O volume de participantes ativos em cotas de consórcios de veículos pesados, segmento que reúne caminhões, ônibus, semirreboques, tratores e implementos, se mantém em expansão. Em maio o número de consorciados chegou a 281 mil, alta de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando agrupava 264,8 mil consorciados.
Apesar da alta, a assessoria econômica da Abac, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, observa tendências recessivas nos negócios que de “forma lenta e gradual vem ocasionando retrações nos indicadores setoriais”.
Caso das vendas de novas cotas. No acumulado do ano até maio o sistema de consórcio negociou 16,7 mil novas cotas, retração de 10,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas somaram 18,6 mil cotas.
O volume de crédito comercializado nos cinco primeiros meses do ano também registra recuo. Até maio o recurso negociado somou R$ 2,5 bilhões contra R$ 2,95 bilhões de um ano antes, representando uma queda de 15,3%.
Também o volume de crédito oferecido foi menor do que aquele disponível no acumulado do ano passado. De janeiro a maio 2016, a soma chegou a R$ 1,81 bilhão contra R$ 1,86 bilhão em 2015, retração de 2,7%.
No que se refere ao valor médio da cota, a queda de 7,5%. Em maio passado o tíquete médio foi de R$ 147,5 mil contra o vlaor de médio de R$ 159,1 mil apurado no mesmo mês do ano passado.
Menor foi também o número de contemplado no acumulado do ano até maio, de 2,3%. Nos cinco primeiros meses do ano 13 mil consorciados tiveram oportunidade de comprar bens, enquanto na comparação com o mesmo período do ano passado o número chegou a 13,3 mil.
No caso específico de máquinas e implementos agrícolas, dados da Abac mostram aumento de 16,5% no total de participantes ativos consolidados. Enquanto em março do ano passado eram 69,5 mil consorciados, em 2016 registrou-se 81 mil. Esse crescimento, observa o relatório da associação, “mostrou que os consórcios estão cada vez mais presentes no segmento do agronegócio, apesar da crise político-econômica instalada no período”.
No segmento agrícola os créditos variam, em sua maioria, de R$ 89,7 mil a R$ 367,7 mil, o que permite estimar que mais participantes utilizaram o sistema de consórcio para adquirir equipamentos móveis e fixos com mais tecnologia embarcada, capazes de proporcionarem melhores resultados.
De acordo com o relatório da associação, parcela significativa dos contemplados adquiriu implementos agrícolas/rodoviários (39,9%). Os tratores de roda e esteira, como também as retroescavadeiras ficaram com 26,8%, as colheitadeiras representaram 22% e os cultivadores motorizados somaram 11,3%.
Com grupos variando de 60 a 150 meses e média de 113, a taxa média mensal ficou em 0,119%, inferior ao 0,129% de doze meses antes (março de 2015). Já o crédito médio foi R$ 228,7 mil.