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06/07/2015

FPT tem novo presidente: Marco Aurélio Rangel.

Por Décio Costa

- 06/07/2015

A FPT, fabricante de motores do CNH Industrial, anunciou oficialmente na quarta-feira,3, Marco Aurélio Rangel como novo presidente da companhia para a América Latina. O executivo assume o comando no lugar de José Luís Gonçalves, em nova etapa profissional na presidência da JCB, produtora de máquinas e equipamentos de construção, desde o mês passado.

Oriundo da Cummins, ondeestevenos últimos 23 anos, Rangel toma as rédeas da empresa em um contexto turbulento para os mercados nos quais a FPT atua. “O maior desafio é conduzir o crescimento da companhia. A FPT é uma das maiores de fabricantes de motores do mundo, a segunda em termos de volume, e se coloca como inovadora em tecnologia de propulsão, desde os veículos comerciais até o segmento de pequenos tratores destinados à agricultura familiar, passando pelos equipamentos de construção.”

Um dos focos prioritários de Rangel para alavancar os negócios neste momento é a produção de 49 novas versões de motores para os segmentos agrícola e de construção em virtude da regulamentação do Proconve MAR-1. Sem mencionar cifras, o novo presidente conta que depois de incrementar a capacidade de produção na fábrica de Sete Lagoas, MG,aperfeiçoar processos e localizar produtos, o investimento em curso segue nas adequações dos produtos para o cliente. “Trabalhamos com meta de crescer fora do Grupo e o segmento off-road é o que nos proporciona a principal oportunidade.”

Como integrante do Grupo CNH Industrial, 80% dos negócios da FPT são de clientes cativos, como Iveco, Case e New Holland, enquanto no mundo a fatia do faturamento que de vem de fora beira os 50%. “O conceito é ser identificado como marca independente dentro do Grupo, pois assim se consegue conquistar novos clientes.”

A distribuição é outra frente de ação na qual Rangel se sustenta para crescer. Nos planos está abertura de cinquenta pontos nos próximos cinco anos. Atualmente muito da rede de atendimento está baseada nas casas dos clientes cativos, do Grupo CNH, com quase quinhentos pontos. “É fundamental para o nosso crescimento na região e marcar nossa presença. Ainda não sei se vinculado à rede já existente ou com bandeira própria. O importante é criar conveniência para o cliente e fazer atendimento multimarca com foco na cobertura geográfica.”

10% MENOS–Com todos os segmentos nos quais atua em queda, Rangel estima redução de 10% na produção de motores para 2015, o que representa volume em torno de 54 mil unidades. No ano passado, dos 60 mil motores produzidos, 60% seguiu para o segmento de veículos comerciais.

“Hoje, potencialmente o mercado de caminhões deve ficar abaixo de 100 mil. Depois, a área de geração de energia, que se mostrava positiva, perde força com a baixa demanda industrial e o aumento das chuvas. O segmento agrícola, ainda que em queda, é o único com chance de uma recuperação antecipada, mais rápido que os outros, por que é amparado por safras recordes.”