Sandero RS e Up! turbo revivem filão de esportivos no País

Potência e desempenho esportivos são a tônica de pelo menos dois dos principais lançamentos previstos para o segundo semestre no País, que prometem reavivar este segmento no mercado nacional. A versão esportiva do Renault Sandero, a RS, está marcada para o Salão de Buenos Aires, Argentina, que abre as portas em 19 de junho, com posterior lançamento no Brasil. Já o VW up! com motor turbo deve ser mostrado aqui em julho e chegar às revendas em agosto, segundo fontes ouvidas pela Agência AutoData.

O esportivo da fabricante francesa será produzido em São José dos Pinhais, PR, equipado com motor 2.0 16V com mais de 150 cavalos – o mais potente da linha Sandero até agora traz motor 1.6, de 106 cv. Já o propulsor VW 1.0 turbinado deve atingir cerca de 105 cavalos ante os 82 cv das versões ofertadas atualmente.

Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive, lembra que a estratégia de tornar esportivos modelos de entrada não é nova. Contudo, é ferramenta importante em tempos de baixa de mercado:

“O consumidor brasileiro é movido por novidades. E no cenário difícil, fabricantes tendem a postergar lançamentos e priorizar novas versões de seus modelos em linha, tornando-os mais atraentes sem recursos mais elevados, típicos de produtos totalmente novos”.

Segundo Garbossa está imbuída nas versões esportivas também a versatilidade de cada modelo. “Trata-se de uma vitrine, uma forma de mostrar ao público que seu veículo, ainda que de entrada, pode receber uma motorização mais potente, uma série de acessórios e novos itens que o alcem ao topo de linha. Ou seja, o modelo é versátil, pode ganhar ares de esportivo ainda que não tenha nascido assim, como um Audi TT ou um Chevrolet Camaro, por exemplo.”

Esta tendência voltou a despontar no mercado brasileiro desde o início deste ano, com uma série de versões com visual apimentado – embora estas não ofereçam mudanças no motor. É o caso dos VW Fox Pepper, em fevereiro, e Ford New Fiesta Sport e Hyundai HB20 Spicy, ambos em abril.

Ana Paula Salles, supervisora de marketing da Ford, afirma que a versão esportiva do New Fiesta deve alcançar fatia de 5% do total de vendas do modelo. “Não é um esportivo de desempenho, mas traz um kit de aparência que atrai especialmente o público jovem. Identificamos essa demanda do consumidor por uma versão diferente e estamos prontos a atendê-lo.”

O modelo com estilo esportivo é obra do Mode Center, área dentro da fábrica de São Bernardo do Campo, SP, inaugurada este ano especialmente para atender customizações. “Estudamos personalizar outros modelos, mas por enquanto não há nada definido.”

Por quase R$ 59 mil o New Fiesta Sport, com motor 1.6, traz itens exclusivos como grade dianteira e retrovisores em preto alto brilho, faróis com máscara negra, aerofólio traseiro e rodas de liga leve de 16 polegadas, dentre outros. Como comparação o modelo na versão de entrada, com motor 1.0, tem tabela de R$ 45 mil.

Já a versão Spicy do HB20 chegou em abril. É limitada a 3,5 mil unidades, volume previsto para ser vendido em quatro meses, segundo a assessoria de imprensa da Hyundai HMB – que, consultada, afirmou não ter nenhum executivo disponível para tratar do tema.

Disponível para as motorizações 1.0 ou 1.6, com transmissão manual ou automática, tem itens similares aos da Ford, tais como rodas de liga-leve em acabamento grafite, retrovisores em preto brilhante, emblema Spicy nos para-lamas e acabamento em preto fosco na moldura das portas. A tabela parte de R$ 44,5 mil e vai a R$ 53,5 mil – o modelo de entrada parte de R$ 38,6 mil.

Procurada, a Volkswagen informou que não revela porcentual de vendas da versão VW Fox Pepper, cuja tabela é R$ 53 mil. Saias laterais, faróis escurecidos e grade com desenho exclusivo compõem o pacote do modelo.

Os esportivos derivados de modelos de entrada tiveram papel importante nos anos 80 e 90 no Brasil, mas acabaram por perder relevância ao longo do tempo. São ótimos exemplos desta fase o VW Gol GT/GTS/GTI, o Ford Escort XR3, o Kadett GS/GSi e o Fiat Uno Turbo, dentre outros.

Vendas ao varejo na Argentina caem 21,5% no acumulado de 2015

As vendas ao varejo no mercado argentino – unidades licenciadas, a mesma análise feita no Brasil – fecharam maio com redução de 16,5% no comparativo anual, segundo dados revelados pela Acara, associação equivalente à Fenabrave. Foram emplacadas 47,2 mil unidades ante 56,5 mil há um ano. Na comparação com abril a baixa é de quase 10%.

Maio marcou o décimo-sétimo mês consecutivo de retração de vendas de veículos na Argentina, segundo a Acara.

No acumulado do ano o mercado argentino acumula retração próxima à do brasileiro, de 21,5%. De janeiro a maio foram licenciados ali 258,4 mil veículos ante 329,4 mil no mesmo período de 2014.

A projeção da Acara para o total de 2015 foi revista para 570 mil unidades.

Por montadoras a Volkswagen se mantém líder na Argentina no acumulado do ano, com retração menor do que a média do mercado. A marca registra 48 mil unidades vendidas, queda de 7,7%. É seguida por Ford, com 37 mil, baixa de 12,5%, e Chevrolet, 34 mil e retração de 8,3%.

Fecham o ranking das dez primeiras na Argentina no acumulado até maio, pela ordem, Fiat, Toyota, Renault, Peugeot, Citroën, Nissan e Mercedes-Benz. De todas a Nissan foi a única a crescer no período: 3 mil unidades ante 2,2 mil há um ano, evolução de 38%.

E por modelos em 2015 o mais vendido na Argentina é o Gol, com 12,8 mil emplacamentos, baixa de 28%. É seguido pelo Palio, 11 mil e redução de 4%, e Fiesta, 10,6 mil, menos 11,5%. Completam o top-10 argentino até maio deste ano, na sequência, EcoSport, Classic, Focus, Clio, 208, Etios e Suran (SpaceFox). O único com resultado positivo da lista é o Focus, alta de 15%, para 9 mil ante 7,8 mil um ano antes.

PSA Peugeot Citroën: 70 milhões de euros para localizar peças.

Nos próximos três anos a divisão da América Latina da PSA Peugeot Citroën desembolsará em torno de € 70 milhões para localizar a produção de peças e componentes atualmente importados. A meta é ampliar dos atuais 65% para 85% o índice de localização da montadora, que, na região, possui fábricas em Porto Real, RJ, e El Palomar, na Argentina.

O anúncio foi feito por German Mairano, diretor de compras da companhia para a região, durante cerimônia de premiação aos melhores fornecedores na tarde da terça-feira, 2. “Desse valor cerca de € 50 milhões serão aplicados no Brasil e € 20 milhões na Argentina. Por aqui temos atualmente 72% de peças localizadas, enquanto na Argentina precisamos avançar mais, pois o índice lá é de 55%.”

O executivo calcula que até o fim do ano a companhia conseguirá elevar a localização regional para 68%. Segundo ele há mais dificuldades em encontrar fornecedores de componentes elétricos, transmissões automáticas e rodas de liga leve – para este item existem empresas que produzem por aqui, mas segundo Mairano  elas não conseguem atender à demanda atual da indústria.

“Precisamos importar rodas de liga leve da China porque não as encontramos por aqui.”

O objetivo da PSA Peugeot Citroën é reduzir a exposição de seus negócios ao câmbio. Neste ano a desvalorização do real contribuiu para agravar os problemas da região, que ainda passa por declínio de venda em quase todos os mercados. “Não conseguimos transferir esse aumento de custo para os produtos, até porque o mercado brasileiro é um dos mais competitivos do mundo. Então precisamos reduzir essa exposição ao câmbio.”

Segundo Mairano a montadora não pôde dar início à estratégia nos últimos anos porque estava em processo de reestruturação global. A PSA Peugeot Citroën conseguiu alcançar duas das três metas do plano Back in the Race, ou De Volta à Disputa em tradução livre para o português: redução do endividamento e do custo fixo. A rentabilidade, porém, ficou em 2%, abaixo dos 5% de média global.

Com o avanço no Back in the Race a companhia conseguiu fôlego para investir na localização de peças e para traçar o plano de produtos até 2020. O objetivo é reduzir as atuais sete plataformas globais para apenas duas e produzir em torno de vinte modelos sobre elas.

“Serão duas plataformas: uma para modelos pequenos e uma para médio-grandes. Na América Latina trabalharemos com apenas uma, a ser produzida no Brasil e na Argentina”, afirmou Mairano, dando pistas de que a plataforma de modelos compactos será a escolhida para a região.

Paralelamente à introdução das novas plataformas a PSA Peugeot Citroën segue na busca de redução dos custos. Além da localização de peças, iniciativa a qual Mairano pediu a ajuda dos fornecedores, a companhia introduz sistemas de melhorias produtivas internas e nos parceiros.

Um deles é o chamado Monozukuri, sistema japonês aplicado pela montadora que consiste em identificar em conjunto com o fornecedor possíveis reduções de custo. “Montadora e parceiro se reúnem e, juntos, procuram maneiras de reduzir os custos. Pode ser a adoção de outra embalagem, por exemplo.”

Para este ano a PSA Peugeot Citroën busca economizar € 3 milhões apenas com a aplicação do Monozukuri com cerca de quinze fornecedores. Isso representa em torno de 0,5% do que a companhia gasta com compra de autopeças e componentes na região, € 650 milhões.

Versão invertida do dilema de Tostines

Apesar do amplo leque de promoções que montadoras e concessionários vêm adotando, a média diária de vendas permanece abaixo de 11 mil unidades. Com isso, as vendas de veículos mantêm 220 mil unidades/mês como teto, o equivalente a 2,7 milhões/ano, cerca de 20% abaixo do ano passado, conforme comprovaram os dados divulgados nesta semana pela Fenabrave.

As promoções têm sido fartas e generosas: descontos, financiamento sem juros, troca com troco e muito mais. Nada disso, todavia, conseguiu impedir que diversas montadoras entrassem neste junho com funcionários horistas em férias coletivas, último recurso para reduzir estoques.

Acontece que, desta vez, ao contrário do ano passado, o esfriamento do mercado não se deve a questões financeiras diretas. A crise, agora, conforme define Décio Carbonari, presidente da Anef, é basicamente de confiança. O que, aliás, a torna mais complexa e difícil.

Em 2014, vale recordar, as vendas de automóveis esfriaram depois que a inadimplência nos financiamentos automotivos subiu, algum tempo antes, para além de 7% e então os banco privados, para se proteger, aumentaram a seletividade na concessão de crédito: passaram a recusar 60% das solicitações para financiamento acima de 24 meses, índice que subia para 70% nos prazos superiores a 36 meses. E a opção de 60 meses foi eliminada.

Consumidores interessados em comprar carros novos continuavam existindo a mão cheia. No entanto, muitos e muitos deles passaram a esbarrar nesta maior seletividade do crédito.

Na área de caminhões, que é umbilicalmente dependente do Finame, o resultado do inicio do ano passado foi prejudicado pela demora do governo federal em formalizar as regras para o novo período que se iniciava, bem como pela mudança na operação da linha por parte do BNDES. O que derrubou as vendas nos dois primeiros meses de 2104 e gerou estoque que montadoras e concessionários carregaram até quase o final do ano.

Lição vivida, lição aprendida. E, assim, todos trataram de interromper a produção nos meses finais de 2014 para ingressar no novo ano com estoques mais próximos dos normais.

Mas aí veio a nova surpresa: outras mudanças nas regras do Finame já em janeiro aumentaram os juros e reduziram sensivelmente a parte do valor do veículo que poderia ser financiado. Desta vez as financeiras das montadoras reagiram rápido: logo passaram a bancar o financiamento da parte não finamizável em condições bem próximas às do Finame.

Só que, nesta altura das coisas, as novas projeções para o PIB do ano já haviam invertido o sinal. E nada gera mais insegurança nos empresários do transporte de carga do que projeção de PIB negativo, sinônimo de menos cargas e fretes depreciados. Consequência: mesmo com o entrave de crédito razoavelmente equacionado pelas montadoras e suas financeiras, a crise de confiança manteve até agora o mercado de caminhões frio como há muito não se via.

No caso dos automóveis, o poder aquisitivo relativo dos consumidores foi de fato comprometido no inicio do ano pelo fim dos incentivos de IPI e aumento dos juros.

Tudo isto, todavia, poderia ter sido revertido até com certa facilidade pelas generosas promoções logo acionadas pelas montadoras e concessionários. Só que, neste meio tempo, a inflação em alta, centrada nos alimentos e na pesada elevação no preço da energia elétrica, já fizera sumir do orçamento a folga antes destinada à prestação do carro novo.

E, para complicar, entra em cena outro fator ainda mais decisivo: férias coletivas nas montadoras, lay-offs, PDVs e demissões em massa ganham espaço nos noticiários da televisão. Muitas vezes nos mesmos noticiários em cujos intervalos comerciais as promoções das montadoras eram anunciadas. Um anulando o outro.

Foi assim que mais uma vez a história se repetiu: com agilidade e rapidez, montadoras e concessionários logo equacionaram o lado financeiro do esfriamento do mercado. Mas, quando isto aconteceu, a crise de confiança gerada pelo temor dos consumidores em relação à manutenção futura do emprego já anulava a tentação de compra gerada pelas ofertas.

Vivemos hoje, em síntese, neste setor, uma espécie de versão invertida do chamado dilema de Tostines:

  •  Indústrias e concessionários demitem porque a insegurança dos consumidores não permite que vendam? ou, na direção oposta,
  •  As demissões geram a insegurança nos consumidores que impedem as montadoras e seus concessionários de vender?

Dúvidas tostinianas a parte, o certo é o que o setor automotivo mais uma vez entrou nesta espiral negativa extremamente perigosa: a falta de confiança dos consumidores derruba as vendas, o que aumenta os estoques, interrompe a produção e força novas demissões que, por sua vez, aumentam ainda mais a insegurança dos consumidores…

O grande desafio, agora, é inverter o sentido desta rotação e abrir um novo ciclo, desta vez positivo, no qual contratações aumentem a segurança dos consumidores, o que eleva as vendas, reduz os estoques, gera maior produção e provoca novas contratações que, por sua vez…

Hyundai HB20 e Ford Ka dividem pódio com o líder Fiat Palio

O desempenho do Ka em maio proporcionou feito inédito à nova geração do hatch da Ford, lançada em agosto do ano passado: com 8 mil 348 licenciamentos ocupou a terceira posição do ranking de modelos mais vendidos no mercado nacional, figurando pela primeira vez no pódio. À sua frente apenas o Hyundai HB20, com 8 mil 848 licenciamentos,  e o Fiat Palio, com 10 mil 469 unidades emplacadas.

Os dados foram divulgados pela Fenabrave na segunda-feira, 1º. O Palio liderou o mercado nacional pela quarta vez em cinco meses – apenas em março perdeu o posto para a picape Fiat Strada. O HB20 conquistou uma vaga no pódio pela segunda vez em 2015, mas dessa vez na vice-liderança do mercado. Em abril fora o terceiro, atrás do Palio e também do Chevrolet Onix.

O modelo da General Motors, que em abril chegou a ameaçar a liderança do hatch da Fiat, ficou na quarta posição, com 8 mil 212 licenciamentos. O Volkswagen Gol, que por anos foi líder do mercado, ocupou a quinta colocação – a melhor para o modelo no ano –, com 8 mil emplacamentos.

Chama a atenção a diversidade de marcas no ranking dos dez primeiros. Há modelos Chevrolet, Fiat, Ford, Hyundai, Renault, Toyota e Volkswagen, ou de seis montadoras.

A 12ª posição conquistada pelo utilitário esportivo compacto Honda HR-V é outro destaque. Com quase 5 mil licenciamentos o modelo teve o melhor resultado desde seu lançamento, em março.

Outro recente modelo do segmento, o Jeep Renegade, ficou na 27ª posição, com 2,5 mil unidades comercializadas. Assim ficou na cola de um dos seus principais concorrentes, o Renault Duster – também recentemente reestilizado e uma posição à frente. O modelo produzido em São José dos Pinhais, PR, registrou 2 mil 516 licenciamentos.

O Ford EcoSport, ainda líder do segmento no acumulado, registrou 2 mil 824 licenciamentos  e ficou na 23ª posição do mercado brasileiro em maio.

Vendas caem 21% no acumulado até maio

O mercado brasileiro automotivo recuou 21% de janeiro a maio na comparação com os primeiros cinco meses do ano passado. Dados divulgados pela Fenabrave no fim da tarde de segunda-feira, 1º, revelam que foram licenciados 1,1 milhão de veículos no período, ante 1,4 milhão de unidades registradas há um ano.

Maio foi o segundo pior mês do ano em volume de vendas, com 212,7 mil licenciamentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, confirmando a projeção da Agência AutoData publicada na semana passada. O resultado foi 3% inferior a abril e 27,5% abaixo do volume comercializado em maio do ano passado.

Apenas fevereiro teve desempenho mais fraco: 185,9 mil unidades. Em janeiro foram vendidos 253,8 mil autoveículos, em março 234,6 mil e em abril 219,3 mil.

A média diária ficou em 10,6 mil unidades no mês passado, também a mais baixa do ano – mas dessa vez empatada com março. Em janeiro este índice alcançou 12 mil veículos e em fevereiro e abril, 10,9 mil unidades.

Em comunicado o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, afirmou que os indicadores econômicos negativos contribuíram para o resultado das vendas de veículos. “Sem alteração no cenário, a baixa atividade econômica, a alta da inflação, das taxas de juros – que afetam as ofertas de crédito –, e o alto índice de endividamento das famílias afetaram, mais uma vez, as vendas do setor.”

O segmento de automóveis e comerciais leves recuou 3,1% em maio na comparação mensal e 26,2% na anual: foram licenciados 205 mil veículos. No acumulado do ano o segmento soma 1 milhão 65 mil licenciamentos, queda de 20% com relação ao mesmo período de 2014.

O mercado de caminhões, com pouco mais de 6 mil emplacamentos, apresentou avanço de 3,8% sobre o resultado de abril, embora a queda na comparação com maio do ano passado chegue a 53%. No acumulado do ano o setor amarga 42,2% de retração, com 31,2 mil unidades comercializadas em cinco meses.

Foram licenciados 1,7 mil chassis de ônibus no mês passado, queda de 11,8% e 32,2% nas comparações mensal e anual, respectivamente. De janeiro a maio as vendas somaram pouco mais de 10 mil unidades, em recuo de 25%.

Em motocicletas os índices também são negativos: as 105,5 mil unidades vendidas em maio representam retração de 2,5% na comparação com abril e 16,8% com relação ao mesmo mês de 2014. No acumulado do ano o setor registra queda de 12%, com 540,6 mil unidades comercializadas.

Ranking – A Fiat liderou as vendas do mês com 36,1 mil unidades, ou 17,6% dos emplacamentos de automóveis e comerciais leves. Em segundo lugar ficou a General Motors, com 14,9% de participação de mercado e 30,6 mil licenciamentos, seguida bem de perto pela Volkswagen, com 30,4 mil unidades comercializadas e 14,8% de participação no mercado.

A mais nova marca fabricante do mercado nacional, a Jeep, ocupou a 11ª posição do ranking de maio, com 2,8 mil licenciamentos, deixando para trás a Peugeot e a Citroën. A maior parte deste volume veio do seu recente lançamento, o utilitário esportivo Renegade, que teve 2,5 mil unidades emplacadas no mês passado.

Automóveis importados Mercedes-Benz ganham motor flex

Quatro modelos de automóveis importados da Mercedes-Benz ganharam motor flex – configuração inédita para a marca em todo o mundo. A partir deste mês os Classe A 200, CLA 200 e GLA 200 já são vendidos com a possibilidade de serem abastecidos tanto com gasolina quanto etanol, sempre com motor 1,6 litro turbo. O modelo B 200, com o mesmo motor, chega à versão flex no fim do mês que vem.

De acordo com a fabricante foram alteradas as duas bombas de combustível – alta e baixa pressão –, o cabeçote e os injetores de combustível, além da adição de um sensor de reconhecimento de etanol e recalibração do motor. A potência permaneceu inalterada, 156 cv, tanto com 100% de gasolina quanto etanol.

O desenvolvimento foi realizado 100% na matriz, na Alemanha, com testes ocorridos de forma simultânea na Europa e no Brasil.

Assim a marca da estrela segue a BMW, que já oferecia o sistema flex aliado a turbocompressor para modelo da Série 3. A Audi fará o mesmo a partir de sua produção nacional do A3 Sedan, no fim do ano. A iniciativa também antecipa a configuração para os Mercedes-Benz que serão produzidos em Iracemápolis, no Interior paulista, a partir do ano que vem.

Em nota Dimitris Psillakis, diretor geral para automóveis, considerou que “seguir a tendência do mercado brasileiro com motores flexíveis reforça o nosso compromisso com os clientes de comercializar modelos com excelente desempenho e autonomia, além de toda a sofisticação pela qual a marca é reconhecida”.

Para JD Power, Toyota e Hyundai são as melhores em vendas no País

Toyota, Hyundai HMB e Hyundai Caoa são, nesta ordem, as redes com melhores índices de satisfação no processo de venda de veículos novos no País. O resultado é de um estudo da JD Power que ouviu mais de três mil proprietários brasileiros de veículos novos até nove meses após a compra.

Divulgado na segunda-feira, 1º., o SSI, Sales Satisfaction Index Study, contempla diversos fatores tais como negociação, opções de pagamento e clareza na parte burocrática, processo de entrega, oferta de modelos para test-drive, conhecimentos do vendedor sobre o produto e as instalações da concessionária – conveniência de horário, localização e estoque.

Em escala de 1 mil pontos a Toyota somou 789, seguida de perto por Hyundai HMB, com 786, e Hyundai Caoa, com 774. A média da pesquisa foi de 763 pontos, avanço em relação aos 754 de 2014.

Como as três redes já ocupavam as primeiras colocações no estudo do ano passado, a surpresa veio com a queda da Citroën, da terceira posição para a sexta. Jon Sederstrom, diretor geral da JD Power do Brasil, revela que a principal razão da baixa foi a experiência de test drive: “Os clientes ouvidos mencionaram desejar boa disponibilidade de modelos e de percursos suficientes para a experimentação. Esse item é chave para fechar as vendas. Um especialista no modelo que acompanhe o trajeto é também fundamental, na avaliação dos consumidores pesquisados”.

Até mesmo a fidelidade aumenta após um test-drive realizado a contento, segundo a JD Power: 42% dos entrevistados disseram que “definitivamente comprarão” novamente um veículo da mesma marca, e 43% disseram o mesmo para a concessionária.

A Honda galgou posições na comparação com o estudo do ano passado: passou de décima-segunda para quarta colocada. “A entrega do veículo na data e horário combinados foi ponto chave na avaliação dos clientes e avançou muito no período.”

Sergio Sanchez, gerente de pesquisa da JD Power do Brasil, reiterou a importância do processo de entrega:

“As concessionárias estão focadas na geração de vendas, o que é esperado em um mercado mais restrito, mas elas também precisam perceber que o processo de entrega é essencial para o cliente e pode ter um impacto em seus departamentos de serviços”.

Sederstrom comentou ainda que, apesar dos esforços de muitas marcas, nenhuma se sobressai de fato. “Tanto que diferença da rede de maior pontuação para a de menor foi só de 46 pontos. Trata-se de uma oportunidade para aquela que conseguir, de fato, superar a expectativa dos clientes, principalmente em momento de mercado difícil como o que estamos passando.”

Segundo a JD Power três marcas ficaram abaixo da média do estudo: Renault, com 754 pontos, Fiat, 751, e Nissan, 743.

Termina a greve na Volvo em Curitiba

Chegou ao fim na segunda-feira, 1º. de junho, a greve mais longa da história da unidade da Volvo em Curitiba, PR, inaugurada em 1979: ao todo foram 23 dias corridos com a produção de caminhões e ônibus ali, ou desde 8 de maio.

Para o único item que ainda trancava as negociações, o valor do adiantamento da PLR, finalmente houve acordo, aprovado em assembleia na manhã da segunda-feira, 1º.: a Volvo aceitou elevar o valor para R$ 8 mil – antes oferecia R$ 5 mil perante reivindicação dos metalúrgicos de R$ 9,5 mil. O valor total da PLR permanece em R$ 30 mil, assim como em 2014, mas este só seria pago em caso de produção igual à do ano passado, o que parece extremamente improvável. A montadora trabalha com perspectiva de produzir metade do volume de 2014, o que representaria, portanto, PLR de R$ 15 mil.

Na semana passada o ambiente ficou tenso: o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, o SMC, veiculou mensagem em emissoras de rádio paranaenses acusando a montadora de não querer negociar. A montadora respondeu com nota oficial de esclarecimento, recordando que há dez anos está na lista das melhores empresas para se trabalhar no País, sendo a líder do ranking em duas oportunidades.

Outros dois pontos importantes foram mantidos, conforme negociação anterior durante a paralisação: abertura de lay-off por sete meses – sendo os dois últimos com os custos arcados integralmente pela Volvo – e de PDV, Programa de Demissão Voluntária, para seiscentos metalúrgicos, considerados ociosos após o encerramento do segundo turno de produção de caminhões na unidade.

Para o PDV a proposta é de pagamento integral de salários e direitos até dezembro mais de um a quatro salários, dependendo do tempo de casa, além da PLR 2015 integral.

De acordo com informações do sindicato os dias parados serão compensados via banco de horas até 2017.

Em nota o presidente do SMC, Sérgio Butka, considerou que o movimento representou “uma luta importante: além de conquistarmos a manutenção dos empregos conseguimos também manter os mesmos critérios na PLR, que pode chegar ao total de R$ 30 mil, conforme o volume de produção. Tudo isto graças à mobilização dos trabalhadores do chão de fábrica” – os funcionários administrativos, não filiados ao Sindicato, já tinham encerrado a paralisação há vários dias.

MERCEDES-BENZ – Na Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, SP, prossegue processo de encerramento de contrato de trabalho para quinhentos metalúrgicos que estavam em lay-off, iniciado na sexta-feira, 29.

De acordo com porta-voz da fabricante, ao grupo foi mantida oferta de adesão a PDV, Programa de Demissão Voluntária, com pagamento fixo de R$ 55 mil, na própria sexta-feira, 29. Este foi estendido ainda na segunda-feira, 1º., para os envolvidos que não conseguiram fazer o processo na sexta-feira, 29.

Novo Guia da Indústria AutoData já está disponível

A sexta-feira, 29, marcou a publicação de mais uma nova edição do Guia da Indústria AutoData, que desta vez, e em seu terceiro volume, é dedicada ao segmento de suspensões e componentes de veículos comerciais.

Esta série de publicações especiais, ao longo do ano, formará um verdadeiro guia da indústria automotiva brasileira. Em versão exclusivamente criada para o meio digital, a nova publicação busca traçar um perfil de vários segmentos. Eletrônica, matérias-primas, autopeças, reposição e outras áreas terão espaço neste novo meio, que trará as tendências e perspectivas mais imediatas de cada um deles, o mercado inclusive, e que poderão servir de balizamento para decisões, negócios e parcerias – além de dados institucionais das empresas que os compõem.

As três primeiras publicações envolvem o powertrain de veículos comerciais: no dia 15 a série estreou com tema motores a diesel. A segunda publicação, uma semana depois, abordou as transmissões para veículos comerciais, enquanto agora chegou a vez das suspensões e componentes para o segmento.

A publicação mais recente traz Maxion e Suspensys: além de reportagem especial dedicada exclusivamente ao segmento, o Guia da Indústria AutoData traz o perfil completo de cada uma destas empresas.

Ao ampliar o espaço para informações acerca destas e tantas outras áreas a AutoData Editora, assim, amplia sua cobertura jornalística e a visibilidade de empresas, produtos, aplicações e serviços.

Confira os três volumes já publicados:

Guia da Indústria AutoData – Suspensões e Componentes:

arquivos/ad-mss/

Guia da Indústria AutoData – Transmissões:

arquivos/ad-mst/

Para acessar o Guia da Indústria AutoData – Motores:

arquivos/ad-msp/