HR-V ultrapassa EcoSport e lidera SUVs compactos no ano

Aquilo que a Agência AutoData previu há um mês aconteceu: o Honda HR-V ultrapassou nesta primeira quinzena o Ford EcoSport em vendas no acumulado do ano e, assim, assumiu a ponta do segmento – e tudo indica que dificilmente o modelo perderá a coroa até dezembro.

De acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela reportagem, em colaboração da Agência AutoInforme, até a terça-feira, 14, portanto praticamente a primeira metade de julho, o HR-V registrava quase 19,2 mil emplacamentos em 2015. O EcoSport, inventor desta faixa de mercado e eterno líder – perdeu a coroa somente em 2012, para o Renault Duster, quando da mudança para a segunda geração – acumula no mesmo período 18,9 mil.

Desta forma o Honda está trezentas unidades à frente do Ford e é o primeiro da tabela. A velocidade com que o modelo descontou a diferença é impressionante: ao fim de junho, por exemplo, o EcoSport estava quase trezentos emplacamentos à frente. O Honda, assim, fez seiscentos licenciamentos a mais em menos de quinze dias corridos.

Os números anteriores, entretanto, demonstram uma evolução ainda mais representativa – principalmente se considerado que o Honda foi lançado em março, o que dava ao EcoSport praticamente um trimestre de vantagem. Ao fim daquele mês o HR-V estava mais de sete mil unidades atrás do Ford no acumulado do ano. No mês seguinte, abril, diminuiu a diferença para pouco mais de cinco mil licenciamentos. Em maio a vantagem do EcoSport reduziu-se para quase três mil e em junho chegou às apenas trezentas unidades, o que equivale dizer que em pouco mais de um trimestre o lançamento da Honda vendeu quase sete mil unidades a mais que o tradicional SUV compacto da Ford, que mesmo não sendo exatamente uma novidade não pode ser considerado um modelo defasado, uma vez que sua nova versão chegou ao mercado no segundo semestre de 2012.

Além do desempenho brilhante do HR-V deve-se considerar que o EcoSport sofre também a concorrência direta de outros lançamentos no segmento – daí a velocidade da redução da diferença para o Honda ter se acelerado ainda mais em junho. Por conta deste quadro, na primeira metade de julho o Ford foi apenas o quarto modelo mais vendido de sua faixa de mercado: ficou atrás também do Jeep Renegade e do Renault Duster, pela ordem.

O placar isolado até dia 14 aponta o HR-V com 1,6 mil emplacamentos, o Renegade apenas 20 unidades atrás – pela primeira vez em desempenho parelho ao do Honda – , o Duster, recentemente renovado, com 1,5 mil e o EcoSport com 1,1 mil.

O domínio do Honda nos meses restantes do ano se indica como já praticamente consolidado pois ainda há lista de espera pelo modelo, o que deve representar manutenção dos níveis atuais durante mais alguns meses, atrelado à tendência de redução de baixa do EcoSport, que também não deve mudar neste terceiro trimestre, e à distância daquele que poderia representar a única real ameaça, o Renegade.

Isso porque o Jeep, ainda que tecnicamente empatado com o HR-V na primeira metade de julho, está mais de onze mil unidades atrás no acumulado do ano, vantagem muito difícil de ser revertida diante do quadro atual.

Esta forte variação é fruto da chegada do Renegade ao mercado quase dois meses depois do HR-V e da necessária fase de ajustes e crescimento gradativo da velocidade da linha de produção da nova fábrica da FCA em Goiana, Pernambuco, enquanto o Honda é produzido em uma unidade há muito estabelecida, em Sumaré, SP, além de contar com um pequeno reforço em seus volumes vindo da Argentina.

HR-V pode assumir a liderança dos SUVs compactos no mês que vem

A carreira meteórica do Honda HR-V no mercado brasileiro deve desembocar na liderança do segmento no acumulado do ano já no mês que vem, destronando não só o tradicional líder – e inventor desta faixa de mercado –, o Ford EcoSport, como toda a nova concorrência, formada essencialmente por Jeep Renegade, novo Renault Duster e Peugeot 2008.

Desde março, seu primeiro mês cheio de vendas, o novo SUV compacto da Honda produzido em Sumaré, SP, reduz a liderança para o EcoSport de forma acelerada. Naquele mês a novidade estava mais de sete mil unidades atrás do Ford no acumulado do ano, e ocupava a oitava posição do segmento, segundo dados da Fenabrave baseados no Renavam.

No mês seguinte, abril, o HR-V já tomou a terceira posição de sua faixa de mercado, derrubando o Hyundai Tucson e se colocando logo atrás dos dois tradicionais protagonistas do segmento, o EcoSport e o Renault Duster. Ali a diferença para o Ford já se reduziu em duas mil unidades e assim caiu para pouco mais de cinco mil.

Maio chegou e com ele a diferença do HR-V para o EcoSport reduziu-se ainda mais, em quase 2,2 mil unidades, e fechou em praticamente 2,9 mil. Ainda assim o Duster se manteve à frente do Honda, na segunda posição, mas por menos de 1 mil emplacamentos.

E nas primeiras duas semanas de junho o Honda conseguiu enxugar em mais setecentas unidades a distância que o separa do EcoSport, que agora está muito próxima de 2,2 mil.

Como nestas duas primeiras semanas do mês houve um feriado com emenda, o de Corpus Christi, e ainda restam doze dias úteis de venda, o HR-V, se mantido o mesmo ritmo, deverá terminar junho descontando, no total do mês, pelo menos mais 1,5 mil unidades da diferença do EcoSport, segundo cálculos da Agência AutoData. Com isso o Honda ultrapassaria o Duster e já neste mês seria o vice do segmento.

E diante do fato de que esse resultado representaria ao EcoSport apenas cerca de seiscentas unidades de vantagem no acumulado do ano no fechamento do primeiro semestre, a ultrapassagem do Honda rumo à liderança em julho parece praticamente inevitável a esta altura do campeonato.

Isso porque o Honda contava, no mês passado, com cerca de três meses de espera para entrega ao consumidor de sua versão topo de gama, a mais vendida – algumas concessionárias chegaram a suspender o aceite de pedidos pelo modelo para não frustrar em demasia o consumidor interessado na compra. Ainda que este quadro não necessariamente configure certeza de negócios fechados, ele deixa claro que o ritmo de comercialização do HR-V, que gira ao redor de cinco mil unidades/mês, ao menos não se reduzirá bruscamente nos próximos meses, vez que a demanda atual é sempre maior que a oferta.

Há que se considerar, naturalmente, o impacto e o avanço produtivo de outros lançamentos do segmento que ocorreram depois do HR-V, em especial do Jeep Renegade e Peugeot 2008, além do Duster reestilizado, nos resultados dos meses a seguir. Mas estes, se podem representar ameaça ao HR-V – em especial pela falta de oferta de modelos a pronta entrega do Honda –, configuram concorrência muito maior ao próprio EcoSport, que atualmente não tem o apelo de novidade como os rivais.

No caso específico do Renegade, maio representou seu primeiro mês cheio de vendas, levando o total de emplacamentos do Jeep no ano a 3,1 mil unidades, na nona colocação do segmento – foram no mês 2,5 mil, ou metade do que obteve o HR-V no mesmo período, 5 mil licenciamentos. Assim o Jeep praticamente largou já com desvantagem de mais de nove mil unidades para o Honda, ou seja, duas mil unidades além da diferença que separava o EcoSport do HR-V em março. Com isso o ambicioso plano da Jeep de liderar o segmento já em 2015 – alardeado inúmeras vezes pelo presidente da fabricante, Sérgio Ferreira, desde o Salão do Automóvel de São Paulo, no fim do ano passado, e repetido durante o lançamento do veículo, em março – começa a parecer ameaçado.

Vendas de caminhões seguem no mesmo ritmo de maio

As vendas de caminhões a partir de 5 toneladas seguem em marcha lenta neste início de junho. Segundo dados preliminares do Renavam, obtidos com exclusividade pela Agência AutoData, os emplacamentos somaram 2 mil 646 unidades até sexta-feira, 12.

A média diária está na casa dos 294 licenciamentos/dia, 2% abaixo dos 300/dia de maio. Ainda assim, mantido o ritmo atual, junho fecharia na casa de 6 mil 174 caminhões vendidos em 21 dias úteis, 2,6% acima dos 6 mil 16 emplacamentos de maio, que teve um dia útil a menos.

Há de se considerar, ainda, o impacto do feriado de corpus christi, em 4 de junho, e sua ponte na sexta-feira, 5. Dessa maneira é possível analisar que há, na verdade, um empate técnico na média diária deste e do último mês.

Na comparação com junho passado, porém, a baixa é contundente: seria de 41,6% ante os 10 mil 585 licenciamentos de então.

Ainda segundo informações preliminares do Renavam, 582 ônibus foram emplacados no período de 1 a 12 de junho, média diária de 65 unidades/dia.

Seguido o ritmo atual, a projeção para o mês é de 1 mil 365 unidades, o que sinaliza possível queda de 6% em relação os 1 mil 465 emplacamentos de chassis de ônibus em maio.

O comparativo com junho passado seria negativo em 30,5%, vez que naquele mês foram vendidos 1 mil 964 ônibus.

 

Mercado de usados cresce 1,6% de janeiro a maio

Apesar do recuo de 0,8% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 854,7 mil veículos, o saldo de vendas de veículos seminovos e usados no mercado brasileiro em 2015 é positivo.

Segundo dados da Fenabrave foram registradas 4 milhões 95 mil transferências nos primeiros cinco meses do ano, resultado 1,6% superior ao do mesmo período de 2014. Em volume, foram cerca de 63 mil transferências a mais este ano.

Quem puxou o crescimento foi o segmento de automóveis e comerciais leves, com vendas 1,9% superiores no período, ou 3 milhões 950 mil unidades. As vendas de caminhões usados caíram 5% de janeiro a maio, para 127,8 mil unidades, e as de chassis de ônibus recuaram 12,9%, para 16,4 mil unidades.

A relação de modelo usado por novo licenciado está em 4 para 1 em automóveis e comerciais leves, 4,6 para 1 no segmento de caminhões e 2 para 1 no de ônibus. No total, são 4 modelos usados para cada veículo novo vendido nos primeiros cinco meses do ano.

As vendas de motocicletas usadas e seminovas também apresentou crescimento: 4% de janeiro a maio, para 1 milhão 127 mil unidades. Para cada modelo zero quilômetro licenciado são vendidas 2,2 motocicletas usadas.

O automóvel usado mais vendido em maio foi o Volkswagen Gol, com 87,1 mil unidades. O Fiat Uno ficou na segunda posição, com 54,4 mil unidades, seguido por Fiat Palio, 49,7 mil unidades, Chevrolet Celta, com 29,6 mil unidades, e Chevrolet Corsa, com 27,4 mil unidades.

Festival do Consorciado Contemplado é prorrogado por 45 dias

O Festival do Consorciado Contemplado, idealizado e promovido por Abac, Anfavea e Fenabrave, foi prorrogado por 45 dias. Inicialmente previsto para encerrar-se na segunda-feira, 15, agora oferecerá condições especiais para portadores de carta de crédito de consórcios até 31 de julho.

Segundo comunicado conjunto divulgado pelas associações a razão da prorrogação foi a entrada na reta final de empresas e entidades – como a Moto Honda, representada da Abraciclo, e a Guerra e Randon, associadas da Anfir, que fecharam a sua adesão apenas no fim do mês passado, além das associadas da Anfavea Hyundai, Mahindra e International, esta a última a confirmar participação, em 3 de junho.

Assim o consorciado já contemplado ganhou mais tempo para usar sua carta de crédito para aquisição de um veiculo com condições especiais. No total são 25 empresas participantes: Audi, BMW, Citroën, DAF, Fiat Chrysler, Ford, Ford Caminhões, General Motors, Grupo Caoa, Guerra, Hyundai, Iveco, International, Mahindra, MAN Latin America, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Moto Honda, Nissan, Peugeot, Randon, Scania, Toyota, Volkswagen e Volvo.

Em recente encontro com a imprensa o presidente da Anfavea, Luiz Moan, afirmou que resultados preliminares do Festival seriam revelados nas próximas semanas. Quando foi anunciado, no fim de abril, os organizadores projetavam transformar 240 mil cartas de crédito contempladas em vendas efetivas.

O Festival é um dos instrumentos usados pela Anfavea e a Fenabrave para tentar reverter a queda de 20,9% nas vendas de veículos de janeiro a maio, comparado com os primeiros cinco meses do ano passado. Na semana passada outra iniciativa foi anunciada pelas associações: o Salão Auto Caixa, que promete condições especiais para interessados em adquirir veículos por meio de financiamentos.

No caso do Festival, as vantagens e benefícios exclusivos aos contemplados de consórcios variam de acordo com região e concessionária procurada. Informações com pormenores são encontradas na página da ação na internet, por meio do endereço eletrônico www.festivaldoconsorciado.com.br.

Palio, Onix e HB20 duelam pela liderança em junho

Palio, Onix e HB20 – três modelos de três montadoras diferentes – estão despontando como a trinca de ouro do mercado brasileiro neste ano. Mais uma vez, agora em junho, disputam a liderança de mensal de vendas, e novamente com boa margem para os outros rivais.

De acordo com índices do Renavam obtidos pela Agência AutoData o Palio lidera as vendas nas duas primeiras semanas do mês, ou até a sexta-feira, 12, com 4,9 mil emplacamentos. A seguir está o Onix, com 4,5 mil, e o HB20 fecha o pódio com 4,4 mil.

A vantagem dos três é tamanha que o concorrente mais próximo, a Strada, já aparece quase oitocentas unidades atrás do HB20. E fecha o ranking dos cinco primeiros nas duas primeiras semanas de junho o Gol, com 3,2 mil, mesma posição obtida em maio, confirmando assim tendência de recuperação.

Outro modelo a registrar índices muito positivos neste mês é o Corolla, nada menos que o sexto mais vendido – e primeiro sedã da lista, deixando para trás todos os modelos do segmento, inclusive os compactos – com 2,9 mil. Ka, 2,7 mil, Fox, 2,6 mil, e Uno, Siena e Prisma, os três tecnicamente empatados com 2,2 mil, completam os dez primeiros.

Até a vigésima posição o ranking aponta, pela ordem, a Saveiro e o Sandero, com 2,1 mil, o HR-V, 1,9 mil, o HB20S, 1,8 mil, o Etios hatch, 1,6 mil, Civic e Fiesta, 1,5 mil, S10 e Voyage, 1,4 mil.

O Palio liderou o mercado por quatro oportunidades em cinco meses neste 2015: perdeu a coroa mensal apenas em março, para outro Fiat, a Strada.

Revista AutoData 311 já está disponível na internet

A mais nova edição da revista AutoData, do mês de julho e de número 311 de sua história, já está disponível na internet, via Portal AutoData (acervo/revistaautodata), antes mesmo da distribuição de sua versão impressa.

A reportagem de capa aborda o vaivém do mercado e as ações que têm garantido ganhos de participação de mercado a algumas montadoras em plena crise, principalmente por parte daquelas que investiram em inovação e acertaram em produtos que caíram no gosto do consumidor.

Reflexo do desempenho de cada marca, a área de distribuição também está em plena ebulição, com redes crescendo e outras encolhendo e os capitalizados comprando espaços dos que estão desistindo, como mostra outra reportagem da edição.

Também em destaque no Ranking AutoData de Qualidade e Parceira, que mostra as empresas mais premiadas do setor automotivo, justamente aquelas que continuam investindo em produtos e processos e, assim, garantem ganhos de produtividade na cadeia automotiva.

Não perca ainda a entrevista da seção From the Top com Wilson Bricio, presidente do Grupo ZF para América do Sul, e ainda o artigo na última página de Frank Sowade, presidente da SAE Brasil e diretor de operações da Volkswagen Anchieta.

Além do acesso via Portal AutoData, em sistema vira-página, a nova edição da revista AutoData pode ser lida também em smartphones e tablets: basta entrar no app da revista AutoData. Quem ainda não tiver o aplicativo instalado pode encontrá-lo gratuitamente na AppStore, para aparelhos com sistema iOs como iPhones e iPads, e na Play Store, para dispositivos dotados do sistema Android.

México produziu mais veículos do que Brasil e Argentina somados

As montadoras de veículos mexicanas produziram de janeiro a maio 1,4 milhão de veículos leves, volume 8,4% superior ao do mesmo período do ano passado. Os dados divulgados pela Amia, associação que representa as fabricantes de veículos do país norte-americano, indicam que a indústria automotiva mexicana superou, assim, a produção no mesmo período de Brasil e Argentina somados.

Segundo a Anfavea saíram das linhas de montagem brasileiras pouco mais de 1 milhão de veículos de janeiro a maio. A Adefa divulgou que as fábricas argentinas produziram 216,1 mil unidades nos primeiros cinco meses do ano. Desta forma somados os países, que representam a ampla maioria da produção automotiva da América do Sul, responderam por pouco mais de 1,2 milhão de veículos fabricados no ano.

Enquanto o Brasil acumula 17,5% de perdas na produção de veículos leves, as fábricas argentinas recuaram em 16% a produção.

O avanço dos mexicanos está apoiado basicamente nas exportações aos Estados Unidos. Nos primeiros cinco meses do ano foram enviados para outros mercados 1 milhão 162 mil veículos produzidos no México, crescimento de 11,5%. As fábricas do México exportaram mais automóveis e comerciais leves do que as brasileiras produziram no mesmo período.

Os vizinhos são o principal destino das exportações mexicanas, com mais de 70% de participação. Canadá, com 11%, Alemanha, com 3,8%, e Brasil, com 2,9%, são outros destinos importantes.

Os brasileiros até reduziram as importações de veículos mexicanos com relação ao ano passado: foram 33,8 mil unidades, 31,4% abaixo das 49,2 mil unidades de um ano atrás.

O mercado doméstico mexicano, embora relativamente pequeno, também contribuiu para o crescimento da produção. De janeiro a maio foram comercializados 506 mil veículos, avanço de 20,8%.

Maio foi o melhor mês da história do mercado mexicano, com 102 mil unidades vendidas, crescimento de 15,6% com relação ao mesmo mês de 2014.

SKF do Brasil tem novo presidente

Claudinei Reche foi nomeado como novo presidente do Grupo SKF no Brasil. O executivo assume o comando em sua segunda passagem pela empresa, onde esteve de 2000 a 2005. Neste intervalo foi presidente para a América do Sul da Höganäs, empresa de origem sueca com atuação em produtos metálicos.

Reche conhece bem o setor automotivo: iniciou carreira na Mercedes-Benz do Brasil em 1982, e por onde permaneceu por 18 anos até ir para a SKF, como Gerente de Customer Service e dois anos mais tarde assumiu a diretoria de vendas industriais.

Em comunicado, o executivo considerou ser “um prazer retornar à empresa que me ensinou a importância de desenvolver negócios por meio de valores e princípios consistentes. O momento que vivemos é muito importante: precisamos aproveitar a era da conectividade e integrar todos os recursos da SKF no mundo em prol da empresa no Brasil”.

A SKF comemora neste ano seu centésimo aniversário no Brasil – a empresa aportou aqui apenas oito anos depois de sua fundação na Suécia. O Grupo atua nos segmentos de rolamentos, vedações, sistemas de lubrificação, mecatrônica e serviços na área de confiabilidade em manutenção industrial.

Atualmente são cerca de 46 mil funcionários, sendo 1,1 mil no Brasil, com unidades em 100 países e 140 instalações, das quais 16 centros de P&D. O faturamento global da SKF, segundo a empresa, supera US$ 10 bilhões/ano.

Reche é formado em Economia pela Universidade São Judas, com pós-graduação em Logística pela Faculdade de Engenharia Mauá e MBA em Administração e Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Fez ainda mestrado em administração de negócios pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos.

Segmento de máquinas de construção demonstra otimismo

As vendas de máquinas e equipamentos de construção devem receber novo impulso a partir do fim deste ano. Para Afrânio Chueire, presidente da Volvo CE, este deverá ser o intervalo necessário para que as medidas do Plano de Investimento em Logística, publicadas via Ministério dos Transportes na terça-feira, 9, revertam-se em demanda de mercado.

“Foi um anúncio importante. Trata-se de um esforço para retomar um projeto que não é novo, mas que cria, sim, um fato novo, e demostra uma direção do governo e contribui para a recuperação da confiança em investir no País”, considerou o executivo.

Os editais de chamamento autorizam as empresas a iniciar estudos técnicos e de viabilidade para concessão de execução de obras em rodovias de todo o País, às quais o governo destinou total de R$ 66,1 bilhões: R$ 19,6 bilhões são vinculados aos cinco leilões previstos para este ano, R$ 31,2 bilhões para onze leilões de 2016, cujos editais foram publicados quarta-feira, 10, e mais R$ 15,3 bilhões para investimentos em concessões já existentes.

O total do Plano de Investimento em Logística contempla R$ 198,4 bilhões e também destinará aporte para ferrovias, de R$ 86,4 bilhões, portos, R$ 37,4 bilhões, e aeroportos, R$ 8,5 bilhões.

“Precisamos ainda de um marco regulatório e da definição de modelos de financiamento. São duas as etapas a serem superadas, o que deve levar alguns meses. A iniciativa privada também precisa sentir mais segurança em investir”, destaca Chueire. “Esse processo deve levar algum tempo e começar a se refletir no segmento de máquinas e equipamentos de forma gradual do fim deste ano até o início do próximo, trazendo novo ânimo.”

Chueire estima que as vendas de máquinas fechem este ano em queda de 30%, prognóstico que ainda não considera os possíveis impactos do Plano de Logística. “A baixa de janeiro a maio é de 40% e deve ser minimizada ao longo do ano. Nossa projeção para o fechamento de 2015 é de 16 mil a 17 mil unidades.”

Roque Reis, vice-presidente da Case para a América Latina, também avalia as medidas como importantes. “O pacote de concessões lançado pelo governo deverá ser positivo para o mercado de construção e para a economia como um todo, a médio e longo prazo. Mas consideramos que ainda é cedo para fazer avaliações mais pormenorizadas sobre o impacto da medida.”

Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da Mercedes-Benz do Brasil, afirmou também que ainda não é possível mensurar a influência das medidas nas vendas de caminhões, especialmente aqueles do segmento chamado de off road, utilizados em grandes canteiros de obras de infraestrutura.

Entrentanto, ele salienta: “Sabemos que investimentos em infraestrutura estimulam a economia e o PIB do País e impactam diretamente no setor”.