Com design reestilizado e novas tecnologias semiautônomas o novo Ford Fusion chega para competir com sedãs de marcas premium, em especial Audi A4, Mercedes-Benz Classe C e BMW Série 3. A missão foi revelada pelo gerente geral de marketing da montadora, Maurício Greco, durante o lançamento do modelo na terça-feira, 20, na Praia do Forte, Bahia.
De acordo com Greco, o Fusion detém 80% de participação no seu segmento, o de sedãs de luxo, no qual concorrem modelos como Hyundai Azera, Honda Accord e Toyota Camry, dentre outros. Com a linha 2017, que começa a ser vendida em outubro, a empresa quer atingir compradores de segmento superior, no qual predominam as tradicionais marcas alemãs.
Além de uma híbrida, a ser mostrada em breve, o Fusion tem outras quatro versões – SE 2.5, SEL 2.0 Ecoboost, Titanium FWD ea Titanium AWD – que custarão de R$ 121,5 mil a R$ 154,5 mil. A topo de linha já vem com teto solar e as duas intermediárias oferecem o dispositivo como opcional por R$ 4 mil.
O evento de apresentação do produto começou na segunda-feira, 19, quando pela primeira vez o novo presidente da Ford América do Sul, Lyle Watters, participou de um lançamento no Brasil como o principal executivo da companhia na região – ele foi diretor de finanças aqui e estava na Europa. Sobre o novo Fusion, ele destacou que “o novo sedã da marca está na vanguarda da tecnologia para a segurança, desempenho e conectividade”.
O executivo lembrou que o setor está à beira de mudanças radicais, envolvendo principalmente automação e mobilidade. E é justamente na área de conectividade e sistemas semiautônomos que o Fusion apresenta suas principais inovações.
De acordo com a Ford, é o primeiro veículo da sua categoria a oferecer assistente de frenagem autônoma com detecção de pedestres, sistema operado por radar e sensores que ajuda a evitar atropelamentos e colisões.
O modelo também incorpora piloto automático adaptativo com stop and go, sistema de estacionamento automático de segunda geração. Outro avanço é novo sistema de conectividade SYNC 3 com tela de 8 polegadas e acesso a Apple CarPlay e Android Auto.
O modelo traz ainda seletor E-shifter, no lugar da tradicional alavanca de câmbio, e ampla lista de equipamentos de segurança, como oito airbags, cintos de segurança traseiros infláveis e sistemas de monitoramento de ponto cego e de controle de permanência em faixa.
Externamente o sedã da Ford, produzido no México, teve a grade dianteira redesenhada com sistema de fechamento ativo – similar ao usado nos carros de corrida para melhorar a refrigeração do motor e a aerodinâmica –, ganhou faróis Full LED, lanternas traseiras mais amplas e rodas de 18 polegadas. O interior tem novo acabamento e combinação de cores.
Motorização – O Fusion 2017, de acordo com o gerente de engenharia da Ford América do Sul, Fábio Spironelli, tem desempenho 6% superior ao da versão anterior e emite 6% menos poluentes. O motor 2.0 EcoBoost teve a potência aumentada para 248 cv e ficou 7% mais econômico. Já o 2.5 Flex, de 175 cv, melhorou o consumo na mesma proporção.
A empresa preferiu não fazer projeções de vendas do novo modelo. De acordo com dados da Fenabrave, no acumulado de janeiro a agosto deste ano foram emplacadas 3,5 mil unidades do Fusion, 33% a menos do que no mesmo período de 2015, quando foram negociadas 5,2 mil unidades. Para a Ford, a queda é natural quando uma nova geração do produto está para chegar ao mercado.