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23/03/2016

Construção: ajustes necessários já foram feitos.

Por Marcos Rozen

- 23/03/2016

A indústria brasileira de máquinas de construção viveu um momento muito difícil em 2015, mas os ajustes necessários já foram feitos e as empresas terão neste 2016 um quadro mais equilibrado à frente. A opinião foi unânime pelos participantes de painel do Workshop AutoData Máquinas Agrícolas e de Construção, realizado pela AutoData Editora na segunda-feira, 22, no Milenium Centro de Convenções, na zona sul de São Paulo.

Dividiram o palco Roque Reis, vice-presidente para América Latina da Case CE, Alisson Brandes, diretor de vendas e marketing da JCB, Roberto Marques, líder da divisão construção e florestal Brasil da John Deere e Alexandre Flatschart, diretor costumer solutions para a América Latina da Volvo CE.

Reis relembrou que de 27,5 mil máquinas em 2014 o mercado caiu para 11,5 mil em 2015, retração de 54%. Flatschart considerou que o cenário foi agravado por uma “queda rápida associada a uma lentidão do segmento em entender a dimensão do quadro”. Mas, para ele, neste momento as empresas “entenderam a realidade como um todo e se ajustaram”. Brandes vê o resultado de 2015 como “catastrófico e fora de qualquer previsão”.

Para 2016 as vendas continuarão a cair, concordaram todos os participantes, ainda que em índices mais comedidos. Mas o ano começou bem difícil, relatou Marques: “em janeiro foram cerca de 450 máquinas vendidas para 1,2 mil no mesmo mês de 2015”. Ele ponderou que 2016 poderá se comportar de maneira inversa à do ano passado – enquanto que há um ano o patamar foi declinando cada vez mais, neste poderá apresentar leve melhora mês-a-mês, possivelmente a partir de maio. “Mas é uma grande interrogação.”

Os participantes lembraram ainda que se o ritmo de janeiro se repetir ao longo dos meses à frente o ano seria de mercado próximo a 6 mil máquinas, repetindo o resultado de 2004.

Para os representantes das empresas o final do ano deverá se configurar, na média, em baixa de 5% a 15%. E todos creem em uma leve reação para 2017, com retomada mais efetiva e consistente nos anos seguintes.

Para o cenário de longo prazo os quatro executivos são otimistas. O Brasil tem potencial para responder por mercado de 40 mil máquinas de construção ao ano, calcularam, ainda que há algum tempo se calculasse este número como o atual, lembrou Reis.

Há boas perspectivas para os mercados de minério de ferro e para a indústria de cimento, afirmaram os painelistas. A pavimentação de estradas, bem como obras de infraestrutura em geral, acrescentaram, são, além de oportunidades importantes, necessárias ao País.

Os participantes do painel também consideram que o mercado de máquinas de construção apresenta comportamento cíclico, o que reforça a expectativa de recuperação – que, na opinião de Brandes, quando ocorrer, será rápida.

 


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