O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC abriu guerra contra a decisão do Denatran de colocar fim à obrigatoriedade dos extintores de incêndio em automóveis e comerciais leves no País. Para a entidade, a iniciativa representará cortes de postos de trabalho – na segunda-feira, 26, a Resil, fabricante do produto, demitiu 350 trabalhadores, segundo o Sindicato. Em protesto cerca de 500 metalúrgicos, também de acordo com os representantes dos funcionários, interromperam o trânsito no início da Rodovia dos Imigrantes na manhã da terça-feira, 27.
Os metalúrgicos prometem ainda rumar a Brasília, DF, para pressionar por os deputados do Congresso Nacional para que aprovem Projeto de Decreto Legislativo que susta os efeitos da medida, apresentado por deputado por Pernambuco e que recebeu requerimento de urgência.
Para o presidente do sindicato, Rafael Marques, em nota, a decisão do Contran foi um erro. “É um crime contra o trabalhador fazer uma mudança desse porte sem uma discussão profunda. Quem toma uma decisão como essa sabe que ela causará demissões”, afirmou em comunicado.
Para ele, ainda na nota, “falta procedimento ao Contran. Em nenhum momento houve qualquer sinalização de que a obrigatoriedade seria extinta, ao contrário. Eles vinham aumentando as exigências em relação aos extintores, o governo fazia pressão para que o setor aumentasse a oferta do produto e, de repente, deram esse cavalo de pau”.
Em setembro o Contran anunciou o fim da obrigatoriedade do uso dos extintores para veículos leves, medida que já durava 45 anos e que tinha no Brasil o único grande mercado com tal exigência. O órgão, ligado ao Ministério das Cidades, alegou que as fabricantes não conseguiram adequar a produção à demanda pelo tipo ABC, mesmo com sua regulamentação estabelecida há dez anos.
Notícias Relacionadas
Últimas notícias