Cresce o número de consorciados de veículos pesados

O volume de participantes ativos em cotas de consórcios de veículos pesados, segmento que reúne caminhões, ônibus, semirreboques, tratores e implementos, se mantém em expansão. Em maio o número de consorciados chegou a 281 mil, alta de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando agrupava 264,8 mil consorciados.

Apesar da alta, a assessoria econômica da Abac, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, observa tendências recessivas nos negócios que de “forma lenta e gradual vem ocasionando retrações nos indicadores setoriais”.

Caso das vendas de novas cotas. No acumulado do ano até maio o sistema de consórcio negociou 16,7 mil novas cotas, retração de 10,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas somaram 18,6 mil cotas.

O volume de crédito comercializado nos cinco primeiros meses do ano também registra recuo. Até maio o recurso negociado somou R$ 2,5 bilhões contra R$ 2,95 bilhões de um ano antes, representando uma queda de 15,3%.

Também o volume de crédito oferecido foi menor do que aquele disponível no acumulado do ano passado. De janeiro a maio 2016, a soma chegou a R$ 1,81 bilhão contra R$ 1,86 bilhão em 2015, retração de 2,7%.

No que se refere ao valor médio da cota, a queda de 7,5%. Em maio passado o tíquete médio foi de R$ 147,5 mil contra o vlaor de médio de R$ 159,1 mil apurado no mesmo mês do ano passado.

Menor foi também o número de contemplado no acumulado do ano até maio, de 2,3%. Nos cinco primeiros meses do ano 13 mil consorciados tiveram oportunidade de comprar bens, enquanto na comparação com o mesmo período do ano passado o número chegou a 13,3 mil.

No caso específico de máquinas e implementos agrícolas, dados da Abac mostram aumento de 16,5% no total de participantes ativos consolidados. Enquanto em março do ano passado eram 69,5 mil consorciados, em 2016 registrou-se 81 mil. Esse crescimento, observa o relatório da associação, “mostrou que os consórcios estão cada vez mais presentes no segmento do agronegócio, apesar da crise político-econômica instalada no período”.

No segmento agrícola os créditos variam, em sua maioria, de R$ 89,7 mil a R$ 367,7 mil, o que permite estimar que mais participantes utilizaram o sistema de consórcio para adquirir equipamentos móveis e fixos com mais tecnologia embarcada, capazes de proporcionarem melhores resultados. 

De acordo com o relatório da associação, parcela significativa dos contemplados adquiriu implementos agrícolas/rodoviários (39,9%). Os tratores de roda e esteira, como também as retroescavadeiras ficaram com 26,8%, as colheitadeiras representaram 22% e os cultivadores motorizados somaram 11,3%.

Com grupos variando de 60 a 150 meses e média de 113, a taxa média mensal ficou em 0,119%, inferior ao 0,129% de doze meses antes (março de 2015). Já o crédito médio foi R$ 228,7 mil.

Toyota reforça estratégia Mercosul

Com exportações em alta este ano a Toyota do Brasil faz balanço positivo do acordo assinado entre Brasil e Argentina em junho. Para o diretor adjunto de relações públicas e governamentais da montadora, Ricardo Bastos, o mais importante para o setor é a previsibilidade das regras até 2020: “Isso é muito importante para podermos manter os investimentos e avaliar novos aportes na região”.

A Toyota tem linha totalmente complementar entre os dois países, produzindo na Argentina a picape Hilux e a SUV SW4 e, no Brasil, os automóveis Etios, nas versões hatch e sedã, e Corolla. Cerca de 60% da produção da Hilux é destinada ao mercado brasileiro e a Argentina é o principal destino dos modelos feitos aqui.

“Temos uma boa operação dos dois lados, com troca de todos os modelos. Esse novo acordo traz mais segurança para a empresa, até porque nossa estratégia de operação é sempre Mercosul.”

A Toyota vem investindo na Argentina tanto em processos como em capacidade. Em março completou projeto de ampliação da fábrica de Zárate de 92 mil para 140 mil unidades/ano, volume que será ocupado gradativamente nos próximos anos.

A planta argentina recebe peças do Brasil e da Ásia, mas a Toyota tem procurado ampliar por lá o índice de localização. “Transferimos nossa linha de eixos da Hilux, que ficava em São Bernardo do Campo, SP, para a fábrica de Zárate. Com isso, dentro da nossa estratégia Mercosul, abrimos espaço na fábrica do ABC para fazer outros componentes”, explica Bastos.

Balanço – Além de atender à Argentina, a Toyota do Brasil exporta para Uruguai, Paraguai e, a partir deste mês, também para o Peru. No primeiro semestre deste ano suas vendas para fora cresceram 16%, atingindo 20,9 mil unidades ante as 18 mil de igual período de 2015.

Seu principal produto para exportação é o Etios, que no primeiro semestre somou embarque de 11,1 mil unidades, o que representou expansão de 44% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A Toyota prevê encerrar o ano com 42 mil veículos exportados, o que representará alta de 7% no comparativo com as 39 mil unidades de 2015.

Ricardo Bastos vê espaço para a Toyota ampliar exportações do Brasil, citando como possível novo cliente a Colômbia, que fechou acordo bilateral a ser implantado em breve: “Agora que estamos ampliando nossos negócios externos vamos manter estratégia de tornar os novos mercados cativos. No passado a indústria brasileira em geral priorizou o mercado interno em momentos de aquecimento, o que não deve mais ocorrer. É fundamental preservar os espaços conquistados”.

A exportação do Etios para o Peru começou este mês e, por enquanto, Bastos não arrisca número quanto aos volumes que para lá seguirão. O modelo é vendido na Argentina desde 2014 e chegou ao Paraguai e Uruguai em outubro de 2014. Dos quatro mercados, apenas o Paraguai recebe versão com motor flex. Os demais ofertam o Etios na versão XLS com motor a gasolina.

GM irá contratar em São José dos Campos

A General Motors irá contratar 550 trabalhadores para a fábrica de São José dos Campos. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos local divulgada em comunicado na quarta-feira, 20. A proposta entre a entidade e a montadora foi fechada na terça-feira, 19, e será levada para votação em assembleia na fábrica. A companhia preferiu não se manifestar a respeito.

As contrações serão realizadas ainda em julho e parte dos trabalhadores iram atuar na produção da nova picape S10. A fabricante iniciou o segundo turno de produção do veículo, suspenso há quase quatro anos. Segundo o sindicato, a demanda pelo veículo nos mercados externos tem crescido, principalmente Argentina e México. Outra parcela da mão de obra irá para área de transmissões, motores e transmissões.

De acordo com a nota, se acrescidas às contratações iniciadas em maio, já serão perto de oitocentos novos postos de trabalho absorvidos pela unidade da montadora do Vale do Paraíba. Uma das revindicações do sindicato é de que parte das novas contratações seja de ex-funcionários da montadora.

A fábrica da GM em São José dos Campos nos últimos anos foi intensamente marcada por demissões e greves. Em 2012 a companhia também fechou a linha de montagem de automóveis, como o Chevrolet Classic, e recentemente transferiu de lá a linha de CKD de produtos destinados à exportação para Mogi das Cruzes.

Hoje, a fábrica de São José do Campos, uma das mais antigas das companhia, inaugurada em 1959, produz os utilitários S10 e Trailbazer, além de motores e transmissões. O quadro atual de funcionários é de 4,2 mil empregados, mas já empregou mais de 8 mil trabalhadores.

Kicks: o carro da virada da Nissan.

A Nissan lançou oficialmente o Nissan Kicks nesta terça-feira, 19. O crossover de uso tipicamente urbano, repleto de tecnologia, começa a ser vendido, com preço a partir de R$ 90 mil, em 5 de agosto, inicialmente importado do México. Até o fim de março, porém, passará a ser produzido em Porto Real, RJ.

A companhia espera demanda alta pelo seu carro novo, animada com a campanha de vendas antecipadas que registrou 1,8 mil inscrições. Ricardo Znidarsis, vice-presidente de vendas e marketing, diz que a empresa tem condições de aceitar qualquer demanda. Não descarta, porém, algo como 3 mil unidades mensais ou até um pouco mais.

“Com a chegada do Kicks a Nissan começar a virar o jogo no Brasil. Estamos muito bem representados. Sairemos de nossos atuais quase 3% de participação de mercado”, disse o executivo, que confia no grau de conectividade do modelo como forte atrativo para colocá-lo entre os três veículos mais vendidos do segmento.

A Nissan investiu R$ 2 bilhões no projeto e no desenvolvimento do Kicks nos últimos seis anos e R$ 750 milhões para adaptar a linha de produção fluminense para fabricar o modelo global, que será vendido em mais de oitenta países. Em 2015 os crossovers representaram 27,6% das vendas globais Nissan.

Pesquisas e clínicas realizadas desde 2013 identificaram aquilo que os consumidores consideravam necessidades não preenchidas: carros atrativos, espaçosos, práticos e sempre com design marcante, tecnologia intuitiva e desempenho ágil e com gasto de combustível econômico.

Quem trabalhou nas linhas da carroceria do Kicks foram equipes Nissan espalhadas pelo mundo. Participaram o estúdio mundial de design da companhia de Atsugi, Japão, o estúdio de San Diego, Califórnia, e o estúdio satélite no Brasil, localizado no Rio de Janeiro, RJ.

O Kicks tem motor flex 1.6 de 16 válvulas, a segunda geração do HR16DE, que gera 114 cv a 5,6 mil rpm e torque máximo de 15,5 kgfm a 4 mil rpm com controle de válvulas continuamente variável. A transmissão é a Xtronic CVT. De acordo com a montadora, o SUV faz 8,1 km/l na cidade e 9,6km/l na estrada com etanol e 11,4 km/l e 13,7 km/l, respectivamente, com gasolina.

A novidade da Nissan também dispõe de controle dinâmico de chassi, de controle dinâmico em curvas, de estabilizador ativo de carroceria e de controle dinâmico de freio motor. Vem com
câmeras de 360 graus e o detector de objetos em movimento. O painel multifunctional possui tela de 7 polegadas, com doze funções, incluindo GPS.

Faturamento das autopeças recua 8,7% até maio

O Sindipeças divulgou na terça-feira, 19, os dados de sua pesquisa conjuntural, elaborada a partir de informações de suas empresas associadas. No acumulado até maio, aponta o relatório da entidade, o faturamento líquido nominal do setor recuou 8,7% com relação aos valores efetivados de janeiro a maio do ano passado.

O pior desempenho no período foi nas vendas para as montadoras. A queda nesse caso chegou a 17,1%. Essas perdas foram compensadas, em parte, pelos negócios nos segmentos de reposição e intrassetorial, que cresceram, respectivamente, 1,6% e de 6,4% no mesmo período.

O maior destaque positivo de janeiro a maio, no entanto, pode observado nos portos. As exportações de autopeças nacionais cresceram 5,4% em reais, ainda que o resultado convertido para dólares represente recuo da ordem 17,3%.

O emprego no setor decresceu 16,2% e a capacidade ociosa avançou 14,9 pontos porcentuais no acumulado do ano. Em maio o setor utilizou somente 48,4% de sua capacidade, a menor ocupação mensal neste ano.

Dentre os indicadores de maio, chama atenção a participação de 58% das montadoras nas compras de autopeças, a maior ao longo de 2016. A fatia tem crescido mês a mês: foi de 53,7% em março e 55,2% em abril. Na comparação com abril o faturamento com as entregas OEM também foi 5,4% maior.

Projeções – No começo deste mês o Sindipeças reviu suas projeções para o ano. O faturamento nominal do setor, calcula agora a entidade, pode chegar a R$ 63 bilhões, queda de 4,5% sobre o ano passado. A balança comercial das autopeças, embora ainda deficitária, tem apresentado evolução favorável, sobretudo pela queda das importações. A estimativa é de que o saldo feche negativo em US$ 4 bilhões, com as exportações atingindo US$ 7,95 bilhões, 5% a mais, e as importações recuando cerca de 9%, para US$ 11,97 bilhões.

Meritor celebra 60 anos

A Meritor, fabricante de eixos para veículos comerciais, está comemorando 60 anos de atividades do Brasil e convencida de que a atual crise vivida pela indústria de caminhões no País atingiu seu ápice no fim do primeiro semestre. Pelas projeções dos representantes da empresa, a produção deste tipo de produto deverá crescer em torno de 25% já no ano que vem.

A companhia trabalha com a estimativa de que as montadoras brasileiras poderão alcançar produção por volta de 72 mil unidades em 2017, contra as 58 mil previstas neste ano. O volume, se alcançado, representará aumento de aproximadamente 20% na produção da Meritor.

Silvio Barros, vice-presidente e diretor geral da Meritor para a América Sul, aponta três fatores que influenciarão de maneira positiva o mercado de caminhões daqui para frente. O primeiro diz respeito à definição política para o País que se avizinha, o que “certamente se refletirá no retorno dos investimentos”.

Depois, Barros menciona o pico das vendas de caminhões, em 2011, período no qual o mercado gozou de condições diferenciadas na contratação do Finame. De lá para cá o mercado não voltou às compras, envelhecendo o veículo comprado naquela época. “O custo de manutenção de um caminhão com cinco anos de uso é cerca de 15% a 20% maior em relação a um novo. E isto torna a operação de transporte quase antieconômica.”

Por fim, o diretor geral avalia que as montadoras terão de aumentar o ritmo de produção para adequar seus estoques caso efetivamente ocorra o início de recuperação nas vendas. “Hoje o estoque tanto das montadoras quanto das concessionárias está abaixo do normal. E a produção terá de crescer para poder atender à demanda reprimida.”

Outros dados macroeconômicos no cenário atual também levam o executivo a acreditar na retomada em breve. “Neste ano estamos vendendo o mesmo que vendemos em 1999. Naquela época, porém, o PIB per capita do Brasil era 1/3 do que é hoje. Além disso, a renda agrícola também é quatro vezes maior do que era naquele ano.”

A Meritor surgiu no Brasil em 1956, fruto da fusão entre a brasileira Cobrasma e da estadunidense Rockwell. Na época, a junção das duas empresas criou a Braseixos. Sua configuração atual, no entanto, é resultado de diversas fusões e aquisições que ocorreram em trajetória paralela ao desenvolvimento da própria indústria automotiva no País.

Entre fusões e aquisições, destaque para a joint venture com o Grupo Randon, resultando na Master, produtora de freios para veículos comerciais do Brasil. Na companhia a Meritor é dona de 49% das ações e responsável pelo desenvolvimento tecnológico dos produtos, enquanto a Randon responde pelo parque produtivo.

Vale lembrar também da sua operação em Resende, RJ, inaugurada em 2013 e localizada no parque produtivo da MAN Latin America. Por lá a Meritor é responsável por um dos sete módulos produtivos da montadora dentro do conceito de produção modular.

Ao longo destes 60 anos de atividades, a Meritor já produziu no País mais de 8 milhões de eixos. Especificamente para veículos comerciais, segmento no qual atualmente concentra sua produção, foram mais 3,5 milhões de unidades produzidas. A empresa possui três unidades produtivas no Brasil e emprega 920 colaboradores.

Vendas de carros na Europa crescem 9,4% no semestre

As vendas de automóveis na União Europeia no primeiro semestre do ano registrou alta de 9,4% sobre o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho o mercado europeu absorveu 7,8 milhões de carros contra 7,1 milhões licenciados um ano antes. Os dados são da Acea, a associação que reúne das fabricantes instaladas na região.

Somente em junho, os emplacamentos de veículos de passeio somaram 1,4 milhão, expansão de 6,9% sobre o junho do ano passado, quando os licenciamentos registraram 1,3 milhão de unidades. De acordo com a associação, o resultado marca o 34º mês consecutivo de crescimento na região. Em termos de volume, o resultado se aproxima ao desempenho de junho de 2007, antes de a indústria automotiva ser afetada pela crise econômica global.

Segundo relatório da Acea todos os principais mercados da região contribuíram com o desempenho positivo das vendas do primeiro semestre. O mercado alemão, o maior da região, registrou alta de 7,1%, para 1,7 milhão de unidades; a França apontou expansão de 8,3% com 1,1 milhão; na Itália o crescimento das vendas foi de 19,2%, para 1milhão de carros e na Espanha, alta de 12,2%, com 623 mil unidades licenciadas de janeiro a junho.

O Grupo Volkswagen encerrou a primeira metade do ano na liderança absoluta na região, com 1,8 milhão de carros vendidos ou 23,7% de participação do mercado. Depois aparece o Grupo PSA com 816 mil automóveis vendidos e fatia de 10,7%, Renault com 10,3% de participação e vendas de 804 mil unidades, Ford com 7,1% do mercado e 554 mil carro negociados e FCA, com 6,9% ou 543 mil unidades licenciadas no período.

Ford América do Sul tem novo comando

A Ford anunciou na segunda-feira, 18, importantes alterações na sua estrutura de lideranças como parte de seu plano global de crescimento. Steve Armstrong, presidente da Ford América do Sul desde janeiro de 2014 deixa o cargo para assumir como COO e vice-presidente da Ford Europa a partir de 1º de setembro, no lugar de Barb Smardzich, que decidiu se aposentar.

O executivo passa a responder a Jim Farley, vice-presidente executivo da fabricante e presidente para as regiões da Europa, Oriente Médio e África.

No posto de Armstrong assumirá, em 1º de agosto, Lyle Watters. O executivo, de 51 anos, é o atual diretor financeiro e vice-presidente de finanças e planejamento estratégico da Ford Europa. Desde março de 2012 é membro do Conselho de Administração da Ford Otosan e também traz experiência na região como diretor financeiro da Ford América do Sul, de 2008 a 2012.

Watters responderá a Joe Hinrichs, vice-presidente executivo da Ford e presidenta da Ford Américas.

Barb Smardzich, vice-presidente da Ford Europa, ocupou diversos cargos na companhia ao longo de 26 anos, inclusive nos Estados Unidos. Antes de seu atual cargo, foi vice-presidente de desenvolvimento de produto da Ford Europa, como também atuou em programas globais de produtos e de engenharia de powertrain. Durante sua carreira a executiva foi responsável pelo design, engenharia e desenvolvimento de diversos modelos, dentre eles o Mustang em 2005.

“A liderança e a experiência de Barb foram fundamentais para a transformações da Ford Europa em uma organização vibrante e rentável”, disse em nota o CEO e presidente mundial da companhia Mark Fields. “Ao longo de sua carreira, ela foi fundamental no desenvolvimento de nossa linha de powertrain global, como também orientação no design e na engenharia de muitos veículos da Ford. Somos gratos por suas muitas contribuições e pela forte liderança ao longo dos anos.”

Ford Mobilidade Inteligente LLC, uma vez que continua a entregar o plano da empresa para o crescimento rentável.

Neil Schloss, 57, vice-presidente e tesoureiro Ford, vai adicionar a função de diretor financeiro (CFO), Ford Mobilidade Inteligente LLC, uma subsidiária criada para projetar, construir, crescer e investir em serviços de mobilidade emergentes. Neste papel, eficaz 1 de agosto de Schloss terá total responsabilidade pelas operações financeiras da Ford Mobilidade Inteligente LLC.

Anfavea e Sindipeças se reunirão com MDIC

Representantes da Anfavea e do Sindipeças terão reunião no MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, na quarta-feira, 20, para discutir o novo pacote de incentivos aprovado pelo Congresso da Argentina para incentivar as montadoras lá instaladas a comprar peças e componentes produzidos naquele país.

A informação é do conselheiro do Sindipeças, Flávio Del Soldato, que antecipa que no encontro serão analisados eventuais impactos do novo programa argentino para a indústria brasileira. “É tudo muito novo. Vamos ter de avaliar o programa já aprovado pelo congresso, mas ainda não publicado, com maior profundidade”, comenta Del Soldato. A reunião será com a área técnica e terá a participação de Margarete Gandini, diretora do departamento de indústrias para a mobilidade e logística da pasta.

O parlamento argentino aprovou na quarta-feira, 13, cortes nos impostos que variam de 4% a 15% para quem ampliar o conteúdo local. O mínimo exigido atualmente é de 30% para os automóveis e 25% para caminhões e ônibus.

O programa envolve o direito a um valor de crédito tributário proporcional ao aumento das compras locais. Para atingir o máximo de 15% a fabricante de automóvel instalada na Argentina terá de ter 50% de índice de localização.

O novo programa argentino tem alguma similaridade com o Inovar-Auto brasileiro, que chegou a ser questionado pela OMC, Organização Mundial do Comércio. Os analistas avaliarão também se o novo programa argentino está ou não de acordo com as normas da OMC ou do Mercosul.

O diretor adjunto de relações públicas e governamentais da Toyota do Brasil, Ricardo Bastos, diz não ter detalhes do programa argentino: “Sabemos que são incentivos para atrair novos investimentos para lá, uma preocupação existente naquele país já há algum tempo”.

A própria Toyota já vem investindo em localização de peças no país vizinho: “Transferimos nossa linha de eixos da Hilux, que ficava em São Bernardo do Campo, para a fábrica de Zárate, onde a picape é produzida. Temos uma boa base lá, mas o Brasil ainda é o maior fornecedor de peças”.

A Argentina, efetivamente, não tem uma indústria de autopeças estruturada como a brasileira. Até porque muitas empresas que foram para lá acabaram abandonando o País em virtude de seguidas crises econômicas. No ano passado, por exemplo, as exportações da indústria de autopeças brasileira para a Argentina atingiram US$ 4,26 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 833 milhões.

A Anfavea confirma a reunião no MDIC na quarta-feira, 20, mas não detalha a pauta do encontro. Segundo a entidade, esses encontros têm sido frequentes e visam debater a conjuntura do setor. Como a Argentina está na pauta do dia a entidade admite que o tema deva entrar em discussão.
Acordo bilateral – O pacote de incentivos às montadoras argentinas foi aprovado menos de um mês depois de Brasil e Argentina renovarem acordo automotivo até junho de 2020 e que visa ainda o livre comércio entre os dois países após essa data.

Pelo acordo, a relação entre o valor das importações e exportações – conhecida como flex – não deverá superar 1,5 no período de 1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2019. Para cada US$ 1,5 exportado do Brasil para Argentina, US$ 1 deve ser importado.

Nos últimos doze meses, de 1º de julho de 2019 a 30 de junho de 2020, o flex subirá para 1,7, com prévio acordo entre os países e desde que alcançadas as condições para o aprofundamento da integração produtiva e o desenvolvimento equilibrado de estruturas produtivas e de comércio.

O acerto foi elogiado pela Anfavea e também pelos fabricantes que possuem plantas nos dois países. Para o presidente da Anfavea, Antonio Megale, o mais importante é a questão da previsibilidade, que garante melhor planejamento e mais segurança para a definição de investimentos.

Contemplado de carro novo migra para o seminovo

O sistema de consórcio no segmento de automóveis e comerciais leves segue com alguns indicadores positivos no acumulado deste ano. Dados da Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, divulgados na segunda-feira, 18, mostram alta no total de participantes ativos, nas contemplações e nos créditos concedidos.

A participação potencial das contemplações desse sistema nas vendas totais de carros e comerciais leves novos no mercado interno atingiu 33,3% nos primeiros cinco meses do ano, índice 9,1 ponto porcentual superior ao do mesmo período do ano passado, quando o número de contemplados tinha um peso de 24,2%.

Vale destacar, no entanto, que nem todos os contemplados de planos envolvendo veículos 0 Km acabam por adquirir o bem a que se propunham. Segundo a assessoria econômica da Abac, tem havido migração de consorciados de veículos novos para carros seminovos na hora de utilização dos créditos. A entidade não tem um balanço específico quanto à essa migração, mas informa que a Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, confirma esse movimento.

O número de contemplados no segmento de automóveis e comerciais leves no acumulado de janeiro a maio deste ano chegou a 223,3 mil, com alta de 4,3% em relação aos 214 mil dos primeiro cinco meses do ano passado. O valor de créditos liberado para o segmento chegou a R$ 9,05 bilhões este ano, acréscimo de 4,3% em relação aos R$ 8,69 bilhões do mesmo período de 2015.

O valor médio da cota em maio ficou em R$ 38,8 mil, 9,8% abaixo do registrado em maio do ano passado (R$ 43 mil), um indicador que reflete em parte a migração do consumidor de carro novo para seminovo. Também teve leve retração, de 7,2%, o número de novas cotas comercializadas no comparativo de maio deste ano com o mesmo mês de 2015: 361,8 mil contra 390 mil. Já o número de participantes ativos consolidados nos acumulado dos cinco meses cresceu 5,9%, passando de 3,07 milhões no ano passado para 3,25 milhões este ano.

Ao divulgar o balanço do sistema de consórcio, que indica estabilidade no total de participantes no País – 7,1 milhões, considerando os segmentos de veículos, máquinas agrícolas, serviços, imóveis e eletrodomésticos/eletroeletrônicos –, o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, disse que esse equilíbrio deve-se principalmente à qualidade das vendas realizadas nos últimos anos:

“Com adesões conscientes feitas por consumidores que planejam o futuro, pode-se afirmar que o consumo responsável, comprometido com o orçamento pessoal, familiar ou mesmo empresarial, bem como os princípios da educação financeira, têm sido os fatores responsáveis pelos bons resultados do segmento, mesmo com a crise econômica”.

Segundo Rossi, os consórcios de veículos leves, com uma história de mais de cinquenta anos, é um exemplo dessa constância: “Com volume crescente, que passou de 3 milhões em janeiro de 2015 para 3,25 milhões em maio deste ano, o setor retrata o interesse do consumidor pelo consórcio para adquirir automóveis, utilitários e camionetas. Trata-se de um avanço gradual em quase um ano e meio, que evidencia mais consorciados fazendo poupança com objetivo definido”.