São Paulo – O executivo Carlos Ghosn, o principal nome da Aliança Renault Nissan Mitsubishi, ficará preso por ao menos mais dez dias, segundo informações da publicação Automotive News. O brasileiro, detido na segunda-feira, 19, em Tóquio, no Japão, é acusado de sonegação e fraude fiscal, segundo as investigações internas feitas pela Nissan, que identificaram que o executivo não declarou R$ 167,4 milhões — ou 5 bilhões de ienes, moeda local — de 2010 a 2015, além de ter usado recursos das empresas com gastos pessoais.
Dependendo das investigações a prisão do executivo pode ser estendida por até vinte dias, sem direito a fiança. Caso seja considerado culpado pela justiça japonesa, Ghosn terá que pagar multa de R$ 334 mil e cumprir até dez anos de prisão.
Após a notícia da prisão, Renault e Nissan começaram a discutir o futuro de Ghosn. A montadora francesa decidiu colocar uma liderança interina no seu Conselho de Administração, mas manteve o acusado no cargo até que as acusações sejam provadas. Já a diretoria da Nissan fará uma reunião na quinta-feira, 22, para definir o futuro de Ghosn na companhia — segundo agências internacionais, os executivos divergem: alguns consideram demiti-lo e outros preferem um afastamento, como foi feito na Renault.
Fontes informaram às agências internacionais que Aliança ficou abalada após o escândalo e a Nissan quer reduzir a influência da Renault na companhia. Atualmente, a empresa francesa possui 43,4% da Nissan, que por sua vez, detém 15% de participação na Renault. Com Ghosn potencialmente fora do quadro, a forma futura da aliança é objeto de intensa especulação dos investidores.
Foto: Divulgação.
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