumiu o presidente do evento, Nei César Mânica, que confirmou a próxima edição para o período de 5 a 9 de março de 2018 em Não-Me-Toque, RS.

Do total vendido R$ 1,6 bilhão foi financiado pelos bancos convencionais, R$ 259 milhões couberam aos bancos de montadoras e R$ 189 milhões foram recursos próprios dos compradores. Este último valor representou elevação de 117% sobre o ano passado, comprovando a boa capitalização dos produtores rurais. Realizada de 6 a 10 de março a feira reuniu 511 marcas que mostraram máquinas e equipamentos agrícolas, tecnologia e defensivos em 84 hectares do parque de exposições.

O evento atraiu 240 mil visitantes, incremento de 15% sobre o movimento de 2016. A feira teve participação de representantes de setenta países, dentre eles 33 embaixadores e seis diplomatas em busca de informações sobre o agronegócio brasileiro.

As rodadas de negócios, que reuniram visitantes do Exterior e empresas expositoras, geraram R$ 40 milhões em negócios internacionais.