Após paralisação de cerca de uma semana na unidade da Volvo em Curitiba, PR, fabricante e o sindicato local chegaram a um acordo. A empresa alega excedente de quatrocentos trabalhadores, mas não haverá nenhuma demissão ao menos até 5 de dezembro.
Em contrapartida o valor do PLR, Programa de Participação nos Lucros e Resultados, será reduzido em R$ 5 mil quando de seu resultado final. A negociação da data-base será feita em setembro deste ano. Os funcionários também receberão um adiantamento de R$ 5 mil do PLR no próximo mês.
Além disso será iniciado PDV, Programa de Demissão Voluntária, válido igualmente até 5 de dezembro, para todos os funcionários, com um pacote de 1,5 a quatro salários, mais a antecipação da PLR, aviso prévio, verbas rescisórias, seguro desemprego e isenção do Imposto de Renda sobre indenizações e a quitação do contrato.
Pelo acordo fechado caso o PDV não alcance o número esperado até dezembro, será iniciado o que foi batizado de PDI, ‘Programa de Demissão Involuntária’, com oferta de 1,5 a quatro salários para os trabalhadores envolvidos.
Segundo a montadora, em nota, “a oferta da Volvo aos funcionários é fruto de um grande esforço que a companhia vem fazendo em um dos piores momentos da indústria automotiva brasileira e em uma das mais dramáticas crises econômicas enfrentadas pelo País. A Volvo precisa tomar medidas para amenizar uma crise que derrubou as vendas de caminhões pesados em 60% em 2015. A situação não melhorou este ano. Somente nos quatro primeiros meses de 2016 a queda é de 27%. Com a diminuição dos volumes, desde o ano passado, a empresa vem carregando um excedente de 400 funcionários”.
Já o presidente do SMC, Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka, considerou, também em comunicado, que “a mobilização dos trabalhadores e do Sindicato fez a empresa reconhecer que o bom senso é o melhor caminho. Não é a demissão de trabalhadores que vai resolver o problema econômico. Com esse acordo a Volvo mantêm sua mão de obra especializada e o trabalhador tem segurança e tranquilidade para se dedicar ao seu trabalho e ajudar a empresa na retomada econômica que, esperamos, venha logo”.

Os associados da Anef, associação que representa os bancos de montadoras, elegeram Gilson de Oliveira Carvalho para presidente, substituindo Décio Carbonari, que presidiu a entidade desde maio de 2010. O novo presidente, vice da gestão anterior, comandará a associação pelo triênio 2016 a 2019.
O engenheiro mecânico Richard Christian Schwarzwald é o novo diretor de qualidade da FCA, Fiat Chrysler Automobiles. Ele substitui Amin Alidina, que assumiu outras funções internacionais dentro do Grupo.