Se depender apenas das previsões de Sérgio Habib, presidente do Grupo SHC – que congrega concessionárias Citroën, Volkswagen e Jaguar Land Rover, além da operação da Jac Motors do País – o mercado brasileiro de veículos leves não ultrapassará 1,8 milhão de unidades em 2016.
Este resultado representaria queda de 28% ante o fechamento de 2015, que já apresentou redução de 25,6% ante 2014. A projeção da Anfavea para este ano aponta 2,3 milhões de veículos leves vendidos, baixa de 7,3% – ou 500 mil unidades a mais do que a estimativa de Habib.
Esta previsão do empresário se baseia especialmente na média diária de vendas obtida no primeiro bimestre, próxima de 7,5 mil unidades. “De 1º. de março até 31 de dezembro serão duzentos dias úteis e nada indica que este número vai subir. Na volta do carnaval, por exemplo, esse índice se manteve.”
Além de indicadores econômicos pouco favoráveis, Habib acrescenta que “todas as montadoras no Brasil estão perdendo dinheiro, sob muita pressão e, por isso, são obrigadas a aumentar os preços. Não há como o mercado subir desse jeito”.
Para ele quem mais sofrerá por conta deste quadro é a rede, que, acredita, terá mais 1 mil concessionárias fechadas neste ano, mesmo número registrado no ano passado, chegando ao começo de 2017 com 5 mil casas. “A rede tem custo fixo gigantesco e aí não tem jeito, tem que fechar.”
Um pequeno retorno ao crescimento ocorrerá a partir de 2017, estima o empresário, para mercado de 2,1 milhões de unidades, mantendo esse ritmo pelos anos seguintes e voltando a alcançar o patamar de 3,7 milhões de veículos leves vendidos em 2024.
SUV T5 – Para a Jac Motors especificamente a projeção de seu presidente é repetir o resultado de 2015, ao redor de 5 mil unidades, “volume que estamos limitados pela cota de importação”. A novidade é no mix: Habib espera que metade seja responsabilidade do novo SUV compacto T5, que chega às lojas em março, deixando apenas a outra metade para os J2, J3, J5, T6 e T8.
O modelo tem tabela de preços variando de R$ 60 mil a R$ 69 mil, mas o primeiro lote de quinhentas unidades é formado apenas pela versão topo de gama, que oferece bancos em couro, kit multimídia com tela de 8 polegadas e câmera de ré. O modelo mais barato e o intermediário, a R$ 65 mil, chegam nos próximos meses. O motor é sempre um 1,5 litro 16V VVT flex sem tanquinho de até 127 cv e o câmbio sempre um manual de seis marchas. O pacote de equipamentos é sempre recheado em qualquer versão.
A Jac vê como principais concorrentes os modelos compactos aventureiros, como Volkswagen CrossFox, Hyundai HB20X e Renault Sandero Stepway, além de versões de entrada de Ford EcoSport, Citroën AirCross e Renault Duster.
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